A segunda condição é a união com o Papa e os Bispos. União de intenções e de preces. Insisto sempre nisto porque só com Pedro e sob Pedro, em unidade com o Colégio episcopal, serviremos com eficácia a Igreja. Contribuímos para tornar mais evidente essa apostolicidade aos olhos de todos manifestando com delicada fidelidade a união com o Papa, que é união com Pedro. O amor ao Romano Pontífice – escreveu o nosso Padre – há-de ser em nós uma formosa paixão, porque nele vemos a Cristo. Se tivermos intimidade com o Senhor na nossa oração, caminharemos com um olhar desanuviado que nos permitirá distinguir, mesmo nos acontecimentos que às vezes não compreendemos ou que nos causam pranto ou dor, a ação do Espírito Santo [17].
Encontraremos a fortaleza para devolver o mundo a Cristo, sem receios nem complexos, amando particularmente o Senhor na Cruz. A festa da Exaltação, festa da Cruz gloriosa, indica-nos precisamente isto: o caminho da glória passa pela aceitação voluntária e alegre das contrariedades, físicas e morais, que o Senhor permitir na nossa vida: per crucem ad lucem, rezava o nosso Padre. Com a presença constante de Maria ao nosso lado, a Cruz enche-se de alegria; no madeiro florescem rosas – como na cruz de pau dos nossos oratórios –, mesmo que às vezes não faltem os espinhos. Mas apesar da nossa pobreza, sobressai de forma admirável a alegria de colaborar com Jesus na salvação das almas!
Dentro de poucos dias, já em Roma, esperam-me, como sempre, muitas tarefas para encaminhar e resolver. Entre outras, a preparação da beatificação do queridíssimo D. Álvaro, embora a data ainda não esteja concretizada. Rezai especialmente por esta intenção e aproveitai o tempo que ainda falte para conhecer melhor a sua figura e os seus escritos, e os difundir; para agradecer a sua resposta de plena fidelidade à Santíssima Trindade, ao espírito da Obra, ao nosso Padre.
E continuai a rezar pelas e pelos doentes, pelos que há na Obra e por todos, para que se saibam unir à Cruz do Senhor. E assim, desta maneira, participem mais intensamente na aplicação a todas as almas da Redenção operada por Cristo.
[17]. S. Josemaria, Homilia Lealdade à Igreja, n. 13, 4-VI-1972.
(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de setembro de 2013)
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