O Credo da Missa expõe com extrema simplicidade o mistério da Encarnação redentora ao confessar que o Filho de Deus, por nós, homens e para nossa salvação, desceu dos Céus. E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem [6]. Nestas poucas palavras, que dizemos ou cantamos acompanhadas de uma profunda inclinação, narra-se o acontecimento central da História, que nos abriu as portas do Céu. Nesse texto, como numa filigrana, ouve-se o eco das três narrações da Encarnação que os Evangelhos nos transmitem. S. Mateus, ao narrar o anúncio do mistério a S. José, põe nos lábios do Anjo os mesmos termos referentes ao Filho da Virgem Maria: pôr-lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados [7]. A Encarnação e o Nascimento de Jesus manifestam a infinita bondade divina: como não podíamos voltar a Deus pelas nossas próprias força, por causa do pecado – o original e os pessoais –, veio Ele ao nosso encontro: Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o Seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que n’Ele crê não se perca, mas tenha a vida eterna [8]. Recordo-vos aquela consideração do nosso Padre, com que nos impelia a viver uma fé atual e profunda: se não ficamos surpreendidos perante os mistérios de Deus, acabamos por perder a fé [9]. Cuidamos o trato íntimo com Deus com esmero? Agradecemos a omnipotência do Senhor que reclama a nossa submissão, como prova de amor?
[6]. Missal Romano, Ordinário da Missa, Símbolo Niceno-Constantinopolitano.
[7]. Mt 1, 21.
[8]. Jo 3, 16.
[9]. S. Josemaria, Notas de uma conversa, 25-X-1973.
(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de janeiro de 2013)
[7]. Mt 1, 21.
[8]. Jo 3, 16.
[9]. S. Josemaria, Notas de uma conversa, 25-X-1973.
Sem comentários:
Enviar um comentário