Detalhe da Catedral de Notre Dame em Paris |
Senão vejamos, teria havido maior riqueza em Belém, aquando do nascimento de Jesus Cristo, do que o aparente simples facto, de Ele ter tido como Mãe, a Virgem Maria, ou como pai terrestre o castíssimo São José, sem nos esquecermos desde logo da Sua própria condição divina.
É certo, que depois no Calvário nos doou a Sua Mãe através de João, que do pouco que os Evangelhos nos deixaram escrito, que podemos e devemos tomar São José com nosso pai, pela sua total entrega em silêncio e respeito aos desígnios do Senhor, que bom seria se todos tivéssemos a inteligência de coração e o discernimento para assim actuarmos no nosso dia-a-dia. Mas sendo Nossa Senhora e São José expoentes máximos, Ele quis ainda assim chamar-nos à santidade deixando-nos o exemplo de um enorme “exército” de Santos e Santas, de cujas vidas podemos recolher motivações para cumprir a Sua vontade.
Na total liberdade que nos concede, cada um de nós terá os seus Santos de referência e a cuja intercessão recorre mais assiduamente.
Sendo a especial devoção aos Santos, algo de muito pessoal, perdoar-me-ão mas não resisto a referir-vos alguns a que me sinto mais próximo, desde logo São Paulo, ambicionando copiá-lo e um dia poder dizer: «vivo, mas já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim» (Gal 2,20), grande ambição a minha, saiba eu ter a humildade de a buscar sem desfalecimento; Santo Agostinho de cujo percurso de vida me sinto próximo, salvaguardando as devidas distâncias, saiba eu copiá-lo e louvar e exaltar Jesus Cristo Nosso Senhor com o amor e paixão com que nos presenteou nas suas obras, e por último, sendo que a sequência é estritamente cronológica, São Josemaría Escrivá, que me ensina e anima a atingir a santidade através do trabalho quotidiano e das mais ínfimas coisas, procurando nelas um sentido sobrenatural, «Ficai a saber: escondido nas situações mais comuns há um quê de santo, de divino, que toca a cada um de vós descobrir» (Homilia do dia 8 e Outubro de 1967 “Amar o mundo apaixonadamente”), saiba eu ter a inteligência de coração e a humildade para seguir os seus ensinamentos.
Desculpem o corriqueiro da comparação, mas estes bens tornam-nos mais ricos do que qualquer Euromilhões (aos nossos irmão brasileiros e africanos, esclareço que se trata de um jogo existente em muitos países da Europa que dá prémios milionários), pois os nossos são valores seguríssimos e de valor imensurável, saibamos pois preservá-los a manifestarmos-Lhe a nossa permanente gratidão.
JPR
P.S. – Imperdoável! Esquecia-me de referir São Tomás Moro, de quem ambiciono ter a coerência e firmeza de fé, nunca me esquecendo nos momentos difíceis do que escreveu à sua filha Meg, «Nada pode acontecer sem que Deus o queira. E, estou certo, tudo o que isso possa ser, por muito mau que nos pareça, será verdadeiramente o melhor».
Assim seja!
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