Todos sabemos que, como consequência do pecado original, a natureza humana ficou profundamente ferida, pelo que se tornou difícil para os seres humanos poderem conhecer com clareza e sem mistura de erro, só com a força da razão natural, o único Deus verdadeiro [10]. E por isso mesmo, Deus, na Sua bondade e misericórdia infinitas, foi-Se revelando progressivamente, ao longo do antigo Testamento, até que, por meio de Jesus Cristo, realizou a plenitude da Revelação. Enviando o Seu Filho na carne, manifestou-nos claramente não só as verdades que o pecado tinha ofuscado, mas a intimidade da Sua própria vida divina. No seio da única natureza divina, subsistem desde a eternidade três Pessoas realmente distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, unidas indissoluvelmente numa maravilhosa e inexprimível comunhão de Amor. «Omistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. É o mistério de Deus em si mesmo. E, portanto, a fonte de todos os outros mistérios da fé e a luz que os ilumina» [11]. «É um mistério de fé em sentido estrito, um dos “mistérios ocultos em Deus, que não podem ser conhecidos se não forem revelados lá do alto” (Concílio Vaticano I: DS 3015)» [12].
A revelação da Sua vida íntima, para nos fazer participantes desse tesouro, através da graça, constitui o mais precioso presente com que o Senhor nos favoreceu. Um dom totalmente gratuito, fruto exclusivo da Sua bondade. É portanto natural a recomendação do nosso Fundador: devemos rezar sempre o Credo com espírito de adoração, de contemplação amorosa e de louvor [13].
[10] Cfr. Catecismo da Igreja Católica, nn. 36-3.
[11] Catecismo da Igreja Católica, n. 234.
[12] Ibid., n. 237.
[11] Catecismo da Igreja Católica, n. 234.
[12] Ibid., n. 237.
[13] S. Josemaria, Carta 19-III-1967, n. 55.
(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de novembro de 2012)
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