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quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Imitação de Cristo, 3, 8, 1 - Da vil estima de si próprio ante os olhos de Deus
A alma: Ao meu Senhor falarei, ainda que seja pó e cinza (Gn 18,27). Se eu me tiver em maior conta, eis que vos ergueis contra mim, e ao testemunho verdadeiro que dão meus pecados, não posso contradizer. Mas se me tiver por vil e me aniquilar, deixando toda a vã estima de mim mesmo, e me reduzir a pó, que sou na verdade, ser-me-à propícia a vossa graça, e a vossa luz há de vir em meu coração, e todo sentimento de amor-próprio, por mínimo que seja, perder-se-á no abismo do meu nada e perecerá para sempre. Ali me dais a conhecer o que sou, o que fui, a que ponto cheguei; porque sou nada - e não o sabia. Abandonado a mim mesmo, sou um puro nada e a mesma fraqueza; tanto, porém, que lançais um olhar sobre mim, logo me sinto forte e cheio de nova alegria. E é grande maravilha que tão sabiamente me levantais e tão benigno me abraçais, a mim, que pelo próprio peso pendo sempre para a terra.
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