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quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Imitação de Cristo, 3, 6, 3 - Da prova do verdadeiro amor
Fica sabendo que o antigo inimigo de todos os modos se esforça por impedir-te os bons desejos e apartar-te de todos os exercícios devotos, nomeadamente da veneração dos santos, da devota memória de minha paixão, da salutar lembrança dos pecados, da vigilância sobre o próprio coração e do firme propósito de aproveitar na virtude. Sugere-te muitos maus pensamentos para te causar tédio e horror e arredar-te da oração e leitura espiritual. Desagrada-lhe muito a confissão humilde e, se pudesse, far-te-ia abandonar a comunhão. Não lhes dês crédito, nem faças caso dele, posto que muitas vezes de arme laços e enganos. Leva à sua conta os pensamentos maus e desonestos que te sugere. Dize-lhe: Retira-te, espírito imundo, desgraçado, sem-vergonha; muito perverso deves ser para me insinuares tais coisas! Vai-te daqui, malvado sedutor, não terás em mim parte alguma, que Jesus estará comigo, qual guerreiro invencível, e tu ficarás confundido. Antes quero morrer e sofrer todos os tormentos, que te fazer a vontade; cala-te e emudece; não te escutarei, por mais que me molestes. O Senhor é minha luz e minha salvação, a quem temerei. Levante-se embora contra mim um exército, não temerá meu coração. O Senhor é meu socorro e meu Salvador (Sl 26, 1.6; 18,17).
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