O Papa insistiu no facto de que “Jesus veio a libertar o ser humano na sua totalidade”. “Estas duas narrativas de cura são para nós um convite a superar uma visão puramente horizontal e materialista da vida”.
Nós pedimos a Deus tantas curas de problemas, de necessidades concretas, e é justo que o façamos – considerou Bento XVI. Contudo, advertiu, “aquilo que precisamos de pedir com insistência é uma fé cada vez mais firme, para que o Senhor renove a nossa vida, e uma grande confiança no seu amor, na sua providência, que não nos abandona”.
Ver Jesus assim tão atento ao sofrimento humano leva-nos a pensar também em todos os que ajudam os doentes a levar a sua cruz: médicos, enfermeiros, capelães hospitalares. O Papa considera-os “reservas de amor”, que fornecem serenidade e esperança aos que sofrem”.
Para tratar das pessoas doentes, não basta a competência profissional, aliás sempre necessária. Os seres humanos têm necessidade de humanidade e de atenção do coração. Para além da preparação profissional, o pessoal da saúde tem, portanto, necessidade de uma “formação do coração”, que os conduza àquele encontro com Deus que neles suscite o amor e abra o seu espírito aos outros”.
Presentes desta vez, na Praça de São Pedro, peregrinos de língua portuguesa. Bento XVI saudou-os expressamente: “Saúdo cordialmente os fiéis brasileiros de Umuarama e Paranavaí e demais peregrinos de língua portuguesa, sobre cujos passos e compromissos cristãos imploro, pela intercessão da Virgem Mãe, as maiores bênçãos divinas. Deixai Cristo tomar posse da vossa vida, para serdes cada vez mais vida e presença de Cristo! Ide com Deus.”
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