Outro episódio recordado por Bento XVI é a libertação de Pedro quando estava quase a ser julgado. Também nessa altura, os primeiros fiéis se congregaram unânimes na oração. O texto sagrado refere que Pedro estava encarcerado na prisão, enquanto a Igreja rogava incessantemente a Deus por ele [7]. S. Josemaria meditou com muita frequência em como a oração unânime da Igreja livrou então Simão Pedro das mãos de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava [8]. Assim o recorda em Caminho: Bebe na fonte límpida dos "Atos dos Apóstolos": no capítulo XII, Pedro, libertado da prisão por intervenção dos Anjos, encaminha-se para a casa da mãe de Marcos. – Não querem acreditar na criadita que afirma que Pedro está à porta. "Angelus ejus est!". – Será o seu Anjo! diziam.
– Repara na confiança com que os primeiros cristãos tratavam os seus Anjos!
– E tu? [9].
Tu e eu invocamos com fé os santos Anjos da guarda? Valemo-nos do seu auxílio nas necessidades pessoais e nas da Igreja, que hão-de ser as nossas? Pedimos a sua ajuda no apostolado?
Ao expor estas cenas, o Santo Padre aconselha que, tal como aqueles fiéis, também nós levemos os acontecimentos da nossa vida quotidiana à nossa oração, para procurar o seu significado profundo. E tal como a primeira comunidade cristã, assim nós, deixando-nos iluminar pela Palavra de Deus através da meditação sobre a Sagrada Escritura, podemos aprender a ver que Deus está presente na nossa vida, presente também e precisamente nos momentos difíceis, e que tudo faz parte – até as coisas incompreensíveis – de um desígnio superior de Amor no qual a vitória final sobre o mal, sobre o pecado e sobre a morte é deveras a vitória do bem, da graça, da vida, de Deus [10]. E noutra altura, o Papa convidava-nos a um exame pessoal: Como rezo eu, como oramos nós? Que tempo dedico à relação com Deus? [11].
[7] At 12,5.
[8] Ibid., 11.Tu e eu invocamos com fé os santos Anjos da guarda? Valemo-nos do seu auxílio nas necessidades pessoais e nas da Igreja, que hão-de ser as nossas? Pedimos a sua ajuda no apostolado?
Ao expor estas cenas, o Santo Padre aconselha que, tal como aqueles fiéis, também nós levemos os acontecimentos da nossa vida quotidiana à nossa oração, para procurar o seu significado profundo. E tal como a primeira comunidade cristã, assim nós, deixando-nos iluminar pela Palavra de Deus através da meditação sobre a Sagrada Escritura, podemos aprender a ver que Deus está presente na nossa vida, presente também e precisamente nos momentos difíceis, e que tudo faz parte – até as coisas incompreensíveis – de um desígnio superior de Amor no qual a vitória final sobre o mal, sobre o pecado e sobre a morte é deveras a vitória do bem, da graça, da vida, de Deus [10]. E noutra altura, o Papa convidava-nos a um exame pessoal: Como rezo eu, como oramos nós? Que tempo dedico à relação com Deus? [11].
[7] At 12,5.
[9] São Josemaria, Caminho, n. 570.
[10] Bento XVI, Discurso na audiência geral, 18-4-2012.
[11] Bento XVI, Discurso na audiência geral, 30-11-2011.
(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta de mês de julho de 2012)
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