Na audiência geral desta quarta feira, na Praça de S. Pedro, Bento XVI lançou um novo apelo a favor das populações do Corno de África onde cerca de 12 milhões de pessoas são vitimas da fome: em perigo sobretudo as crianças. Centenas de milhares de deslocados e refugiados á procura de água e alimento.
O Papa falou das noticias dramáticas que continuam a chegar do Corno de África e lançou o novo apelo a lutar contra a fome nestas regiões.
Renovo o meu premente convite á comunidade internacional para que continue o seu empenho em relação àqueles povos e convido todos a oferecer orações e ajuda concreta para tantos irmãos e irmãs tão duramente provados, em particular pelas crianças que diariamente morrem naquele região por causa de doenças e falta de água e alimento.
O Papa saudou o cardeal Robert Sarah, presidente do conselho pontifício Cor Unum e D. Jorge Bertin administrador apostólico de Mogadíscio, presentes na audiência juntamente com alguns representantes de organizações católicas de caridade que se encontrarão para verificar e dar um ulterior impulso ás iniciativas tendentes a enfrentar tal emergência humanitária. No encontro participará também um representante do arcebispo de Cantuária, também ele empenhado a favor das populações atingidas pela fome
Na audiência geral o Papa prosseguiu a sua catequese sobre a oração. Dirigir-se ao Senhor na oração – disse – implica um acto de confiança radical, conscientes de entregar-se a Deus que é bom, misericordioso e cheio de piedade, lento á ira e rico de amor e de fidelidade.
Por isso o Papa decidiu aprofundar o salmo 23, um salmo eivado de confiança, no qual o salmista exprime a sua serena certeza de ser guiado e protegido, colocado ao seguro de todos os perigos, porque o Senhor é o seu pastor.
Esta a sintese da catequese de Bento XVI falando em português
"Queridos irmãos e irmãs,
Abordamos hoje o Salmo 23, um texto muito conhecido e amado, no qual se exprime a certeza de saber-se guiado e protegido pelo Senhor. Ele é o Pastor que nos conduz e que não permite que falte coisa alguma. Trata-se, de fato, de um texto cujas imagens, ricas e profundas, acompanharam toda a história de Israel. A figura do Pastor evoca os tempos do Êxodo, o longo caminho pelo deserto, onde Deus guia o seu Povo como um Pastor, para a Terra Prometida. Mas, é com Cristo que toda a força simbólica deste salmo encontra a sua plenitude de significado. Jesus é o Bom Pastor que vai à procura da ovelha perdida, que conhece as suas ovelhas pelo nome. Ele é a luz que ilumina o vale tenebroso, e tira-nos todo o medo. Ele é o anfitrião generoso que nos acolhe e põe a salvo dos inimigos, preparando-nos a mesa do seu Corpo e do seu Sangue. Assim sendo, peçamos ao Senhor que nos conceda caminhar, pelas suas sendas, como rebanho dócil e obediente, e nos sacie nas “águas repousantes” do seu Espírito, da fonte de água viva que jorra para a vida eterna."
Não faltou, como sempre, uma saudação aos diferentes grupos de peregrinos presentes:
"Saúdo cordialmente todos os peregrinos de língua portuguesa presentes nesta Audiência, nomeadamente o grupo de diáconos permanentes vindos de Lisboa e os sacerdotes da Arquidiocese de Diamantina, acompanhados de seu bispo. Possa cada um de vós, guiado pelo Bom Pastor, ser por todo o lado um zeloso mensageiro do amor de Deus e uma testemunha corajosa da fé. Que Deus vos abençoe!"
Rádio Vaticano
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