Os seis editores da agência de notícias Zenit apresentaram hoje sua renúncia indicando seu desacordo com a decisão dos diretores de "sublinhar a dependência institucional da agência" para a Legião de Cristo (Regnum Christi) à qual pertence.
Zenit, criada há 14 anos como uma agência independente que busca informar sobre "o mundo visto de Roma", converteu-se em um ponto de referência em Internet, com edições quotidianas em 7 idiomas.
A decisão tomada por Gisèle Plantec (francês), Mirko Testa (italiano), Inma Álvarez (espanhol), Karna Swanson (inglês), Alexandre Ribeiro (português) e Tony Assaf (árabe) segue-se à recente saída de Jesus Colina, fundador e diretor da Zenit anunciada no fim de setembro.
Em comunicado divulgado hoje explica-se que a decisão dos seis editores (a posição de editor em alemão está vacante) foi tomada "com grande tristeza pessoal, e depois de muitos anos de servir a Igreja e nossos fiéis leitores" e foi comunicada pelo CEO da Zenit, Alberto Ramírez Puig.
O comunicado assinala além que "a visão inicial do Zenit nunca foi fazer dela um serviço a uma congregação particular, a não ser à Igreja universal. Este foi o espírito com o qual trabalhamos ao longo destes anos, e não podemos traí-lo".
Finalmente os editores agradecem "calorosamente a todos nossos leitores por sua fidelidade e apoio durante estes anos, e esperamos seguir trabalhando pela Igreja e por todos aqueles que procuram a verdade, de outra maneira, mas sempre com o mesmo espírito".
Em 29 de setembro Jesus Colina comunicou sua renúncia após o pedido do atual presidente do Conselho da agência Zenit, o sacerdote legionário Óscar Náder, que lhe solicitou que deixasse a direção da agência por considerar que "não oferece uma ideia clara da identidade institucional da agência Zenit que a congregação dos Legionários de Cristo quer comunicar a partir de agora".
Colina concedeu uma entrevista ao grupo ACI sobre este tema. Para lê-la visite: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=22520
(Fonte: ‘ACI Digital’)
1 comentário:
A agência ZENIT era uma referência de noticias da Igreja.
Se com esta mudança vai sublinhar a "dependência institucional" a uma determinada instituição da Igreja, e não à sua universalidade, deixa de me interessar e como tal desistirei de receber a sua informação, fazendo chegar tal decisão e os motivos da mesma, à instituição que a quer tutelar.
E assim, com esta tendência de controlar, se pode perder uma muito boa fonte de informação sobre noticias da Igreja.
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