Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A coerência na fé e na vida fá-lo perder o emprego

O Dr. Thomas Sardella, especialista em Ciências Biológicas, licenciado na Universidade de Roma - Tor Vergata, perdeu o emprego na Universidade de Glasgow (Reino Unido) como assistente de investigação, depois de se haver negado a participar de um estudo que usava células de uma criança abortada.

Em entrevista realizada pelo John Smeaton a Sociedade para a Proteção dos Nascituros (SPUC, por suas siglas em inglês), publicada em 17 de agosto, o Dr. Sardella assinalou que ante o requisito de utilizar o tecido de crianças abortadas na oitava semana para um estudo científico, "decidi perder meu emprego".

"Como me poderia convencer que estes seres humanos de oito semanas não tinham o direito de viver, e que minha carreira, meu salário e minha família eram mais importantes que suas vidas?" questionou-se.

Depois de um corte no orçamento, o grupo do Dr. Sardella uniu-se a outra equipe de pesquisa de San Diego (Estados Unidos). O estudo conjunto daria ao cientista mais seis meses de estabilidade de emprego.

"Ainda me lembro de quando li o e-mail enviado de San Diego sobre o requisito do aborto humano nesta colaboração. Sentei-me na cadeira com um sentimento de repulsa e disse a mim mesmo que não podia fazer isto nem o faria", afirmou o cientista a John Smeaton.

O Dr. Sardella assinalou que ele "não ia estar diretamente envolvido no aborto, mas como ia poder olhar pelo microscópio esquecendo que essas células foram tiradas de uma criança junto com a vida dele ou dela?".

O médico recordou que na tarde do dia em que recebeu a informação sobre o que seria a pesquisa conjunta com o grupo americano, consultou a sua esposa, que estudou Bioética e textos a respeito e confirmou que sua posição estava certa.

"Consultamos livros italianos de bioética que asseguravam que se ajudasse na pesquisa seria colaborador passivo e remoto do procedimento abortivo; por isso não conseguia deixar de me sentir tão mal", assinalou.

"Se estamos de acordo que está mal matar a um ser humano, um membro da espécie homo sapiens, então temos que nos perguntar quando é que nos fazemos homo sapiens. Para cada organismo do reino animal é a mesma resposta: quando uma célula de esperma fertiliza ao óvulo da mesma espécie, qualquer zoólogo ou embriologista afirmará que um novo organismo é concebido", disse.

O cientista explicou que "quando um óvulo humano é fertilizado por uma célula de esperma humana não podemos fazer mais nada para interromper no novo embrião de ser parte de nossa espécie. O novo indivíduo deve ser considerado um ser humano".

Depois de perder seu emprego, o Dr. Sardella dedicou se a dar palestras em distintos âmbitos sobre a realidade do aborto, e surpreendeu-se que muitos jovens "verdadeiramente não tinham nem ideia do que é um aborto e de como se faz".

"Alguns alunos também me vieram falar que a sua opinião sobre o aborto mudou totalmente, assim que, disse a mim mesmo, que ‘se perdi o emprego para salvar uma vida, então valeu a pena’", assinalou.

O cientista lamentou que muitas pessoas, incluindo colegas deles, "consideram a ciência como uma entidade superior e motor immobilis que guia as decisões do género humano".

"Ciência é somente uma palavra, do latim scientia que significa conhecimento. O conhecimento não possui uma consciência. É o cientista o que tem uma consciência e uma ética que guia seus pensamentos e decisões", sublinhou.
O Dr. Sardella sublinhou que "primeiro vem a vida, e depois em segundo lugar vêm as melhorias à mesma. É inadmissível considerar uma vida humana como um produto e utilizá-la em programas de investigação para o hipotético melhoramento das vidas de outros".

O cientista, emocionado, assegurou que apesar das dificuldades económicas que enfrentaram, "uma simples eleição foi uma revisão da minha vida e das minhas crenças, um momento de verdadeira unidade com minha esposa e família".

"Se escolhemos branco, embora pereça irracional nesse momento, embora a montanha a temos que escalar pareça tão alta, estamos abrindo os braços a uma felicidade muitíssimo maior do que a que poderia planear".


(Fonte: ‘ACI Digital’ com edição e adaptação de JPR)

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