São Francisco de Assis (1182-1226), fundador dos frades menores
Carta a um superior da ordem franciscana
Eis como saberei que amas o Senhor, e que me amas a mim, Seu e teu servo: se qualquer irmão, após ter pecado tanto quanto é possível pecar, pode encontrar o teu olhar, pedir o teu perdão, e partir perdoado. Se não te pedir perdão, pergunta-lhe tu se quer ser perdoado. E se, mesmo depois disso, voltar a pecar mil vezes contra ti, ama-o mais ainda do que me amas a mim, para o conduzir ao Senhor. Tem sempre piedade desses infelizes. [...]
Se um irmão, instigado pelo inimigo, cometer um pecado grave, será obrigado, por obediência, a recorrer ao seu responsável. Os irmãos que conhecerem a sua falta não o hão-de afrontar nem acusar; testemunhar-lhe-ão, pelo contrário, muita bondade e calarão cuidadosamente o pecado do seu irmão, porque «não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes» (Mt 9,12). [...] E o seu superior agirá para com ele com tanta bondade como desejaria para si se se encontrasse em situação semelhante.
Se um irmão cair nalgum pecado venial, confessar-se-á a um dos seus irmãos padres. Se não houver padre, confessar-se-á ao seu irmão, enquanto espera encontrar um padre que o absolva canonicamente. Os irmãos não poderão ordenar outra penitência a não ser esta: «Vai, e não tornes a pecar!» (Jo 8,11)
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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