Surgem arrogantes e soberbos e tratam-nos com desprezo. Como se tivéssemos feito asneira.
Entrincheirados nos cargos que ocupam, castigam-nos com pesadas medidas, indiferentes aos reais problemas das pessoas.
Tiram-nos do bolso para manter “jobs” e alimentar serviços que escandalosamente só a eles (e aos seus amigos) beneficiam.
Estou a falar dos nossos políticos, claro: enquanto for dando, ficam por cá a desgovernar o país, mentindo, se for preciso, para nos convencer de que fazem o melhor por Portugal .
Mas, se aparece um tacho melhor, é vê-los dar o salto e abandonar o país e, depois, do lado de lá, fazerem apelos à responsabilidade nacional – que é coisa que eles próprios nunca tiveram.
Estamos num descalabro e eles mantêm-se inimputáveis.
Que bom seria se acontecesse como na Islândia haver um tribunal especial para julgar a negligência do Primeiro-ministro e do seu Executivo que levou ao colapso do país.
E aqui ninguém faz nada?
Aura Miguel
(Fonte: ‘Página 1’, grupo Renascença na sua edição de 1 de Outubro de 2010)
Nota de JPR: Obrigado Aura Miguel por tão sucinta e brilhantemente ter sabido ler o que me vai na alma. Bem-haja!
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