Num artigo publicado pelo The Washington Post, o congressista por New Jersey, Christopher Smith, alertou que a reunião das Nações Unidas sobre as Metas de Desenvolvimento do Milénio poderia terminar com um documento a favor da promoção do aborto no mundo.
Smith sustenta que a nobre finalidade das metas "é a redução da pobreza global" com uma significativa redução da mortalidade maternal e infantil em todo mundo, mas isto seria alcançado "se é que a administração do Presidente Obama, seja aberta ou ocultamente, consegue incluir o aborto no documento final".
"A Secretária de Estado Hillary Clinton declarou publicamente que acredita que o acesso ao aborto é parte da saúde materna e reprodutiva, ideia que contraria a posição de mais de 125 Estados membros da ONU que proíbem ou, pelo menos, restringem o aborto em suas leis e constituições soberanas", recorda Smith.
O congressista explica que "a Meta para o Desenvolvimento do Milénio número 4 sustenta a redução das taxas de mortalidade infantil em 2/3 a partir do nível do ano 1990. Resulta claro que uma grande quantidade de custosas e efectivas intervenções devem ser expandidas com o fim de salvar a vida das crianças".
"O aborto é, por definição, mortalidade infantil, e atenta contra o propósito da Meta para o Desenvolvimento do Milénio número 4. Não há nada de bom ou compassivo em procedimentos que desmembram, envenenam, induzem o parto prematuro ou deixam uma criança morrer de fome. De facto, a confusa terminologia ‘aborto seguro’ não tem em conta o facto de que nenhum aborto – legal ou ilegal – é seguro para a criança e de que todos estão cheios de consequências negativas para a saúde, incluindo danos emocionais e psicológicos para a mãe", esclarece.
Do mesmo modo, o político pro-vida precisa que "falar de ‘crianças não desejadas’ reduz as crianças a meros objectos, sem dignidade humana inerente e cujo valor depende de sua utilidade percebida ou de quanto foram desejados. As pessoas só têm que olhar o flagelo do tráfico humano e a exploração das crianças em trabalhos forçados ou as crianças soldados, para ver aonde nos conduz este desprezo pelo valor da vida".
Smith recorda que a Meta de Desenvolvimento do Milénio número 5 "desafia o mundo a diminuir as taxas de mortalidade materna em 75% desde os níveis de 1990".
"Sabemos há sessenta anos o que é o que realmente salvar a vida das mulheres: a atenção especializada aos nascimentos, o tratamento para parar hemorragias, o acesso a bancos de sangue seguros, os cuidados obstétricos de emergência, antibióticos, a reparação de fistulas, nutrição adequada e cuidados pré e pós natais. O objectivo da próxima Cimeira deveria ser um mundo livre de abortos, não o aborto livre em todo mundo", sustenta.
Smith cita um estudo, financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates e publicado na revista científica inglesa "The Lancet" em Abril que "sublinha que muitas nações que têm proibições legais ao aborto, possuem inclusive algumas das mais baixas taxas de mortalidade materna no mundo – a Irlanda, Chile e Polónia entre elas".
"A inclusão do aborto no documento final deste encontro da ONU ou nas suas decisões prejudicaria as Metas de Desenvolvimento do Milénio. As acções e os programas para alcançar as mesmas devem incluir todos os cidadãos do mundo, especialmente aos mais fracos e vulneráveis. Devemos afirmar, respeitar e assistir concretamente as preciosas vidas das mulheres e de todos as crianças, incluindo as que não nasceram", conclui Smith.
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
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