Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

NAQUELE TEMPO, NESTE TEMPO

“Naquele tempo”, escreveram assim os evangelistas que nos deram a conhecer os passos de Jesus Cristo, quando, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, esteve entre nós ensinando e revelando o Deus de amor que nos criou, seguido por multidões que avidamente O escutavam.

“Neste tempo” poderia escrever alguém, sobre este tempo em que Jesus Cristo entre nós, não visível aos olhos humanos, mas presente na vida e no coração de cada um, nos interpela, nos chama, nos quer continuar a ensinar e a guiar no caminho da salvação.

E “neste tempo”, talvez seja assim!

«Pára um pouco, homem, quero-te falar do mundo que criei para ti e para todos.»
Desculpa, não tenho tempo! Estou muito ocupado com o meu trabalho, ajudando a construir o mundo e retirando dele todas as coisas de que necessito para a minha vida.
«Mas repara, não é melhor parares um pouco para reflectires sobre o que vais fazendo no mundo e ao mundo? É que sabes, ele não me parece melhor e mais harmonioso!»
Não há problema, temos agora que retirar do mundo tudo o que precisamos, mesmo que seja em excesso, e depois logo se vê! Os que vierem ainda terão muito com certeza. E o mundo tem tanto para dar!

«Deixa-me então falar-te da vida, do sentido da vida, da vida que Eu te dou.»
Agora não, estou muito ocupado em gerir a minha vida à minha vontade.
E depois ando também muito empenhado em criar a vida, porque não duvides, nós homens também somos capazes de criar vida!
«Mas e a alma, também consegues criar a alma?»
O que é isso de alma? É algo que se possa ver com os nossos olhos ou tocar com as nossas mãos?
Se não é, não existe, não interessa, não tem sentido porque não pode ser experimentado e provado.
«Não te entendo, homem, dei-te a vida, tu dizes-me que queres e podes criar vida e no entanto fazes leis e mais leis para destruir a vida!»

«Pelo menos, deixa-me falar-te do amor.»
Do amor? O amor é coisa passageira! Experimenta-se, e se dá resultado tudo bem, se não parte-se para outra!
«Mas ouve, espera, o amor não é uma experiência. É antes um doar-se, um dar-se a conhecer, um partilhar e viver as coisas boas e as coisas más, num projecto de vida em comum, que Eu abençôo.»
Doar-se, dar-se a conhecer, partilhar? Nem pensar. Era o que mais faltava! Isso era colocar-me à disposição do outro e ficar dependente dele. Nem pensar. O que é preciso é retirar duma relação tudo o que me interessa, e quando estiver esgotada, arranja-se outra. E o outro se quiser que faça a mesma coisa!
«Mas, homem, isso não é amor, é individualismo e egoísmo! Então e a ajuda aos outros, o amor pelos outros, aqueles que mais precisam?»
Para isso também não tenho tempo, mas de vez em quando lá dou umas moedas a algum pedinte e já faço muito!
Isto é como todas as coisas, uns nasceram do lado certo e outros do lado errado, o que se há-de fazer!
Eu não tenho culpa nenhuma que assim seja, e o que tenho custou-me muito a ganhar, é meu! Uns têm e outros não, é a vida!

«Então e Deus?»
O que é que tem Deus? Deus está lá e nós estamos cá, se é que Ele existe.
Ele trata das coisas d’Ele e nós das nossas! Agora é assim, separação total, cada um sabe de si, e depois elegemos uns de nós que tratam de tudo o que é preciso. Não precisamos que Deus interfira nas coisas dos homens.
E já Te dei muito tempo afinal, por isso vou-me embora que tenho mais que fazer!

E enquanto se afastava de Deus, o homem ia ouvindo no seu coração:
«Em verdade, em verdade te digo, mesmo que te afastes de Mim, mesmo que não me queiras, Eu amar-te-ei sempre com amor eterno, e estarei sempre à tua espera para te receber e acolher. É que sabes, sem Mim, sem o amor que Eu sou, a tua vida não tem sentido.»

Monte Real, 24 de Junho de 2010

Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/06/naquele-tempo-neste-tempo.html

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