TEMA: Amor a Deus e ao próximo
Não pode separar-se o amor ao próximo do amor a Deus: O maior mandamento da Lei é amar a Deus de todo o coração, e ao próximo como a si mesmo (Cfr Mt 22, 37-40). Cristo fez deste mandamento do amor para com o próximo o Seu mandamento e enriqueceu-o com novo significado, identificando-se com os irmãos como objecto da caridade, dizendo: sempre que o fizestes a um destes Meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes (Mt. 25, 40). Com efeito, assumindo a natureza humana, Ele uniu a Si como família, por uma certa solidariedade sobrenatural, todos os homens e fez da caridade o sinal dos Seus discípulos, com estas palavras: nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros. (CONCÍLIO VATICANO II, Decreto Apostolicam Actuositatem, nr. 8)
Doutrina: Vida humana (Evangelium Vitae 13)
Aliás, uma vez excluída a referência a Deus, não surpreende que o sentido de todas as coisas resulte profundamente deformado, e a própria natureza, já não vista como mater, fique reduzida a "material" sujeito a todas as manipulações. A isto parece conduzir certa mentalidade técnico-científica, predominante na cultura contemporânea, que nega a ideia mesma de uma verdade própria da criação que se há-de reconhecer, ou de um desígnio de Deus sobre a vida que temos de respeitar. E isto não é menos verdade, quando a angústia pelos resultados de tal "liberdade sem lei" induz alguns à exigência oposta de uma "lei sem liberdade", como sucede, por exemplo, em ideologias que contestam a legitimidade de qualquer forma de intervenção sobre a natureza, como que em nome de uma sua "divinização", o que uma vez mais menospreza a sua dependência do desígnio do Criador. Na realidade, vivendo "como se Deus não existisse", o homem perde o sentido não só do mistério de Deus, mas também do mistério do mundo, e do mistério do seu próprio ser. (JOÃO PAULO II, Evangelium vitae, 22 c-d)
Agradecimento: António Mexia Alves
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