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sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Riqueza de humanidade
No Uganda, um grupo de mulheres doentes de sida sobrevive a trabalhar numa pedreira. O que elas fazem é partir pedras à mão e depois vendem-nas aos construtores. E sobrevivem com apenas uma refeição por dia. São mulheres transformadas pela fé. Rose Busingyyie, fundadora deste grupo, explica que “a fé deve penetrar os estratos mais profundos do ser humano e deve chegar até onde se formam os nossos critérios”.
Por isso, quando estas mulheres souberam do tsunami e do furacão Katrina nos EUA - e, mais recentemente, do terramoto em L’Aquila – organizaram-se e conseguiram reunir dinheiro para as vítimas. Disseram elas: “Sabemos o que é viver sem casa e sem comer. Se eles pertencem a Deus, pertencem também a nós. Por isso, vamos ajudá-los”. E ofereceram uma quantia considerável que, realmente, lhes fazia falta.
Os jornalistas escandalizaram-se. Acharam que não era justo disporem assim do dinheiro sendo tão pobres... Acharam, tal como a esmagadora maioria, que fazer caridade deveria ser apenas dar o que sobra. Então, uma mulher doente disse aos jornalistas: “O coração do homem é internacional, não tem raça, nem cor e comove-se!”
Que invejável, a riqueza de humanidade destas mulheres!
Aura Miguel
(Fonte: site Rádio Renascença)
«Na verdade vos digo que esta viúva pobre lançou mais que todos os outros. Porque todos esses fizeram a Deus oferta do que lhes sobrava; ela, porém, deu da sua própria indigência tudo o que tinha para viver». (Luc 21,4)
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