A dignidade humana e o respeito pela vida estão em perigo. A falsificação de medicamentos será prática corrente em África e Santa Sé aponta o dedo às farmacêuticas.
“O respeito pela vida e dignidade da pessoa humana não pode estar à mercê de opiniões ocasionais nem de interesses políticos ou económicos”… Isto parece-nos óbvio, não é?
Mas não, não é assim tão óbvio. E a comprová-lo está mais uma denúncia por parte da Santa Sé, desta vez, sobre a falsificação de medicamentos nos países pobres.
Fontes não oficiais revelam que em vários países africanos, 60% dos medicamentos são falsificados. A própria Organização Mundial de Saúde não avança números tão elevados, mas reconhece a contrafacção de ¼ dos remédios à venda em países pobres, incluindo o Sudeste asiático e a América latina.
Falsos antibióticos e falsas vacinas – pagos quase sempre a peso d’ouro - provocam graves repercussões na saúde, a nível respiratório e, sobretudo, a nível pediátrico, como recentemente se verificou com mortes de crianças no Haiti e na Nigéria…
Não é possível anestesiar a consciência perante estas situações – disse o papa aos farmacêuticos – porque um silencioso grito de dor nos interpela a todos.
E a nós, que tivemos a sorte de nascer na Europa, compete por isso denunciar estas aberrações.
Aura Miguel
(Fonte: site Rádio Renascença)
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