Comentários do padre Santiago Quemada, sacerdote da Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz que vive em Jerusalém.
Estive numa reunião no Patriarcado com os bispos e sacerdotes para falar das últimas notícias e preparativos sobre a visita do Papa. Falou-se das Missas de Nazaré, de Jerusalém e de Belém, por esta ordem.
Para a Missa de Nazaré o lugar escolhido é chamado monte do precipício, nos arredores da cidade. Aí se venera o lugar onde os judeus tentaram precipitar o Senhor, embora parece não haver dúvidas de que não foi nesse local. O bispo auxiliar de Nazaré, D. Marcuzo, desdobrou uma grande planta onde estava desenhada a disposição dos lugares nesse local. Disse-nos que se esperavam à volta de 35.000 pessoas. Para chegarem ao local da celebração não poderão deslocar-se a pé – como medida de segurança – mas estarão disponíveis autocarros que levarão as pessoas para a esplanada.
A seguir falou-se da Santa Missa que o Papa celebrará em Jerusalém. Disseram-nos que não poderá assistir muita gente e que aí não haverá cadeiras. Esperam-se umas 5.000 pessoas. Quem não conseguir entrada poderá acompanhar a Missa a partir de outros lugares elevados de Jerusalém donde se vê o vale do Cedrón, como o monte Sião, o monte das oliveiras. Quem tenha entrada, ou os sacerdotes que vão concelebrar, terão que estar antes das 13.00. A hora do início da Missa será as 16.30. Dizem que a partir desse momento não deixarão praticamente andar ninguém pelas ruas da cidade. Parece que será como se houvesse recolher obrigatório. Assim no-lo explicaram no Patriarcado. Quanto à Missa de Belém são esperadas cerca de 10.000 pessoas. Recomendavam deixar o automóvel em Beit Jalla e ir a pé até Belém.
Após os vários avisos alguns sacerdotes começaram a relatar algumas dificuldades por que estavam a passar. O Patriarca, com muito optimismo e sentido comum desmontava-as, por cima. Alguém da Cisjordânia dizia que não se estava a disponibilizar informação da viagem aos meios de comunicação. O Patriarca disse que nada o impedia a ele de lhes transmitir o que entendesse. Outro assegurava que no Beit Jalla estavam a colocar cartazes pelas ruas sobre a viagem do Papa e outros os retiravam. O Patriarca respondeu-lhe que os voltassem a colocar de novo.
Numa entrevista para a imprensa israelita o Patriarca assinalou quão diferente estava a ser a organização da Missa na Jordânia em comparação com as Missas daqui. É verdade que há dificuldades e que haverá excessivas medidas de segurança, mas finalmente veremos o Papa e estaremos com ele. Na imprensa dizia-se que, até agora, esta era a viagem mais difícil de um Papa. Em qualquer caso o Santo Padre está muito entusiasmado e nós também. Seguramente que a viagem dará muitos frutos e encherá as pessoas da esperança de que tanto necessitam. Por isso peço orações a todos, pelo feliz desenrolar desta peregrinação tão especial.
Padre Santiago Quemada
Blog: unsacerdoteentierrasanta.blogspot.com
(Fonte site da Opus Dei – Portugal em http://www.opusdei.pt/art.php?p=33647 )
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