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quinta-feira, 9 de abril de 2009
Bento XVI - Homilia da Missa Crismal na Basílica de São Pedro de hoje Quinta-feira Santa
Esta Quinta-feira Santa, de manhã, na Basílica de São Pedro, Bento XVI presidiu à celebração da Missa Crismal, com os Cardeais, Bispos e presbíteros presentes em Roma.
O sacerdócio não é uma segregação, mas não é sobre as opiniões predominantes que os padres devem medir a própria missão e o próprio estilo sacerdotal. O confronto verdadeiro é com a verdade e contra a mentira, salientou Beto XVI na homilia da Missa com cardeais, bispos, prelados da cúria romana e com os padres da diocese de Roma, neste dia em que a Igreja recorda a instituição do sacerdócio.
Reflectindo a partir do Evangelho, de Bultman e de Nietzsche, o Papa delineou a sua visão do padre com uma referencia também pessoal quando, há 58 anos foi ordenado: abri a Sagrada Escritura, porque queria ainda receber uma palavra do Senhor para aquele dia e para o meu caminho futuro como sacerdote.
O sacerdócio, disse portanto o Papa é uma passagem de propriedade, um ser tirado do mundo e doado a Deus, mas não é uma segregação. Ser consagrados a Deus significa sobretudo ser colocados a representar os outros.Mas os padres, perguntou o Papa, são verdadeiramente consagrados á verdade, ou não sucede antes que o nosso pensamento se deixa modelar incessantemente por tudo o que se diz e faz? Porventura não são tantas vezes as opiniões predominantes os critérios pelos quais nos regulamos? No fim de contas, não ficamos porventura na superficialidade de tudo o que, habitualmente, se impõe ao homem de hoje? Nietzsche, reflectiu Bento XVI, zombou da humildade e da obediência como sendo virtudes servis, pelas quais os homens teriam sido reprimidos. No seu lugar, colocou a ufania e a liberdade absoluta do homem.
Ora bem, existem caricaturas duma humildade falsa e duma submissão errada, que não queremos imitar. Mas há também a soberba destrutiva e a presunção, que desagregam qualquer comunidade e acabam na violência.
O sacerdote além disso, segundo o Papa não deve ceder nem á amargura nem á autocomiseração se Cristo for verdadeiramente o centro da nossa vida; se cultivarmos uma verdadeira familiaridade com Ele. De facto, então experimentaremos no meio das renúncias, que num primeiro momento podem causar sofrimento, a alegria crescente da amizade com Ele, todos os pequenos e às vezes grandes sinais do seu amor, que nos dá continuamente. «Aquele que se perde a si mesmo, encontra-se». Se ousamos perder-nos a nós mesmos pelo Senhor, experimentaremos como é verdadeira a sua palavra.
E finalmente um convite: sermos imersos na Verdade, isto é, contrapor-se, tanto nas coisas grandes como nas pequenas, à mentira, que de modo tão variado está presente no mundo; aceitar a fadiga da verdade.
Durante a missa crismal de Quinta-feira Santa são benzidos os santos óleos: dos catecúmenos, dos doentes e o crisma, que a Igreja usa depois durante o ano. Parte dos óleo benzidos esta manhã pelo Papa na Basílica de São Pedro serão destinados ás zonas abaladas pelo terramoto na região italiana do Abruzzo, como sinal ulterior de proximidade no sofrimento das populações atingidas
(Fonte: site Radio Vaticana)
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