A Santa Sé tem acusado certas instâncias internacionais e governos de alinharem em lobbies que envolvem milhões de euros com o objectivo de invadirem a África de preservativos sem o mínimo respeito pelas populações.
A opinião pública dominante está furiosa com o Papa, por causa das suas declarações sobre a distribuição de preservativos em África. Disse Bento XVI que “o problema da SIDA/AIDS não se resolve apenas com dinheiro nem com distribuição de preservativos que, pelo contrário, só aumentam os problemas”.
A questão não é nova. A Santa Sé tem acusado certas instâncias internacionais e governos de alinharem em lobbies que envolvem milhões de euros com o objectivo de invadirem a África de preservativos sem o mínimo respeito pelas populações. Uma situação que convém à indústria farmacêutica e cujo negócio compromete grande parte dos governos do Ocidente, como agora se viu pela dimensão dos protestos oficiais.
Esta onda de revolta, alimentada pelos média e opinion-makers esquece, no entanto, a verdade essencial confirmada por quem está no terreno: o preservativo não é a solução para o flagelo da SIDA/AIDS e se o Ocidente quer, de facto, ajudar as populações africanas, que invista na educação para o desenvolvimento e a indústria farmacêutica que invista em novos remédios para a SIDA/AIDS e também para a malária que mata ainda mais do que a SIDA/AIDS.
Aura Miguel
(Fonte: site RR)
Nota:
A este excelente artigo, aliás, na linha do que Aura Miguel sempre nos habituou, apenas me permito acrescentar ao rol de doenças que dizimam milhões em África, a cólera, a tuberculose, o dengue, a raiva e a fome que é uma forma de doença de que somos todos co-responsáveis, porque é muito bonita deitar da boca para fora opiniões, mas parafraseando o Apóstolo das Gentes, falta na realidade a muitos dos “bem pensantes” «que pratiquem o bem, se enriqueçam de boas obras, sejam generosos, capazes de partilhar» (1Tm, 6,18), ou seja, a verdadeira caridade e renúncia.
(JPR)
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