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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Santo Padre: “atenção à multiplicação de declarações de nulidade matrimonial sob o pretexto da imaturidade psiquica”
É necessário prestar atenção à multiplicação exagerada de declarações de nulidade matrimonial sob o pretexto de uma qualquer imaturidade ou fraqueza psíquica do contraente; foi o que afirmou esta quinta-feira o Papa na Sala Clementina no Vaticano durante a inauguração do ano judiciário do Tribunal da Rota Romana.
O que está em jogo – afirma o Papa – é a própria verdade sobre o matrimónio.
Bento XVI chama a atenção dos agentes do direito sobre a exigência de tratar as causas com a devida profundidade que é pedida pelo ministério da verdade e da caridade que é próprio da Rota Romana. E recorda alguns princípios para discernir a validade do matrimónio sem confundir incapacidade e dificuldade.
Uma verdadeira incapacidade – afirmou citando João Paulo II – pode-se supor apenas na presença de uma forma seria de anomalia que - presente já no tempo no matrimónio – deve tocar substancialmente as capacidades de entender e de querer, e portanto a faculdade de escolher livremente o estado de vida. Anomalia que deve causar não só uma grave dificuldade, mas também a impossibilidade de enfrentar as tarefas inerentes ás obrigações essenciais do matrimónio. Para o Papa é necessário redescobrir em positivo a capacidade que em princípio, cada pessoa humana tem de casar-se em virtude da sua própria natureza de homem e de mulher.
“De facto corremos o risco de cair num pessimismo antropológico que à luz da actual situação cultural, considera quase impossível casar-se. À parte o facto que tal situação não é uniforme nas várias regiões do mundo, não se podem confundir com a verdadeira incapacidade consensual – salientou o Papa – as reais dificuldades em que se encontram muitos, especialmente os jovens, chegando a considerar que a união matrimonial é normalmente impensável e impraticável. Antes, a reafirmação da inapta capacidade humana ao matrimónio é precisamente o ponto de partida para ajudar os casais a descobrir a realidade natural do matrimónio e o relevo que tem no plano da salvação.
(Fonte: site Radio Vaticana)
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