Os espanhóis têm a solução para a crise: inventaram uma nova lei que prevê multas de milhares de euros a quem dê a entender que acha o outro feio. Ou gordo ou magro. Ou qualquer coisa não positiva. Mais uns tempos desta loucura ibérica (a maluqueira também cá anda) e acabaremos a ter quotas para o namoro obrigatório. Afinal há lá maior desigualdade que a evidenciada pelo facto de haver gente que namora que se farta, que se casa, descasa e volta a casar, que até se dá ao luxo de dizer de rejeitar paixões com aquela conversa miseravelmente hipócrita sobre que nesta fase da vida resolveram privilegiar a amizade… enquanto outros coitadinhos não conseguem nem uma única proposta?! Claro que o Estado tem de intervir nesta matéria. Os traumas dos adolescentes por não saberem se vão namorar são uma coisa que os marca para a vida. E também se deve criminalizar aquela ideia discriminatória de perguntar às raparigas se têm namorado e aos rapazes se têm namorada. Deve passar a perguntar-se se têm uma pessoa. Isto até que não se confirme que o singular também induz um modelo logo é também discriminatório. Assim o melhor será perguntar como vai o tempo. Os concursos de beleza devem ter os dias contados, os pedidos de casamento devem ter de se processar entre pessoas com os olhos vendados e que não se viram antes e as capas das revistas passarão a escolher os modelos por sorteio do número de contribuinte. Como já têm uma lei que obriga os funcionários das escolas a impedir as criancinhas de terem brincadeiras que o governo acha ”sexistas” – ou seja os clássicos rapazes a jogarem à bola versus as raparigas a snnobarem deles . com esta nova lei da Igualdade os espanhóis deram mais um passo para resolver a crise. Afinal com tanta igualdade não podemos acabar cada vez mais diferentes dos países bem governados, pois não?
Helena Matos
(Fonte: blogue ‘Blasfémias’ em http://blasfemias.net/2011/01/10/com-leis-tao-boas-nem-se-percebe-como-estamos-nesta-crise/)
Nota de JPR: será que quando digo a alguém pelo telefone para mais facilmente me identificar, que sou ‘aquele gordo e careca’ serei acusado? Lembram-se certamente de há dias ter lido que uma pessoa havia casado consigo própria, pelo que não me admiraria se me punirem por me auto identificar como gordo, careca, pecador, católico, etc.,etc..
1 comentário:
Caro João: Sugiro que, para se ver a salvo de qualquer punição, em vez de "gordo careca", passe a identificar-se como "obeso calvo". Duas vantagens: soa a intelectual e muitas pessoas julgarão que é um nome estrangeiro.
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