quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Petição para a reposição de estátua de Nossa Senhora da Conceição em hotel no centro de Lisboa

Exmos. Amigos,

Está a correr uma petição dirigida contra o Hotel Gat, na Rua Jardim do Regedor, nº 27, no Rossio, para que reponha a estátua de N. Senhora da Conceição que foi voluntariamente adulterada na cara e mãos, passando a ter na sua representação o focinho e as patas de um gato...

A petição pode ser vista em http://www.thepetitionsite.com/1/esttua-adulterada

Os meus cumprimentos.

José António Alves Mendes

Rua Tierno Galvan, 10 (Torre 3), Piso 2, nº201
1070-274 Lisboa - Portugal


Texto da petição

Estátua Adulterada

O que se vê nas fotos é a fachada de um hotel, em Lisboa, Portugal.

Embutido na fachada, junto à porta principal, vê-se um nicho com uma estátua adulterada da Virgem Maria, que é, como é sabido, objecto de veneração para os cristãos católicos.

Os que não são crentes também respeitam, por dever de cidadania, ou devem respeitar, as representações religiosas das diversas religiões.

E respeitam-nas porque prezam a pluralidade de credos e as liberdades fundamentais que a Constituição da República Portuguesa garantem, como condição essencial para Liberdade.


O rosto da estátua da Virgem Maria que surge nas fotos foi voluntariamente desfigurado. Em sua substituição, foi colocada uma cara de gato.

A alteração verificada na estátua é um acto infeliz, gratuito e anti-cultural, porque não serve a estética da zona pombalina e nobre da cidade, com os seus símbolos, cultura e imaginário próprio, tal como antropologicamente o recebemos.

Se se trata de um meio publicitário, destinado a "chocar" o seu destinatário, tal meio está proibido por lei. E está proibido por lei, porque ofende o princípio da licitude, sendo proibida a publicidade que se socorra, depreciativamente, de instituições, símbolos nacionais ou religiosos ou de personagens históricas.

O hotel em questão deve, por isso, repor a estátua de acordo com a sua representação religiosa original.

Esta petição destina-se a ser entregue no hotel visado para que, por si mesmo, proceda como agora se lhe pede.

Keith Jarrett & Chick Corea interpretam MOZART(K.365:1.Allegro)



Keith Jarrett e Chick Corea são ambos grandes intérpretes de jazz contemporâneo e apesar deste concerto ter certamente mais de 20 anos, não deixa de ser bonito constatarmos que certamente antes de chegarem ao topo da carreira no jazz tiveram uma excelente escola clássica.

JPR

Repensar a civilização é o desafio cristão – D. José Policarpo homilia de Natal hoje na Universidade Católica de Lisboa

Patriarca diz que gostaria de ver uma grande cimeira sobre a civilização que queremos legar aos nossos filhos.

"Estamos num tempo em que isto já não vai lá com lutas sectoriais e soluções parciais. Estamos num tempo em que o grande desafio é de correcção de rota em termos de civilização", afirmou D. José Policarpo durante a missa de Natal que celebrou na Universidade Católica.

"Têm-se feito grandes cimeiras, parece que a última é sobre Ambiente, sobre a chuva e o sol, mas fazem-se grandes cimeiras sobre a questão financeira, sobre a crise económica, sobre a globalização, sobre isto e aquilo. Ainda não vi uma grande cimeira sobre a civilização, a necessidade de repensarmos a nossa civilização", disse.

Trata-se, segundo D. José Policarpo, de responder a uma pergunta muito simples: "Que Humanidade queremos ser e que Humanidade queremos legar àqueles que virão depois de nós".

Para D. José, "este é o desafio cristão".

"O grande desafio que se põe à Igreja do nosso tempo, mais do que a prática religiosa (...) é se somos ou não somos obreiros e testemunhas desta sociedade nova", declarou, assumindo que a tarefa "não é fácil".

O cardeal frisou que o encontro com Deus se faz de muitas maneiras e pode realizar-se para além e fora dos momentos sagrados já catalogados: "Pode realizar-se no âmago da nossa vida, onde nos encontramos a lutar e a sofrer com todos os outros homens nossos irmãos por uma sociedade digna do Homem, se é que lutamos por isso porque hoje há muita gente que luta por outras coisas, pelos seus interesses imediatos, para que a sua visão das coisas seja a triunfante...".

Para o início da celebração foi escolhido um texto bíblico sobre a genealogia de Jesus, justificado pelo cardeal com uma frase - "O mundo nunca se afastará da Casa de Judá".

(Fonte: site Rádio Renascença)

Nota de JPR:

Pessoalmente não me agrada a excessiva informalidade como o Cardeal Patriarca de Lisboa é referido na notícia e menos ainda a referência ao Evangelho como se tivesse sido escolhido para a ocasião, quando de facto se trata do Evangelho do dia (Mt. 1, 1-17).

Financiamento da Campanha a favor do referendo - APELO

VAMOS AJUDAR S.F.F., SE CADA UM DER € 10,00 RAPIDAMENTE A DÍVIDA FICARÁ SALDADA E LUTÁMOS COM MUITO POUCO CONTRA OS MILHÕES ENVOLVIDOS.

Obrigado!

JPR

Caríssimos,

Vimo-vos informar que apesar da escassez de recursos com que nos debatemos para o desenvolvimento da nossa campanha a favor do referendo, alguns recursos financeiros vão sendo necessários e essenciais. Até agora esta campanha implicou gastos da ordem dos 4.500,00 Euros, os quais foram financiados por um donativo de 500 euros e um empréstimo de 4.000,00 Euros, feito por dois dos membros do grupo promotor.

As despesas foram:

a) 4.200,00 Euros num mailing postal de 5700 cartas para as paróquias de todo o pais, para instituições diversas, cartas de convite à adesão a esta iniciativa a todos os Deputados e a todos os Presidentes da Câmara, (500 em envelopes, 700 em cópias e 3.000 em selagem dos correios);

b) 300,00 Euros em diversos, nomeadamente edição de 10 000 exemplares de um folheto, produção de 4 cartazes, etc..

Até agora apenas recebemos na nossa conta 355 euros e é necessário devolver os 4 000 euros aos dois membros que adiantaram este valor.

Por esta razão, muito agradecíamos se pudesse contribuir para saldar esta divida de campanha que temos para com quem tão generosamente nos emprestou o dinheiro necessário.

O NIB, também indicado em cada folha de recolha de assinaturas, é:

0010 0000 43795 06 0001 30

Com os nossos cumprimentos,

Nuno Gonçalves Morgado
Mandatário
93 8045075
cidadaniaecasamento@gmail.com

Envie os seus votos natalícios ao Santo Padre ou envie os de Bento XVI aos seus amigos


Entre nesta página http://www.pope2you.net/ escolha a língua, infelizmente o português não está disponivel, e envie as seus votos de Natal a Bento XVI ou aproveite para enviar aos seus amigos e familiares via Facebook os votos do Santo Padre.

João Paulo II será declarado Venerável por Bento XVI no Vaticano



Vídeo em espanhol

O Papa Bento XVI vai declarar o seu antecessor, João Paulo II, Venerável, já no próximo sábado.
Bento XVI receberá em audiência, na manhã de 19, o Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, reconhecendo as “virtudes heróicas” de Wojtyla e declarando-o Venerável.

Com este passo, o processo de beatificação do Papa João Paulo II entra numa nova fase, ficando, então, em aberto o reconhecimento oficial de um milagre.

Existe já um caso pronto para ser estudado: o da cura da irmã Marie Simon-Pierre, uma freira francesa que, inexplicavelmente, superou a doença de Parkinson, em 2005.
Curiosamente, João Paulo II sofria desta doença.

A confirmar-se o milagre, a beatificação de João Paulo II poderá ocorrer já em 2010, possivelmente, no mês de Outubro, mês da eleição de Karol Wojtyla como Papa, no ano de 1978.

(Fonte: ‘Página 1’, grupo Renascença, na sua edição de 17.12.2009)

Demitido do estado clerical o antigo arcebispo de Lusaka, Emanuel Milingo


Vídeo em espanhol

A Santa Sé anunciou hoje a “demissão do estado clerical” do antigo arcebispo de Lusaka, Emmanuel Milingo, em razão dos “graves delitos” por este cometidos. Um comunicado oficial divulgado pela Sala de imprensa do Vaticano recorda a “persistente contumácia” de Milingo, que já em 2006 fora excomungado com os quatro sacerdotes casados que ordenara como bispos e que, nos últimos meses, voltou a proceder a ordenações episcopais.

As relações de Milingo com o Vaticano complicaram-se quando o arcebispo de Lusaca se casou em 2001 com uma sul-coreana que lhe foi apresentada em Nova Iorque pelo reverendo Sun Myung Moon. Criou também uma associação de padres casados. Além disso, Milingo foi acusado de praticar exorcismo e de promover credos indígenas africanos através de exorcismos em massa e cerimónias de curas sobrenaturais. Tinha sido Paulo VI a nomeá-lo arcebispo de Lusaka em 1969.

Emmanuel Milingo é acusado de “multiplicar intervenções nos meios de comunicação social, em aberta rebelião com as intervenções da Santa Sé, criando grave confusão e escândalo nos fiéis”. Milingo “não deu provas do esperado arrependimento, tendo em vista o regresso à plena comunhão com o Sumo Pontífice e com os membros do colégio episcopal”, “atentando novos delitos contra a unidade da santa Igreja”.

Segundo o cânone 292 do Código de Direito Canónico, a pena de demissão do estado clerical implica a perda dos direitos e deveres ligados ao mesmo, excepto a obrigação do celibato, e a proibição do ministério, a não ser em casos nos quais exista perigo de morte. A partir de agora, é “ilegítima” a participação dos fiéis em eventuais celebrações promovidas por Emmanuel Milingo.

A Nota da Santa Sé sublinha que “a demissão do estado clerical de um Bispo é um facto absolutamente excepcional, ao qual a Santa Sé se viu obrigada pela gravidade das consequências que derivam para a comunidade eclesial da sequência de ordenações episcopais sem mandato pontifício”, manifestando, ainda assim, “esperança” numa mudança de comportamento da parte de Milingo.

A Santa Sé recorda que há muitos anos se vinha seguindo “com particular sofrimento” a situação, lembrando as intervenções directas de Bento XVI e João Paulo II.

(Fonte: site Radio Vaticana)

Bento XVI exorta as Autoridades a empenharem-se de modo decidido em relação ao ambiente


No momento em que, em Copenhaga, os mais altos representantes das nações se pronunciam sobre as transformações climáticas, tentando chegar a empenhos concretos, também Bento XVI quis tomar posição e exortar todos a assumirem as suas responsabilidades. Referimo-nos ao discurso pronunciado nesta quinta-feira de manhã, no Vaticano, ao receber as cartas credenciais de Embaixadores de oito países: Dinamarca (onde tem lugar, precisamente, a Cimeira sobre o Clima), Finlândia, Letónia, Uganda, Sudão, Quénia, Bangladesh e Cazaquistão. O Papa sublinhou também as condições para uma “paz universal” e o lugar e responsabilidades das religiões na vida pública.

Bento XVI começou por recordar um aspecto já sublinhado na sua última Encíclica “Caritas in veritate”, isto é, a necessidade de restaurar uma justa relação entre o homem e a criação onde este vive e actua. Perante a criação, dom de Deus aos homens, estes devem assumir a responsabilidade que lhes toca de administrarem no modo melhor a criação. O Papa advertiu que não se pode contrapor esta responsabilidade ambiental à urgência de pôr termo aos escândalos da miséria e da fome. Pelo contrário, as duas questões estão ligadas entre si. Mais ainda: “a contínua degradação do meio ambiente constitui uma ameaça directa para a sobrevivência do homem e para o seu próprio desenvolvimento”, podendo vir a constituir mesmo uma ameaça directa para a paz entre as pessoas e os povos”. Em relação à criação, é preciso, portanto, “assumir, tanto a nível individual como político, compromissos mais decididos e mais partilhados”.

“Encorajo vivamente as Autoridades políticas dos vossos países, e do conjunto das nações, não só a reforçarem a sua acção a favor da salvaguarda do ambiente, mas também – já que o problema não pode ser enfrentado apenas a nível de cada um dos países – a serem uma força de proposta e encorajamento, para chegar a Acordos internacionais impositivos, que sejam úteis e justos para todos”.

Impõe-se mobilizar as inteligências e a criatividade de todos, intensificando a investigação aplicada em vista de uma utilização mais eficaz e sã das energias e dos recursos disponíveis. Esforços que aliás não dispensam uma transformação do actual modelo de desenvolvimento das nossas sociedades.

“A Igreja propõe que esta profunda modificação – a descobrir e a viver - se oriente pela noção de desenvolvimento integral da pessoa humana. De facto, o bem do homem não reside num consumo cada vez mais desenfreado e na acumulação ilimitada de bens – consumo e acumulação reservados a um pequeno número e propostas como modelos de massa”.

Neste aspecto – prosseguiu Bento XVI, neste discurso aos novos Embaixadores junto da Santa Sé – ´”não é só às religiões, mas também ao Estado, que toca a responsabilidade de sublinhar e defender a primazia do homem e do espírito. O Estado há-de cumprir este dever “nomeadamente através de uma política ambiciosa que favoreça para todos os cidadãos – em plano de igualdade – o acesso aos bens do espírito. Na verdade, estes valorizam a riqueza do elo social e encorajam o homem a prosseguir na sua busca espiritual”.

Para além da responsabilidade de autoridades e dos indivíduos em relação ao meio ambiente e ao bem comum de todos os cidadãos, Bento XVI sublinhou a concluir o contributo das religiões a favor da paz, um bem universalmente desejado. Há que tender à paz universal, “sem utopia e sem manipulações” – observou o Papa.

“Todos sabemos que, para se estabelecer, a paz precisa de condições políticas e económicas, culturais e espirituais. É por vezes difícil a coexistência pacífica das diferentes tradições religiosas, no seio de cada nação. Mais do que um problema político, esta coexistência é também um problema religioso que se coloca a cada uma destas tradições, no seu próprio interior. Cada crente está chamado a interrogar Deus sobre a Sua vontade a propósito de cada situação humana”.

Ora – reflectiu o Papa – “reconhecendo Deus como único criador do homem – de todo e qualquer homem, qualquer que seja a sua confissão religiosa, condição social e opiniões políticas – cada um respeitará o outro na sua unicidade e na sua diferença”.

“Perante Deus, não há qualquer categoria ou hierarquia de homem, inferior ou superior, dominador ou protegido. Para Ele não há senão o homem que Ele criou por amor que quer ver viver, em família e em sociedade, em harmonia fraterna”.

O mundo político e económico tem “por vezes dificuldade de dar ao homem o primeiro lugar” – reconheceu Bento XVI, para quem “mais delicado ainda é admitir a importância e a necessidade do religioso, assegurando à religião a sua verdadeira natureza e o seu lugar na dimensão pública”. Ora a paz só poderá surgir de um desejo e acção conjugados dos indivíduos e das autoridades:

“A tão desejada paz só poderá surgir da acção conjunta do indivíduo - que descobre a sua verdadeira natureza em Deus, e dos dirigentes das sociedades civis e religiosas – que, no respeito pela dignidade e pela fé de cada um, souberem reconhecer e dar à religião o seu nobre e autêntico papel de plena realização e aperfeiçoamento da pessoa humana”.

“Trata-se – concluiu o Papa - de uma recomposição global, ao mesmo tempo temporal e espiritual, que permita repartir de novo para a paz universal que Deus deseja”.

(Fonte: site Radio Vaticana)

Os falsos argumentos jurídicos do «casamento homossexual»

1. O casamento (obviamente de um homem com uma mulher) é uma instituição fundamental, constituinte da família biológica humana, a qual é universalmente considerada como a célula ou elemento base da sociedade. A Declaração Universal dos Direitos do Homem diz, no nº 3 do art. 16º, que a família é o grupo natural e fundamental (natural e fundamental, note-se bem) da sociedade, e tem direito a ser protegida pela sociedade e pelo Estado: (3) The family is the natural and fundamental group unit of society and is entitled to protection by society and the State. A nossa Constituição diz também, no art. 67º: «a família, como elemento fundamental da sociedade, tem direito à protecção da sociedade e do Estado». Não há nenhuma dúvida de que o conceito de família, quer na Declaração Universal, quer na nossa Constituição, é o da família fundada no casamento de um homem com uma mulher. Porque só esta família é naturalmente procriadora. É neste sentido que é célula ou elemento fundamental da sociedade. E é por esta razão que é merecedora de protecção, quer da sociedade quer do Estado.

2. Como escreveu o Prof. Daniel Serrão, e peço licença para transcrever: «A espécie humana é gonocórica, ou seja, tem uma forma corporal masculina e outra forma corporal feminina. Como em muitas outras espécies animais. As diferenças entre estas formas corporais dependem da diferente função dos órgãos, para que possa haver fecundação da forma feminina pela masculina. Os corpos dos seres humanos estão constituídos como corpos sexualizados. Portanto, em termos estritamente biológicos, o dimorfismo sexual está ordenado para a procriação. E este dado biológico não pode ser esquecido ou escamoteado, na ponderação da relação sexual entre corpos da mesma natureza sexual, ou seja, entre corpos masculinos entre si e corpos femininos igualmente entre si».

3. Nesta base (que aliás é bem evidente), não têm adequação os argumentos que tentam fazer equivaler juridicamente a «união homossexual» ao casamento, invocando erradamente o princípio constitucional da dignidade humana e o princípio constitucional da não discriminação. Vejamos.

4. A dignidade humana é comum a todas as pessoas: homens, mulheres, crianças, idosos, sãos e doentes, débeis mentais e deficientes profundos, todos têm a mesma dignidade. Inclusive o embrião humano, beneficia já da protecção devida à dignidade humana. Mas porque se trata de uma qualidade comum de todas as pessoas, não é quantificável. Ora, daqui não se tira que todas tenham as mesmas capacidades jurídicas e as mesmas legitimidades institucionais. Estas são, sem dúvida, diferenciáveis ou quantificáveis. Como é óbvio e nem vale a pena desenvolver. Qualquer jurista medíocre distingue entre personalidade jurídica (invariável) e capacidades jurídicas (variáveis). Portanto, o argumento da igual dignidade das pessoas é irrelevante para daí se concluir acerca da igualdade ou da desigualdade entre um «par homossexual» e um «casal heterossexual». A capacidade jurídica ou a legitimidade institucional para o casamento juridicamente reconhecido não decorre da dignidade: decorre de capacidades e de legitimidades específicas, reconhecidas exclusivamente ao casal homem-mulher, dados os fins indisponíveis da instituição casamento-família. E isto não ofende a igual dignidade, como é óbvio.

5. E quanto ao argumento da não discriminação? Se, como vimos, a discriminação não ofende a dignidade, também não implica ofensa à igualdade de capacidades ou condições, porque, pelo menos no aspecto essencial da reprodução, uma união de um «par homossexual» não é igual a uma união de um «casal humano». Só para quem não quer ver (e, como diz o Povo, quem não quer ver é cego), é que se pode esconder e desvalorizar, para efeito de obter uma completa igualdade e equiparação do «par homossexual» com o «casal humano», a função essencial da reprodução humana.

6. É portanto totalmente falso que os homossexuais sejam discriminados porque excluídos do casamento. Eles podem casar, desde que o façam numa relação heterossexual, para a qual (note-se bem) não são nem podem ser considerados incapazes — se o fossem, então sim estariam a ser discriminados. E também não é verdade que os homossexuais sejam discriminados por não poderem casar com pressupostos e conteúdos diferentes dos do casamento instituído; porque também os heterossexuais não podem alterar o casamento instituído. Nem os heterossexuais nem os homossexuais estão em posição diferente perante o mesmo casamento instituição. Logo, não há discriminação. O que os defensores do chamado «casamento homossexual» pretendem é um outro casamento, à medida das suas preferências subjectivas («orientação sexual»), que não pode ser igual porque não tem função reprodutiva. Em conclusão: tal como já vimos para o argumento da dignidade humana, é uma falácia invocar o princípio da não discriminação para tentar fundamentar juridicamente a igualdade entre «dois casamentos» que são evidentemente diferentes.

7. Uma nota mais quanto à adopção. É uma ironia suprema que os pares homossexuais reivindiquem a maternidade-paternidade adoptiva dos filhos que são biologicamente exclusivos dos casais heterossexuais. Na adopção está ínsita a ideia de supletividade, isto é, uma analogia funcional com a relação geração-criação de filhos. Ora, o par homossexual representa aqui uma negação. A aceitar-se a adopção por pares homossexuais, então teria de se aceitar a adopção colectiva por duas quaisquer pessoas, que para esse efeito estabelecessem um qualquer contrato entre si, porque a existência de comércio homossexual não tem relevância positiva para o efeito da adopção. Pelo contrário, tem uma relevância negativa, porque contradiz a base heterossexual da reprodução que é a legitimação natural da criação/educação — contradição que não existe na adopção por um casal ou por uma só pessoa, deve sublinhar-se.


Mário Pinto
In Público - 16. 12. 2009


Agradecimento: ‘Infovitae’

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1937

Anota: “Às cinco e meia em ponto (hora marcada ontem à noite), sou acordado pelo meu Relojoeirinho: o despertador, que nos emprestaram na pensão, não tocou”. Chama ao seu Anjo da Guarda “relojoeirinho”, porque quando o seu despertador se avariava, como não tinha dinheiro para mandá-lo consertar, recorria ao seu Anjo da Guarda para que o acordasse.

(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/17-12-5)

“O valor divino do matrimónio”

No meio do júbilo da festa, em Caná, só Maria nota a falta de vinho... Até aos mais pequenos pormenores de serviço chega a alma quando vive, como Ela, apaixonadamente atenta ao próximo, por Deus. (Sulco, 631)

O amor puro e limpo dos esposos é uma realidade santa, que eu, como sacerdote, abençoo com ambas as mãos. A tradição cristã viu frequentemente na presença de Jesus nas bodas de Caná uma confirmação do valor divino do matrimónio: O nosso Salvador foi às bodas – escreve S. Cirilo de Alexandria – para santificar o princípio da geração humana.

O matrimónio é um sacramento que faz de dois corpos uma só carne: como diz com expressão forte a teologia, são os próprios corpos dos contraentes que constituem a sua matéria. O Senhor santifica e abençoa o amor do marido à mulher e o da mulher ao marido; e ordenou não só a fusão das suas almas, mas também a dos seus corpos. Nenhum cristão, esteja ou não chamado à vida matrimonial, pode deixar de a estimar.

O Criador deu-nos a inteligência, centelha do entendimento divino, que nos permite – com vontade livre, outro dom de Deus – conhecer e amar; e deu ao nosso corpo a possibilidade de gerar, que é como uma participação do seu poder criador. Deus quis servir-se do amor conjugal para trazer novas criaturas ao mundo e aumentar o corpo da Igreja. O sexo não é uma realidade vergonhosa; é uma dádiva divina que se orienta limpamente para a vida, para o amor, para a fecundidade.

(S. Josemaría Escrivá – Cristo que passa, 24)

Superar a pobreza através da caridade


O Instituto Acton iniciou uma série de conferências intituladas Pobreza, Promoção e Desenvolvimento Integral como resposta à crise financeira actual. Organizadas pela sede em Roma do Instituo Acton, a primeira da série se realizou na PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE DA SANTA CRUZ, sobre "A Livre empresa, a pobreza e a crise financeira".

O reverendo Robert Sirico, Presidente e co-fundador do Instituto Acton expressou-se assim: "Sabemos que a crise financeira se encontra na mente de todo o mundo, o que a causou e como podemos evitar que se repita no futuro, e todos os conferencistas que falaram estiveram de acordo sobre que esta crise foi causada principalmente pelos regulamentos e intervenções do governo, que agiram uns sobre os outros, criando um enorme colapso. Muito do que foi dito hoje era sobre a pobreza e sua solução. Temos alguns exemplos vivos e reais de pessoas que foram a lugares e foram capazes de fazer negócios".

O Dr. Samuel Gregg, um dos seis conferencistas mais renomeados, que é também Director de Pesquisas no Instituto Acton, falou sobre as soluções mais efectivas que foram contundentes durante a conferência. "Queremos propor a ideia de que o comércio, a livre empresa, o livre intercâmbio e a promoção são realmente soluções a longo prazo contra a pobreza, porque esta não se resolve com a distribuição, a pobreza não se soluciona com a criação de riqueza.

O objectivo desta conferencia é reunir académicos, empresários e pessoas que trabalham no campo de políticas públicas para falar seriamente sobre a empresa privada, as soluções para a pobreza através da livre empresa, em países em desenvolvimento ou aqueles países distantes de disposições colectivistas". Sem dúvida alguma, a mais recente encíclica de Bento XVI teve uma profunda influência na conferência. Dr. Gregg observou que ele e outros conferencistas ou citaram o texto ou fizeram referências mais gerais a seus temas teológicos.

A ênfase feita pelos conferencistas centralizou-se no facto de que a pobreza é mais que algo material. "Sabemos que a encíclica fala muito sobre o desenvolvimento integral humano e tem uma poderosa mensagem sobre o modo como enfrentamos o alívio da pobreza, porque os católicos acreditam que a pobreza é mais que algo material, tem dimensões morais, espirituais, que vão além da dimensão material, de modo que parte da inspiração desta encíclica, para esta série de conferência, é que deixa muito claro que quando falamos de alívio da pobreza é necessário incluir essas outras dimensões da pessoa humana". A série de conferências contínua com mais seis sessões em Buenos Aires, Cracóvia, Rio de Janeiro, Nairobi e novamente em Roma no final de 2011.


(Fonte: H2O News com adaptação de JPR)

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

São Leão Magno (? - c. 461), Papa e Doutor da Igreja
Carta 31; PL 54, 791 (a partir da trad. Orval)

«A linhagem de Jesus Cristo»

De nada serve dizer que Nosso Senhor, filho da Virgem Maria, é realmente homem, se não se crê que Ele o é da maneira como o Evangelho o proclama. Quando Mateus nos fala «da genealogia de Jesus Cristo, filho de David, filho de Abraão», desenha, a partir da origem da humanidade, a linhagem das gerações até José, de quem Maria estava noiva. Lucas, pelo contrário, sobe os sucessivos graus para conduzir ao início do género humano, e mostra assim que o primeiro e o último Adão são da mesma natureza (3, 23ss.).

Seria possível, certamente, ao Todo-Poderoso Filho de Deus manifestar-se para instrução e justificação dos homens da mesma maneira que apareceu aos patriarcas e aos profetas sob forma carnal; por exemplo, quando lutou com Jacob (Gn 32, 25), ou quando estabeleceu um diálogo com Abraão, aceitando a sua hospitalidade a ponto de tomar o alimento que este Lhe apresentou (Gn 18). Mas estas aparições eram apenas sinais, imagens do homem de que anunciavam a realidade, alcançada através das origens destes antepassados.

Uma imagem não poderia realizar O mistério da nossa redenção, preparado desde antes do tempo, desde a eternidade. O Espírito ainda não tinha descido sobre a Virgem, e a força do Altíssimo ainda não tinha estendido sobre ela a Sua sombra (Lc 1, 35). A Sabedoria ainda não tinha construído uma morada onde o Verbo pudesse encarnar, de modo que a natureza de Deus e a do escravo se unissem numa só pessoa, o Criador do tempo nascesse no tempo, e Aquele por Quem tudo foi feito fosse gerado entre todas as criaturas. Se o homem novo não Se tivesse assimilado à carne do pecador e carregado a nossa decrepitude, se não tivesse condescendido, Ele que era consubstancial ao Pai, em tomar a substância de Sua Mãe e assumir a nossa natureza, excepto no pecado, a humanidade seria mantida cativa à mercê do demónio, e não poderíamos gozar da vitória triunfal de Cristo, porque esta teria acontecido fora da nossa natureza. É, por conseguinte, da admirável participação de Cristo na nossa natureza que brota para nós a luz do sacramento da regeneração.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 17 de Dezembro de 2009

São Mateus 1,1-17

Genealogia de Jesus Cristo, filho de David, filho de Abraão:
Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob; Jacob gerou Judá e seus irmãos;
Judá gerou, de Tamar, Peres e Zera; Peres gerou Hesron; Hesron gerou Rame;
Rame gerou Aminadab; Aminadab gerou Nachon; Nachon gerou Salmon;
Salmon gerou, de Raab, Booz; Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé;
Jessé gerou o rei David. David, da mulher de Urias, gerou Salomão;
Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa;
Asa gerou Josafat; Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Uzias;
Uzias gerou Jotam; Jotam gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias;
Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias;
Josias gerou Jeconias e seus irmãos, na época da deportação para Babilónia.
Depois da deportação para Babilónia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel;
Zorobabel gerou Abiud. Abiud gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azur;
Azur gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud;
Eliud gerou Eleázar; Eleázar gerou Matan; Matan gerou Jacob.
Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo.
Assim, o número total das gerações é, desde Abraão até David, catorze; de David até ao exílio da Babilónia, catorze; e, desde o exílio da Babilónia até Cristo, catorze.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)