sexta-feira, 1 de setembro de 2017

São Josemaría Escrivá nesta data em 1950

“Que sejas homem de oração, mortificado e eucarístico – escreve numa carta dirigida a Dick Rieman, o primeiro membro do Opus Dei dos Estados Unidos -: assim serás um bom fundamento nessa América grande e generosa […]. O primeiro: já pensaste na graça de Deus e na bendita responsabilidade que isso significa?”.

Vázquez de Prada III, cap. XX

Amar perdidamente

O título desta reflexão pode parecer um pouco poético mas, de facto, o tema preferido dos poetas é o amor porque é o mais nobre sentimento do homem e seu exclusivo; só o ser humano é capaz de amar.

Bom... e se é assim recorrente o que há a reflectir sobre o amor ou, referindo-me ao título, amar perdidamente?

Simplesmente penso que só vale a pena amar se o amor for total e incondicional e constante.
Por isso, perdidamente, significa essa entrega, empenho e determinação de amar seja qual for o momento, circunstância ou estado de espírito, o amor estará sempre em primeiro lugar e rege, condiciona e enforma toda a minha vida.

Este é sem dúvida o único amor que me interessa e que decididamente quero ter.

Mas, amar assim… quem?

Só será possível ter este amor por quem me tem um amor ainda maior, incomensuravelmente maior e, esse é o Amor de Deus!

Não comparo com outros amores, por exemplo o que sinto pela Fernandinha ou pelas minhas Filhas porque esses pertencem como que a outra dimensão, não são portanto comparáveis nem incompatíveis, pelo contrário, diria que são consequentes porque não poderiam existir sem o Amor a Deus.

O amor é assim algo de grandioso sem medida nem barreiras porque tudo abarca, tudo contém, tudo satisfaz.

De facto, o amor a Deus parece ser algo tão extraordinário e sublime que, tendo-o - como desejo e quero - em primeiríssimo lugar, fico como que preso desse mesmo amor vivendo-o em plenitude que se traduz em acções de graças constantes, certo, como estou, que nada do que acontece, me acontece, é alheio a esse amor que o Senhor me tem.

Sinto que posso viver deste amor tendo-o como o principal alimento que necessito para tudo - absolutamente - para a minha vida.

Amar assim - como a Tua e minha Santíssima Mãe, como os Anjos e Santos - não me parece impossível já que, se o fosse, não valeria a pena tentar.

Se me perguntas como a Pedro: Tu, António, amas-me? Responderia não como ele que é Apóstolo e Santo, mas como o pobre homem que sou:

Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que quero, desejo com toda a minha alma, todo o meu ser, amar-te muito, muitíssimo mais que Pedro!

(ama, 2016)

O Evangelho do dia 1 de setembro de 2017

«Então, o Reino dos Céus será semelhante a dez virgens, que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. Cinco delas eram néscias, e cinco prudentes. As cinco néscias, tomando as lâmpadas, não levaram azeite consigo; as prudentes, porém, levaram azeite nas vasilhas juntamente com as lâmpadas. Tardando o esposo, começaram todas a cabecear e adormeceram. À meia-noite, ouviu-se um grito: “Eis que vem o esposo! Saí ao seu encontro”. Então levantaram-se todas aquelas virgens, e prepararam as suas lâmpadas. As néscias disseram às prudentes: “Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas apagam-se”. As prudentes responderam: “Para que não suceda que nos falte a nós e a vós, ide antes aos vendedores, e comprai para vós”. Mas, enquanto elas foram comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele a celebrar as bodas, e foi fechada a porta. Mais tarde, chegaram também as outras virgens, dizendo: “Senhor, Senhor, abre-nos”. Ele, porém, respondeu: “Em verdade vos digo que não vos conheço”. Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora.

Mt 25, 1-13