quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Stº André

«Deixaram tudo e seguiram-no»

Pedro e o seu irmão, André, cuja festa se comemora hoje. 
Deixaram tudo!...diz Mateus.
Ambos hão-de entregar também as suas vidas na Cruz.
Ambos se consideraram indignos ser crucificados como o Rabi por Quem tinham abandonado tudo, naquele dia, nas margens do mar da Galileia: 
Pedro quer ser crucificado de cabeça para baixo; André escolhe uma cruz em X.
Ambos quiseram deixar bem claro quem era o Mestre e quem eram os discípulos.

E eu? 
O que é que eu tenho deixado, ao longo da minha vida, pelo meu Mestre? 
Umas poucas coisitas de pouca monta e, mesmo assim, sempre relutante, a contra-gosto.

Fico-me para aqui, agarrado às minhas redes, encostado ao meu barco e não avanço mar dentro à pesca com é meu dever. 

Ah! Porque o tempo não está favorável; talvez amanhã; porque estou cansado; porque chove; está frio; faz muito calor; não me apetece; ainda ontem fui e não apanhei nada!

Tantas razões sem razão nenhuma!

Vá! 

Nunc coepi! 

Agora...agora começo. 

Com o que tenho, com as minhas misérias e pouca coisa, com os meus enormes defeitos e pequenas virtudes mas de ouvidos bem atentos à voz de quem chama: 

Tu...! António! Vem e segue-me!

2002.01.01 

António Mexia Alves

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