sábado, 4 de outubro de 2014

«Porque escondeste estas coisas aos sábios e aos inteligentes e as revelaste aos pequeninos»

Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja 
Poema «Jesus, meu amado, recorda-Te!»; estr. 15, 23, 27-28


Recorda-Te de que, ao olhares para os campos,
O teu Coração Divino antecipava a ceifa (Jo 4,35)
Erguendo os olhos para a santa montanha
Murmuravas o nome de todos os teus eleitos
Para que a tua ceifa fosse logo feita.
A cada dia, meu Deus, imolo-me e peço
Que as minhas alegrias e prantos
Sejam pelos teus ceifeiros.
Recorda-Te. […]

Recorda-Te daquele Condenado de sofrimento esgotado
Que gritou, voltando-Se para o céu:
«Vereis o Filho do Homem sentado à direita do Poder» (Mc 14,62)
Que Ele era o Filho de Deus, ninguém queria acreditar (Mt 27,40ss),
Porque estava escondida a sua inefável glória.
Ó Príncipe da Paz (Is 9,5),
Eu reconheço-Te,
Eu creio em Ti!
Recorda-Te.

Recorda-Te de que, no dia da tua vitória,
Nos dizias: «Porque Me viste, acreditaste.
Felizes os que crêem sem terem visto» (Jo 20,29)
Na sombra da fé, amo-Te e adoro-Te
Ó Jesus! Para Te ver, espero em paz a aurora,
Que o meu desejo não é
Ver-Te aqui na Terra.
Recorda-Te.

Recorda-Te que, ao ires ter com o Pai,
Não podias deixar-nos órfãos
E, fazendo-Te prisioneiro na Terra,
Soubeste esconder os teus raios divinos.
Mas a sombra do teu véu é luminosa e pura,
Pão vivo da fé, alimento celeste (Jo 6,35),
Ó mistério de amor!
O Pão nosso de cada dia, para mim,
És tu, Jesus!

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

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