sábado, 27 de setembro de 2014

«Ele distribui do que é seu, dá aos pobres; a sua prosperidade subsiste para sempre» (Sl 111,9)

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja
Sermão 302, para a festa de São Lourenço

São Lourenço era diácono em Roma. Os perseguidores da Igreja pediram-lhe para entregar os tesouros da Igreja; foi para obter um verdadeiro tesouro no céu que ele sofreu tormentos cujo relato não se consegue ouvir sem horror: foi deitado numa grelha sobre as chamas. […] No entanto, triunfou de todas as dores físicas pela extraordinária força que extraía da sua caridade e do auxílio daquele que o tornava inquebrável: «Pois nós somos obra sua, criados em Jesus Cristo em vista das boas acções que Deus de antemão preparou para nós as praticarmos» (Ef 2,10).

Eis o que provocou a cólera dos perseguidores. […] Lourenço disse: «Tragam-me carroças nas quais possa levar-vos os tesouros da Igreja.» Trouxeram-lhe carroças; ele encheu-as de pobres e enviou-lhos, dizendo: «Eis os tesouros da Igreja.»

Nada é mais verdadeiro, meus irmãos; nas necessidades dos pobres encontram-se as grandes riquezas dos cristãos, se compreendermos bem como fazer frutificar aquilo que possuímos. Os pobres estão sempre diante de nós; se lhes confiarmos os nossos tesouros, não os perderemos.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

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