segunda-feira, 7 de abril de 2014

«Também Eu não te condeno. Vai e de agora em diante não tornes a pecar.»

Papa Francisco 
Exortação apostólica «Evangelii Gaudium / A alegria do evangelho», §§ 1-3 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)


A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria. […] O grande risco do mundo actual, com sua múltipla e avassaladora oferta de consumo, é uma tristeza individualista que brota do coração comodista e mesquinho, da busca desordenada de prazeres superficiais, da consciência isolada. Quando a vida interior se fecha nos próprios interesses, deixa de haver espaço para os outros, já não entram os pobres, já não se ouve a voz de Deus […]. Este é um risco, certo e permanente, que correm também os crentes. […].

Convido todos os cristãos, em qualquer lugar e situação em que se encontrem, a renovarem hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomarem a decisão de se deixar encontrar por Ele, de O procurar dia a dia sem cessar. Não há motivo para alguém poder pensar que este convite não lhe diz respeito, já que «da alegria trazida pelo Senhor ninguém é excluído» [Papa Paulo VI]. A quem arrisca, o Senhor não o desilude; e, quando alguém dá um pequeno passo em direcção a Jesus, descobre que Ele já aguardava de braços abertos a sua chegada.

Este é o momento para dizer a Jesus Cristo: «Senhor, deixei-me enganar, de mil maneiras fugi do vosso amor, mas aqui estou novamente para renovar a minha aliança convosco. Preciso de Vós. Resgatai-me de novo, Senhor; aceitai-me mais uma vez nos vossos braços redentores.» Como nos faz bem voltar para Ele, quando nos perdemos! […] Deus nunca Se cansa de perdoar, somos nós que nos cansamos de pedir a sua misericórdia. Aquele que nos convidou a perdoar «setenta vezes sete» (Mt 18,22) dá-nos o exemplo: […] volta uma vez e outra a carregar-nos aos seus ombros (Lc 15,5). Ninguém nos pode tirar a dignidade que este amor infinito e inabalável nos confere. Ele permite-nos levantar a cabeça e recomeçar, com uma ternura que nunca nos defrauda e sempre pode restituir-nos a alegria.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

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