terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Imitação de Cristo, 3, 54, 2 - Dos diversos movimentos da natureza e da graça

A natureza tem horror à mortificação, não quer ser oprimida, nem vencida, nem sujeita, nem submeter-se voluntariamente a outrem. A graça, porém, aplica-se à mortificação própria, resiste à sensualidade, quer estar sujeita, deseja ser vencida e não quer usar da própria liberdade: gosta de estar sob a disciplina, não cobiça dominar sobre outrem, mas quer viver, ficar e permanecer sempre debaixo da mão de Deus, sempre pronta, por amor de Deus, a se curvar humildemente a toda criatura humana. A natureza trabalha por seu próprio interesse e só atenta no lucro que de outrem lhe pode advir. A graça, porém, pondera não o que lhe seja útil ou cómodo  mas o que a muitos seja proveitoso. A natureza gosta de receber honras e homenagens; a graça, porém, refere fielmente a Deus toda honra e glória.

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