terça-feira, 25 de dezembro de 2012

NATAL

Vigilante,
acordas-me,
e não me deixas dormir,
pões palavras no meu coração,
e exaltas o meu sentir.

Um pacifico frenesim,
toma conta de mim,
e eu tenho que dar à folha em branco
as palavras,
que ao coração me vêm.

Repousa agora a terra,
calmamente,

pois no seu seio,
já nasceu a Semente,

que há-de morrer,
para dar fruto,
todo o fruto
que a terra possa conter.

Por um momento,
os homens aproximam-se...
dos homens,
num abraço de fraternidade,
e até parece que a terra
ficou prenhe de felicidade.

Naquele Menino,
parece que a paz é duradoura,
nascido simples,
humilde,
na frágil humanidade,
deitado na manjedoura,
para os homens de boa vontade.

Já nasceu a Semente,
que a terra há-de ver morrer,
toda envolta na dor,
em que se há-de entregar,
no mais profundo
e puro amor,
para depois ressuscitar,
para nunca mais morrer.

É nessa Ressurreição,
nessa Morte
e na Paixão,
que se entende este nascer,

na paz e no amor,
deste Menino adorado,

que é Deus Nosso Senhor.


Marinha Grande, 25 de Dezembro de 2012
04.50 da madrugada do Dia de Natal.


Joaquim Mexia Alves AQUI

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