terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Bispo de Beja «Só Deus pode ensinar o Homem a «amar beleza da Criação»

Aquilo que antes era para «desfrutar» tornou-se hoje um meio para «explorar» em busca do «maior lucro», lamenta D. António Vitalino


O bispo de Beja acredita que a “economia utilitarista e consumista” que ameaça hoje a Natureza só pode ser contrariada através de uma maior abertura a Deus, que ensina o Homem a “amar a beleza da Criação”.


Na sua nota semanal para a Rádio Pax, enviada hoje à Agência ECCLESIA, D. António Vitalino recorda que Deus “confiou” o mundo ao homem “não como senhor absoluto mas como mordomo e guardião”.


Com o decorrer dos tempos, aquilo que antes era encarado como um bem para “desfrutar, contemplar, embelezar e alimentar o ser humano”, tornou-se hoje um meio para “explorar” em busca do “maior lucro”, lamenta o prelado.
Uma realidade que, segundo aquele responsável, “já ninguém pode negar” e que “está a destruir progressivamente o próprio ser humano”.


O bispo de Beja critica “sobretudo os países mais ricos”, que “são os primeiros a não aceitar” mudar o rumo dos acontecimentos.


“Hoje em dia estes consomem quase oitenta por cento da produção mundial de bens e produzem quase também oitenta por cento da poluição do planeta”, recorda.


Para D. António Vitalino, é preciso enveredar por um rumo diferente, “mas isto não se consegue sem ética, sem princípios e sem Deus”.


Recorrendo à Doutrina Social da Igreja, o sacerdote elege “o respeito pela dignidade da pessoa humana, o destino universal dos bens da terra, a solidariedade, a fraternidade e a igualdade” como princípios que podem “salvar a humanidade do seu espírito de ganância”.


A intervenção do bispo de Beja insere-se no âmbito da exposição “Eklogia” que aquela diocese está a acolher até à próxima quarta-feira, uma iniciativa “multimédia interativa sobre a natureza e a narrativa bíblica da criação”.


JCP


Agência Ecclesia

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