domingo, 2 de janeiro de 2011

O ‘Spe Deus’ suspende hoje a sua actividade por tempo indeterminado. Desculpem, mas tem de ser, para bem do Senhor e evitar-se o risco de erros graves!

«God willing»
Estimados amigos e amigas,

Problemas de saúde obrigaram-me e reequacionar toda a minha vida e decidi após muita reflexão, aconselhamento e oração ficar-me pelas seguintes prioridades:

- a minha vida e formação espiritual;

- a minha família que tanto me tem apoiado;

- a minha actividade profissional em horário mais reduzido com o apoio dos meus colegas e da minha mulher e enquanto a conseguir ir realizando com qualidade, e a minha experiência possa ser útil.

Como vêem o ‘Spe Deus’ teve de ficar para trás, pois infelizmente já não aguento 14/16 horas de actividades por dia. Se o Senhor me o vier a permitir, gostaria muito de o recomeçar mais tarde, mesmo partindo do zero contra as actuais várias centenas de leitores diários. Pedir-Lhe-ei em oração para que tal possa vir a suceder, mas «…, não se faça, contudo, a Minha vontade, mas a Tua» (Lc. 22,42).

Deixo-vos antes de inserir este texto os Evangelhos de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João, não que receie que não os tenhais em vossas casa, mas quem sabe se um dia num outro local não vos possa ser útil.

Muito, muito obrigado pelas vossas orações, amizade e compreensão,

João Paulo Reis
02.01.2011

As diferenças e as essências dos actos de ‘optimismo’ e de ‘esperança’

«(…) temos de prestar atenção às diferenças estruturais entre o acto de ‘optimismo’ e o acto de ‘esperança’ para ter debaixo de olho as suas essências. O objectivo do optimismo é a utopia do mundo para sempre livre e feliz, a sociedade perfeita, em que a história atinge a sua meta e manifesta a sua divindade. A meta próxima que nos garante, por assim dizer, a segurança do fim longínquo é o sucesso do nosso poder-fazer. O fim da esperança cristã é o reino de Deus, isto é, a união do homem e do mundo com Deus, mediante um acto de poder e amor divinos.»

(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)

Infelizmente e muitas vezes, para não dizer quase sempre, de uma forma inconsciente o mundo que nos rodeia vive do e para o ‘optimismo’, dando-se conta do logro com a velhice, se de tal forem capazes e tiverem a humildade suficiente para o fazer, a este ‘optimismo’ eu permito-me chamar ilusão egoísta.

Em contra-partida, a esperança cristã, que assenta na fé e no conhecimento do Reino dos Céus, conduz-nos até à morte física na certeza altruísta da bondade e misericórdia de Deus e consequentemente seguros que seremos chamados a compartilhar a alegria do Reino de Deus para sempre.

Sejamos, cada um à sua maneira, capazes de anunciar aos nossos irmãos essa felicidade, conscientes que é uma tarefa árdua, mas Jesus Cristo, os Apóstolos e muitos Santos tiveram de dar a vida por o fazer, pelo que cada insucesso nosso seja tido apenas como mais um pequeno obstáculo no nosso caminho.

Bom Domingo e Bom Ano!

(JPR)