quarta-feira, 5 de setembro de 2012

«Ora a sogra de Simão estava com muita febre»

Catecismo da Igreja Católica 
§§ 309-310


Se Deus Todo-Poderoso, criador do mundo ordenado e bom, cuida de todas as Suas criaturas, por que existe o mal? Não existe nenhuma resposta rápida para esta pergunta tão urgente quanto inevitável, tão dolorosa quanto misteriosa. É o conjunto da fé cristã que constitui a resposta a esta pergunta: a bondade da criação, o drama do pecado, o amor paciente de Deus que vem ao encontro do homem pelas Suas alianças, pela Encarnação redentora do Seu Filho, pela dádiva do Espírito, pela reunião da Igreja, pela força dos sacramentos, pelo apelo a uma vida bem-aventurada à qual as criaturas livres são antecipadamente convidadas a consentir, mas à qual também antecipadamente podem escusar-se. Não há uma linha da mensagem cristã que não seja em parte uma resposta à questão do mal.

Porque não terá Deus criado um mundo tão perfeito que nenhum mal aí conseguisse existir? Segundo o Seu poder infinito, Deus poderia sempre criar qualquer coisa melhor (São Tomás de Aquino). Porém, na Sua sabedoria e bondade infinitas, Deus quis livremente criar um mundo «a caminho» da sua perfeição. No desígnio de Deus, este devir comporta o aparecimento de certos seres e o desaparecimento de outros, com o mais perfeito mas também o menos perfeito, com as construções da natureza mas também as destruições. Com o bem físico existe também o mal físico enquanto a criação não atingir a sua perfeição.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

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