sexta-feira, 19 de agosto de 2011

«O maior e o primeiro mandamento»

Para poder amar muito a Deus no céu, é preciso, em primeiro lugar, amá-Lo muito na terra. O grau do nosso amor a Deus no fim da nossa vida será a medida do nosso amor a Deus durante a eternidade. Queremos adquirir a certeza de nunca nos separarmos desse Bem soberano na vida presente? Estreitemo-Lo cada vez mais nos laços do nosso amor, dizendo-Lhe com a Esposa do Cântico dos Cânticos: «En-con¬trei Aquele que o meu coração ama. Abracei-O e não O largarei» (Ct 3,4). Como é que a Esposa sagrada abraçou o seu Bem-Amado? «Com os braços da caridade», responde Guillaume [...]; «É com os braços da caridade que abraçamos a Deus», retoma Santo Ambrósio. Feliz daquele que puder gritar como São Paulino: «Que os ricos possuam as suas riquezas, que os reis possuam os seus reinos: a nossa glória, a nossa riqueza e o nosso reino, são Cristo!» E com Santo Inácio: «Dá-me apenas o Teu amor e a Tua graça, que isso me basta». Faz com que Te ame e que seja amado por Ti; não desejo nem tenho mais nada a desejar senão isso.


Santo Afonso Maria de Ligório (1696-1787), bispo e doutor da Igreja
Oitava homília para a novena de Natal


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

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