sábado, 13 de novembro de 2010

Boa noite!

Hás-de ser, como filho de Deus e com a sua graça, varão ou mulher forte, de desejos e de realidades. Não somos plantas de estufa. Vivemos no meio do mundo e temos de estar a todos os ventos, ao calor e ao frio, à chuva e aos ciclones..., mas fiéis a Deus e à sua Igreja.

(São Josemaría Escrivá - Forja, 792)

O trabalho da Igreja, cada dia, é como um grande tecido que oferecemos a Nosso Senhor, porque todos os baptizados somos Igreja.

Se cumprirmos – fiéis e entregues –, este grande tecido será formoso e sem defeito. Mas, se se solta um fio aqui, outro ali e outro pelo outro lado..., em vez de um bonito tecido, teremos um farrapo feito em tiras.

(São Josemaría Escrivá - Forja, 640)

Pede a Deus que na Santa Igreja, nossa Mãe, os corações de todos, como na primitiva cristandade, sejam um só coração, para que até ao fim dos séculos se cumpram de verdade as palavras da Escritura: "multitudinis autem credentium erat cor unum et anima una", a multidão dos fiéis tinha um só coração e uma só alma.

– Falo-te muito seriamente: que por tua causa não se lese esta unidade santa. Leva isto à tua oração!

(São Josemaría Escrivá - Forja, 632)

Oferece a oração, a expiação e a acção por esta finalidade: "ut sint unum!", para que todos os cristãos tenham uma mesma vontade, um mesmo coração, um mesmo espírito: para que "omnes cum Petro ad Iesum per Mariam!", todos, bem unidos ao Papa, vamos a Jesus, por Maria.

(São Josemaría Escrivá - Forja, 647)

21 de Novembro, jornada de oração pelos cristãos vítimas de perseguição em todo o mundo

A Igreja italiana vai promover, no dia 21 de Novembro, uma jornada de oração em todas as paróquias do país, dedicada aos cristãos vítimas de perseguição em todo o mundo, com especial atenção para a situação no Iraque.

O anúncio foi feito esta Quinta-feira pelo cardeal Ângelo Bagnasco, durante a sessão de encerramento da 62ª Assembleia-geral da Conferência Episcopal Italiana (CEI).

E o fórum internacional de acção católica convidou as associações do mundo inteiro a rezarem pelo Iraque na solenidade litúrgica de Cristo Rei, 21 de Novembro., celebrando-se nesse dia em muitos países do mundo a festa da Acção Católica. O convite é dirigido a todas as associações para que se recolham a rezar pelo respeito da vida e em particular pelos cristãos que perderam a sua vida por causa do próprio credo no Iraque , no Médio Oriente e no mundo inteiro.

Que esta seja também uma ocasião para aprofundar com encontros e momentos de reflexão, o papel das comunidade cristãs no Médio Oriente, onde foram lanças as raízes da nossa fé, assumindo com a Igreja inteira a nossa responsabilidade, em relação a eles á luz do recente sínodo dos bispos.

(Fonte: site Rádio Vaticano)

Nota de JPR: juntemo-nos aos nossos irmão italianos e rezemos igualmente pelo Monges Beneditinos impedidos de celebrar no Vale dos Caídos em Espanha, resistamos imbuídos de um espírito de caridade cristã a misturar nas nossas preces quaisquer sentimentos negativos contra os autores morais e materiais do mal que é perpetrado contra os cristãos e os católicos em particular. Obrigado!

A floresta divina (Editorial)

Revelou-se histórica pela sua importância e simbólica pelo seu significado a viagem que Bento XVI realizou à Espanha, pela segunda vez em menos de cinco anos. Graças à visita a duas cidades que expressam a realidade diversificada de um grande país, fortemente radicado na tradição cristã e que hoje, mesmo se amplamente secularizado, soube receber o Papa com simpatia acolhedora e ouvi-lo com atenção. Uma simpatia e uma atenção demonstradas de modo público pelo soberano e pela rainha, pelos príncipes das Astúrias, pelo presidente do Governo e pelas autoridades nacionais e regionais. Assim como, naturalmente, por toda a Igreja, que se confirmou uma realidade vital e vivaz na sociedade espanhola. O percurso do romano Pontífice, que incluiu Santiago de Compostela e Barcelona, quis unir simbolicamente a história do país e apoiar a sua abertura actual antes de tudo à Europa, mas também aos outros continentes. Falando aos espanhóis, mas também a todo o mundo, o Papa recordou sobretudo com vigor o significado da fé cristã, para cujo ponto de partida não há um projecto humano, mas o próprio Deus, que habita no íntimo do coração de cada pessoa. É uma tragédia - disse Bento XVI na homilia em Santiago, diante da maravilhosa catedral românica e barroca - que no continente europeu, sobretudo durante o século XIX, se tenha afirmado e difundido a convicção de que Deus é antagonista do homem e inimigo da sua liberdade. Face a esta negação, quase incompreensível, é necessário que Deus, "sol das inteligências", volte ao céu da Europa, continente que por sua vez deve abrir-se à transcendência. E assim como a imagem crucificada de Cristo está nas encruzilhadas dos caminhos que levam a Compostela - onde é mais do que milenária a memória do apóstolo Tiago - também a "cruz bendita" deve brilhar nas terras europeias, exclamou o Papa, que imediatamente proclamou a "glória do homem", auspiciando que a Europa da ciência e da cultura se abra à transcendência. A abertura a Deus voltou nas palavras de Bento XVI em Barcelona, quando dedicou o templo expiatório nascido da visão genial de Antoni Gaudí e durante a visita querida para abraçar com ternura as crianças e os jovens internados no Nen Déu, a obra intitulada ao Menino Jesus, encorajando quantos os assistem. A grande quantidade de pedra da Sagrada Família, quase uma floresta admirável de colunas que se transformam em movimento, foi definida pelo Papa uma realidade sacramental, "sinal visível do Deus invisível, para cuja glória se elevam estas torres, setas que olham para o absoluto da luz". Santuário de Deus, como cada pessoa humana. Por isso ela é sagrada, e por isso - não por hostilidade em relação ao homem e à sua liberdade - a Igreja, fundada unicamente em Cristo, deseja medidas em apoio da família e opõe-se a qualquer forma de negação da vida. Com esta viagem a Espanha o sucessor de Pedro mostrou ainda mais claramente o sentido do seu caminho e o da Igreja: apresentar ao mundo Deus que é amigo dos homens e convidá-los para a sua casa. Uma casa cuja beleza está apenas ocultada pelo Pórtico da glória que acolhe os peregrinos que chegam a Compostela e a Barcelona por aquela floresta de Deus que Gaudí, artista visionário e cristão autêntico, quis que se elevasse no centro da cidade dos homens. A fim de que olhem para a sua presença entre eles, contemplem a sua indizível maravilha e saibam acolhê-lo.

GIOVANNI MARIA VIAN - Director

(© L'Osservatore Romano - 13 de Novembro de 2010)

"Cultura da comunicação e novas linguagens": Papa recebe participantes da assembleia geral do Conselho da Cultura, reunido sobre este tema


“A vida cristã vivida em plenitude, fala sem palavras”: considerações de Bento XVI, ao receber neste sábado os participantes na assembleia plenária do Conselho Pontifício da Cultura, que teve como tema “Cultura da comunicação e novas linguagens”.

“Falar de comunicação e de linguagem – observou o Papa – significa tocar num dos nós cruciais do nosso mundo e das suas culturas. Mas para nós, cristãos, significa também aproximar-se do próprio mistério de Deus que, na sua bondade e sapiência, quis revelar-se e manifestar a sua vontade aos homens”.

“Comunicação e linguagem são também dimensões essenciais da cultura humana, constituída por informações e noções, crenças e estilos de vida, mas também por regras, sem as quais dificilmente as pessoas poderiam progredir na humanidade e na socialidade”.

Bento XVI congratulou-se com a iniciativa de iniciar esta assembleia geral do Conselho da Cultura numa sala do Capitólio (Câmara municipal), “coração civil e institucional” de Roma, com uma mesa-redonda sobre o tema “Na Cidade, à escuta das linguagens da alma”. Pretendeu-se assim exprimir uma das tarefas essenciais deste dicastério pontifício:

colocar-se à escuta dos homens e mulheres do nosso tempo, para promover novas ocasiões de anúncio do Evangelho. Escutando as vozes do mundo globalizado, damo-nos conta de que está em curso só o amor é digno de fé, credível. É por isso que a vida dos santos é tão bela e atraente: “uma ma profunda transformação cultural, com novas linguagens e novas formas de comunicação que favorecem também novos e problemáticos modelos antropológicos”.

No interior da própria comunidade eclesial – reconheceu o Papa – “Pastores e fiéis advertem com preocupação algumas dificuldades na comunicação da mensagem evangélica e na transmissão da fé”. Problemas que se tornam ainda maiores quando a Igreja se dirige aos homens e mulheres distantes ou indiferentes a uma experiência de fé, aos quais a mensagem evangélica chega de maneira pouco eficaz. Perante esta situação, “a Igreja, depositária da missão de comunicar a todas as gentes o Evangelho de salvação, não permanece indiferente e alheia; pelo contrário, com renovado empenho criativo, e com sentido crítico e atento discernimento, procura tirar partido das novas linguagens e das novas modalidades comunicativas”.

A Igreja quer dialogar com todos, na busca da verdade; mas para que o diálogo e a comunicação sejam eficazes e fecundos, é necessário sintonizar-se numa mesma frequência, em âmbitos de encontro amigável e sincero – observou Bento XVI, aludindo àquele “Pátio dos gentios” que ele próprio propôs há um ano, dirigindo-se à Cúria Romana e que o Conselho da Cultura está a realizar “em diversos lugares emblemáticos da cultura europeia”. Perante a actual emergência educativa, em que a novas possibilidades tecnológicas corresponde muitas vezes, sobretudo nos jovens, um maior sentido de solidão e de mal-estar, há que “promover uma comunicação humanizante, que estimule o sentido crítico e a capacidade de avaliação e discernimento.”

“Também na actual cultura tecnológica, é o paradigma permanente da inculturação do Evangelho que há de fazer de guia, purificando, sanando e elevando os melhores elementos das novas linguagens e das novas formas de comunicação.

“Para esta tarefa, difícil e fascinante, a Igreja pode tirar partido do extraordinário património de símbolos, imagens, ritos e gestos da sua tradição. Em particular o rico e denso simbolismo da liturgia deve resplandecer em toda a sua força como elemento comunicativo, até tocar profundamente a consciência humana, o coração e a inteligência”.

Neste contexto, o Papa referiu a ligação estreita entre liturgia e arte, citando o exemplo da Basílica da Sagrada Família, obra de Antoni Gaudi, consagrada por si domingo passado em Barcelona. Em todo o caso, concluiu, “mais incisiva ainda do que a arte e a imagem, na comunicação da mensagem evangélica, é a beleza da vida cristã. Em última análise, só o amor é digno de fé e se torna credível”.

“A vida dos santos, dos mártires, mostra uma singular beleza que fascina e atrai, porque uma vida cristã vivida em plenitude fala, sem palavras. Precisamos de homens e mulheres que falem com a sua vida, que saibam comunicar o Evangelho, com clareza e com coragem, com a transparência das acções, com a paixão jubilosa da caridade”.

(Fonte: site Rádio Vaticano)

Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:

Santo Ambrósio (c. 340-397), Bispo de Milão e Doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho segundo São Lucas X, 6-8 (SC 52, pp. 158 ss., rev.)

A vinda de Cristo

«Não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído». Estas palavras diziam respeito ao Templo edificado por Salomão [...], uma vez que tudo o que é construído pelas nossas mãos sucumbe ao desgaste ou à deterioração e está sujeito a ser derrubado pela violência ou destruído pelo fogo. [...] Mas dentro de nós também existe um templo que se desmorona se a fé faltar, em particular se em nome de Cristo procurarmos em vão apoderar-nos de certezas interiores, e talvez seja esta interpretação a mais útil para nós. Com efeito, de que servirá saber o dia do Juízo? De que me servirá, tendo consciência de todos os meus pecados, saber que o Senhor virá um dia, se Ele não vier à minha alma, não crescer no meu espírito, se Cristo não vier a mim, se Cristo não falar em mim? É a mim que Cristo deve vir, e é em mim que deve realizar-se a Sua vinda.

Ora, a segunda vinda de Cristo terá lugar no nadir do mundo, quando pudermos dizer que «o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo» (Gl 6, 14). [...] Para quem lhe morreu o mundo, Cristo é eterno; para esse, o Templo é espiritual, a Lei espiritual, a própria Páscoa espiritual. [...] Então, para esse, realiza-se a presença da sabedoria, a presença da virtude e da justiça, a presença da redenção, porque Cristo na verdade morreu uma só vez pelos pecados de todos a fim de resgatar todos os dias os pecados de todos.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 14 de Novembro de 2010

São Lucas 21,5-19

5 Dizendo alguns, a respeito do templo, que estava ornado de belas pedras e de ricas ofertas, Jesus disse:6 «De tudo isto que vedes, virão dias em que não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada».7 Então interrogaram-n'O: «Mestre, quando acontecerão estas coisas, e que sinal haverá de que estão para acontecer?».8 Ele respondeu: «Vede, não vos deixeis enganar; porque muitos virão em Meu nome, dizendo: Sou eu, está próximo o tempo. Não os sigais.9 Quando ouvirdes falar de guerras e de tumultos, não vos assusteis; estas coisas devem suceder primeiro, mas não será logo o fim».10 Depois disse-lhes: «Levantar-se-á nação contra nação e reino contra reino.11 Haverá grandes terramotos por várias partes, pestes e fomes; aparecerão coisas espantosas e extraordinários sinais no céu.12 Mas antes de tudo isto, lançar-vos-ão as mãos e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e às prisões e vos levarão à presença dos reis e dos governadores por causa do Meu nome.13 Isto vos será ocasião de dardes testemunho.14 Gravai, pois, nos vossos corações o não premeditar como vos haveis de defender,15 porque Eu vos darei uma linguagem e uma sabedoria à qual não poderão resistir, nem contradizer, todos os vossos inimigos.16 Sereis entregues por vossos pais, irmãos, parentes e amigos, e farão morrer muitos de vós;17 e sereis odiados de todos por causa do Meu nome;18 mas não se perderá um só cabelo da vossa cabeça.19 Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas.

Embaixadores de Cristo

«O fim que os pregadores se devem propor ao exercitar o ministério da palavra está claramente indicado por São Paulo: Somos embaixadores de Cristo (2 Cor 5,20). Todo o pregador deve poder fazer suas estas palavras. Mas se são embaixadores de Cristo, no exercício da sua missão, têm obrigação de se aterem estritamente à vontade manifestada por Cristo quando lhe conferiu o encargo, não propor-se finalidades diversas das que Ele mesmo Se propôs enquanto habitou sobres esta terra (…).»

(Humani generis redemtionem – Bento XV)

Testemunhas autênticas

«Ouve-se repetir, com frequência hoje em dia, que este nosso século tem sede de autenticidade. A propósito dos jovens, sobretudo, afirma-se que eles têm horror ao fictício, aquilo que é falso e que procuram, acima de tudo, a verdade e a transparência.

Estes "sinais dos tempos" deveriam encontrar-nos vigilantes. Tacitamente ou com grandes brados, sempre porém com grande vigor, eles fazem-nos a pergunta: Acreditais verdadeiramente naquilo que anunciais? Viveis aquilo em que acreditais? Pregais vós verdadeiramente aquilo que viveis?

Mais do que nunca, portanto, o testemunho da vida tornou-se uma condição essencial para a eficácia profunda da pregação. Sob este ângulo, somos, até certo ponto, responsáveis pelo avanço do Evangelho que nós proclamamos»

(Exortação Apostólica ‘Evangelli Nuntiandi’, n. 76 – Paulo VI)

Bom dia! 45



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S. Josemaría nesta data em 1933

“Nestes dias andamos às voltas com os móveis para o andar. Ricardo Fernández Vallespín encarregou-se de os comprar”, anota. Para melhor encaminhar o trabalho apostólico com estudantes, está a instalar uma academia em Madrid.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Defendendo as crianças da cultura adulta erotizada

Chegou a altura de os pais contestarem a cultura de sexualização das crianças

Quem poderia ter previsto - mesmo que há uma década atrás - que um dos assuntos urgentes que os pais e psicólogos iriam enfrentar neste século havia de ser a promoção da sexualidade adulta às crianças? Alguns optimistas podem argumentar que produzir sapatos pequeninos de salto alto para crianças de 2 anos jamais significaria tal coisa; mas cuecas "fio-dental", soutiens e kits de dança erótica para crianças de 7 anos são sinais claros de uma tendência que levou governos e grupos profissionais a tomarem uma atitude.

Quem poderia ter previsto - mesmo que há uma década atrás - que um dos assuntos urgentes que os pais e psicólogos iriam enfrentar neste século havia de ser a promoção da sexualidade adulta às crianças? Alguns optimistas podem argumentar que produzir sapatos pequeninos de salto alto para crianças de 2 anos jamais significaria tal coisa; mas cuecas "fio-dental", soutiens e kits de dança erótica para crianças de 7 anos são sinais claros de uma tendência que levou governos e grupos profissionais a tomarem uma atitude.

Em 2007 a American Psychological Association emitiu um relatório acerca da sexualização de meninas, fazendo notar que esta forma de se auto-objectificarem está relacionada com "três dos problemas mais comuns de saúde mental de raparigas e mulheres: desordens alimentares, baixa auto-estima e depressão ou humor deprimido".

Logo depois, um comité do Senado Australiano promoveu um inquérito e reportou em 2008 que "a inapropriada sexualização das crianças na Austrália é de preocupação crescente" e representa um "desafio cultural significativo".

No início deste ano um relatório levado a cabo pelo British Home Office confirmou que a sexualização dos mais novos (e não só raparigas) é um assunto grave.

Contudo, a sexualização de crianças diz mais acerca das nossas atitudes face ao sexo do que das nossas atitudes face às crianças.

A questão do problema é que as crianças - pessoas que são culturalmente, fisicamente e mentalmente demasiado novas para se iniciarem sexualmente como adultos - estão a ser moldadas e modeladas para corresponder a uma cultura adulta erotizada.

Apesar de este problema estar espelhado em produtos e marketing dirigido a crianças, os activistas anti-sexualização criticam igualmente o material de sexo dirigido habitualmente ao público adulto. São alvos da campanha anti-sexualização os anúncios de lingerie, "revistas de homens", e o princípio universal "o sexo vende" que se encontra presente em muita publicidade. Os activistas reconhecem que os conceitos censuráveis e material que está a ser promovido às crianças são uma extensão daquilo que está igualmente disponível para adultos.

Até os críticos da campanha anti-sexualização implicitamente confirmam que é uma questão de introdução das crianças na cultura e sociedade adulta:

"Tentar impedir que as crianças satisfaçam a sua vontade natural de pôr o batôn da mãe, ler as revistas das irmãs mais velhas, brincar com a Barbie - que afinal de contas parece uma mulher crescida -..., não vejo como é que isso vai ter um efeito mais prejudicial do que teve em mim e na minha geração dos anos 50 e 60."

Há alguma verdade nesta argumentação, tal como há no refrão dos marketeers de que não são eles que determinam os valores de uma cultura, mas simplesmente empregam os meios mais eficazes para vender um produto. Os media e o marketing constituem a vanguarda duma cultura sexualizada, e são eles os legítimos alvos da preocupação dos pais. Mas, a ser bem visto, os exemplos mais ofensivos do "marketing do sexo" dirigido a crianças não emergiram dum vazio cultural.

A sexualização dos media e do marketing encontra-se alimentada pela crescente sexualização da sociedade e da sua cultura, o que por sua vez pode estar relacionado com alterações do comportamento sexual. Nas últimas décadas, a vida da pessoa adulta sofreu mudanças significativas no âmbito da sexualidade. Três factores importantes são: o aumento da idade do primeiro casamento, o aumento da idade dos pais e a descida da idade da primeira relação sexual.

A média de idades do primeiro casamento na Austrália subiu de 23.8 anos para homens e 21.2 anos para mulheres em 1966, para 29.6 anos para homens e 27.7 anos para mulheres em 2008.

A idade mediana dos progenitores também aumentou: de 29.7 para homens e 26.9 anos para mulheres em 1983, para 33.1 anos para homens e 30.7 anos para mulheres em 2008.

É difícil de encontrar informação fiável relativamente à idade da primeira relação sexual, mas em 2003 um estudo denominado "Sexo na Austrália" descobriu que a idade mediana para o homem desceu de 18 anos entre homens nascidos entre 1941 e 1950, para 16 anos entre homens nascidos entre 1981 e 1986. Para as mulheres nascidas nos mesmos períodos, a idade mediana da primeira relação sexual desceu dos 19 anos para os 16 anos. Nos E.U.A e Inglaterra o padrão é muito similar.

Estes números revelam uma crescente separação entre a experiência sexual e o seu contexto tradicional, como o casamento e nascimento dos filhos. Se um jovem espera ter o seu "debute sexual" aos 16 anos, e o casamento e nascimento de filhos 11 a 17 anos mais tarde, então claramente o sexo deixa de estar limitado ao contexto de casamento e procriação. Então, a que contexto pertence agora o sexo?

Quando o sexo é parte do pacote de casar e ter filhos, encontra-se necessariamente sujeito a um apertado conjunto de condições e responsabilidades. Considerações práticas como rendimento, habitação e estabilidade aplicam-se necessariamente. O sexo torna-se apenas num aspecto do compromisso duradouro assumido entre ambos.

Mas se o sexo está divorciado de tais condições, então resta-nos um acto meramente natural e agradável que é limitado apenas pelas escolhas e oportunidades de cada um. Esta é a forma idealizada do sexo no mundo moderno. Tudo o que interessa é maximizar o potencial sexual, cultivando atributos sexuais considerados desejáveis na nossa sociedade actual.

No cenário mais alargado destes pontos de vista opostos sobre o sexo, a sexualização das crianças emergiu como um ponto de conflito. O conflito emerge porque a visão do sexo que é promovida pela nossa cultura é tão livre de constrangimentos e responsabilidades, que não há nada em princípio que dissuada ou previna que as crianças sejam introduzidas nessa mesma cultura.

Quais são, afinal, os requisitos para o sexo nesta forma idealizada? Consentimento, e oportunidade. Como podem as crianças preparar-se para este aspecto da cultura dos adultos? Maximizando o seu potencial sexual, de acordo com os atributos sexuais considerados desejáveis na nossa sociedade.

A verdade desconcertante é que a nossa cultura está a fazer o que é suposto fazer: preparar as crianças para o seu futuro papel de adultos. O problema é que no que diz respeito ao sexo, este papel requer nada mais do que alcançar alguma semelhança com os ideais do sexo promovidos na nossa cultura - a moda, o físico, e a atitude. Os indivíduos não precisam do planeamento de longo prazo habitualmente necessário para fazer compromissos que implicam uma mudança de vida. Eles não precisam de independência financeira para sustentar uma família. Eles não precisam de considerar como é que se vão relacionar com o seu parceiro sexual dentro de dez, vinte ou trinta anos. A nossa cultura não precisa que eles sejam pessoas adultas mas meramente que se pareçam com pessoas adultas.

Se a sexualização das crianças é uma extensão lógica da nossa actual cultura sexual, então a defesa do princípio que é inocência da infância é na verdade um verdadeiro movimento contra-cultural. Como campanha de base, promete destacar tanto o fenómeno chamado "pedofilia corporativa" como a hiper-sexualização da cultura circundante.

Esta vaga de opinião pública pode não resolver os problemas culturais implícitos, mas oferece aos pais a oportunidade, e - esperemos - a coragem de levar para a frente a cultura em defesa das suas crianças.

Zac Alstin trabalha no Southern Cross Bioethics Institute em Adelaide, South Australia.

O original do artigo está em www.mercatornet.com
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Zac Alstin

Aceprensa

Papa recorda ao Presidente do Irão que as religiões são instrumentos de paz

Numa mensagem entregue através do Cardeal Jean Louis Tauran, o Papa Bento XVI assinalou ao Presidente do Irão, Mahmud Ahmadineyad, a necessidade de que o cristianismo e o islão unam seus esforços para obter o entendimento, a paz e a justiça no mundo.

Segundo a agência EFE, o Presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso se reuniu em Teerã com o mandatário iraniano. Durante a audiência, o Cardeal Tauran indicou que "muçulmanos e cristãos, como humanos piedosos, devem erigir-se em um modelo para todas as nações através de seus pios actos".

Durante a visita da delegação do Vaticano, grupos de direitos humanos trouxeram o caso de Shakineh Mohammadi Ashtianí, a mulher acusada de adultério e de participar do assassinato de seu marido, e pelos quais poderia ser condenada a morrer lapidada.

Como se recorda, semanas atrás os filhos da mulher iraniana revelaram à agência EFE que tinham pedido a mediação do Vaticano para evitar a morte de Ashtianí, e solicitavam asilo a Itália.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

Tema para reflexão - Novíssimos - Paraíso (3)

Como imaginar o Paraíso? Se conseguir-mos fazer uma ideia da suprema beleza, da tranquilidade absoluta, do gozo mais perfeito e completo, talvez nos aproximemos um pouco dessa realidade.

(AMA, comentário sobre Paraíso 3, 2010.10.20)

Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Rev. D. Joan FARRÉS i Llarisó (Rubí, Barcelona, Espanha)

A necessidade de orar sempre, sem nunca desistir

Hoje, nos últimos dias do tempo litúrgico, Jesus exorta-nos a orar, a dirigir-nos a Deus. Podemos pensar como aqueles pais e mães de família que esperam - todos os dias! - que os seus filhos lhes digam algo, que lhes demonstrem o seu afecto amoroso.

Deus, que é Pai de todos, também o espera, Jesus nos o diz muitas vezes no Evangelho, e sabemos que falar com Deus é fazer oração. A oração é a voz da fé, da nossa crença nele, também da nossa confiança, e tomara fosse sempre manifestação do nosso amor.

Para que a nossa oração seja perseverante e confiada, diz São Lucas, que «Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de orar sempre, sem nunca desistir» (Lc 18,1). Sabemos que a oração se pode fazer louvando o Senhor ou dando graças, ou reconhecendo a própria debilidade humana - o pecado -, implorando a misericórdia de Deus, mas na maioria das vezes será pedindo alguma graça ou favor. E, mesmo que no momento não se consiga o que se pede, só o fato de se poder dirigir a Deus, o fato de poder contar a esse Alguém a pena ou a preocupação, já é a obtenção de algo, e seguramente, - mesmo que não de imediato, mas no temp o-, obterá resposta, porque «Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? (Lc 18,7).

São João Clímaco, a propósito desta parábola evangélica, diz que «aquele juiz que não temia a Deus, cede frente à insistência da viúva para não ter mais o peso de a ouvir. Deus fará justiça à alma, viúva dele pelo pecado, frente ao Corpo, o seu primeiro inimigo, e frente aos demónios, os seus adversários invisíveis. O Divino Comerciante saberá intercambiar bem as nossas boas mercadorias, pôr à disposição os seus grandes bens com amorosa solicitude e estar pronto para acolher as nossos súplicas».

Perseverança na oração, confiança em Deus. Dizia Tertuliano que «só a oração vence a Deus».

(Fonte: Evangeli.net)

O Evangelho do dia 13 de Novembro de 2010

São Lucas 18,1-8

1 Disse-lhes também uma parábola, para mostrar que importa orar sempre e não cessar de o fazer:2 «Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens.3 Havia também na mesma cidade uma viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faz-me justiça contra o meu adversário.4 Ele, durante muito tempo, não a quis atender. Mas, depois disse consigo: Ainda que eu não tema a Deus nem respeite os homens,5 todavia, visto que esta viúva me importuna, far-lhe-ei justiça, para que não venha continuamente importunar-me».6 Então o Senhor acrescentou: «Ouvi o que diz este juiz iníquo.7 E Deus não fará justiça aos Seus escolhidos, que a Ele clamam dia e noite, e tardará em socorrê-los?8 Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Mas, quando vier o Filho do Homem, julgais vós que encontrará fé sobre a terra?».