sábado, 18 de setembro de 2010
Nos tempos de crise e de rebeliões a providencia de Deus faz surgir grandes santos e profetas para a renovação da Igreja e da sociedade cristã
Bento XVI chegou neste sábado á noite ao Hyde Park, de Londres, depois de um percurso em papamóvel em que foi saudada por milhares de pessoas ao longo das ruas, muitas com bandeiras do Vaticano, com cânticos e palmas.
Cerca de 80 mil pessoas, participaram numa vigília ao ar livre para preparar a beatificação do Cardeal John Henry Newman, uma das figuras mais importantes da Igreja inglesa no século XIX.
Não admira que Bento XVI tenha centrado a sua intervenção sobre esta figura que – como confidenciou – teve “um importante influxo” na sua vida e no seu pensamento. “O drama da vida de Newman – observou o Papa – convida-nos a examinar a nossa própria vida, vendo-a no contexto do vasto horizonte do plano de Deus, e a crescer em comunhão com a Igreja de cada tempo e lugar: a Igreja dos Apóstolos, a Igreja dos mártires, a Igreja dos santos, a Igreja que Newman amou e a cuja missão consagrou toda a sua existência”. Um exemplo de vida que mantém toda a actualidade:
“Nos nossos dias, quando um relativismo intelectual e moral ameaça abalar os próprios alicerces da nossa sociedade, Newman recorda-nos que, como homens e mulheres criados à imagem e semelhança de Deus, fomos criados para conhecer a verdade, para encontrar nela a nossa definitiva liberdade e a realização das mais profundas aspirações humanas”.
Recordando que, bem perto do local da celebração, deram a vida pela fé, no século XVI, grande número de irmãos católicos, observou Bento XVI:
“Na nossa época, o preço a pagar pela fidelidade ao Evangelho não é tanto o de ser enforcado, afogado ou esquartejado, mas implica, muitas vezes, o sermos considerados irrelevantes, ridicularizados ou objecto de mofa. E contudo a Igreja não se pode eximir ao dever de proclamar Cristo e o seu Evangelho como verdade salvadora, manancial da nossa felicidade última, como indivíduos, e como fundamento de uma sociedade justa e humana”.
Bento XVI evocou com grande apreço o “realismo cristão, concreto” de Newman, aquele “ponto concreto onde se entrecruzam inevitavelmente a fé e a vida”:
“A fé está destinada a dar fruto na transformação do nosso mundo mediante a potência do Espírito Santo que actua na vida e na actividade dos crentes. Não há ninguém que encare com realismo o nosso mundo de hoje que possa pensar que os cristãos podem continuar as fazer as coisas de cada dia ignorando a profunda crise de fé que afecta a nossa sociedade, ou confiando simplesmente que o património de valores transmitido ao longo dos séculos possa continuar a inspirar e plasmar o futuro da nossa sociedade.
Quase a concluir a sua intervenção, na vigília de oração, neste sábado à noite, no Hyde Park, Bento XVI exprimiu a sua esperança na providência de Deus que, “nos tempos de crise e de rebeliões” faz “surgir grandes santos e profetas para a renovação da Igreja e da sociedade cristã”. Cada um assuma as suas responsabilidades:
“Cada um de nós, segundo o próprio estado de vida, está chamado a actuar para a difusão do Reino de Deus, impregnando a vida temporal com os valores do Evangelho. Cada um de nós tem uma missão, todos somos chamados a transformar o mundo, a actuar a favor de uma cultura da vida, uma cultura forjada pelo amor e pelo respeito pela dignidade de cada pessoa humana”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Cerca de 80 mil pessoas, participaram numa vigília ao ar livre para preparar a beatificação do Cardeal John Henry Newman, uma das figuras mais importantes da Igreja inglesa no século XIX.
Não admira que Bento XVI tenha centrado a sua intervenção sobre esta figura que – como confidenciou – teve “um importante influxo” na sua vida e no seu pensamento. “O drama da vida de Newman – observou o Papa – convida-nos a examinar a nossa própria vida, vendo-a no contexto do vasto horizonte do plano de Deus, e a crescer em comunhão com a Igreja de cada tempo e lugar: a Igreja dos Apóstolos, a Igreja dos mártires, a Igreja dos santos, a Igreja que Newman amou e a cuja missão consagrou toda a sua existência”. Um exemplo de vida que mantém toda a actualidade:
“Nos nossos dias, quando um relativismo intelectual e moral ameaça abalar os próprios alicerces da nossa sociedade, Newman recorda-nos que, como homens e mulheres criados à imagem e semelhança de Deus, fomos criados para conhecer a verdade, para encontrar nela a nossa definitiva liberdade e a realização das mais profundas aspirações humanas”.
Recordando que, bem perto do local da celebração, deram a vida pela fé, no século XVI, grande número de irmãos católicos, observou Bento XVI:
“Na nossa época, o preço a pagar pela fidelidade ao Evangelho não é tanto o de ser enforcado, afogado ou esquartejado, mas implica, muitas vezes, o sermos considerados irrelevantes, ridicularizados ou objecto de mofa. E contudo a Igreja não se pode eximir ao dever de proclamar Cristo e o seu Evangelho como verdade salvadora, manancial da nossa felicidade última, como indivíduos, e como fundamento de uma sociedade justa e humana”.
Bento XVI evocou com grande apreço o “realismo cristão, concreto” de Newman, aquele “ponto concreto onde se entrecruzam inevitavelmente a fé e a vida”:
“A fé está destinada a dar fruto na transformação do nosso mundo mediante a potência do Espírito Santo que actua na vida e na actividade dos crentes. Não há ninguém que encare com realismo o nosso mundo de hoje que possa pensar que os cristãos podem continuar as fazer as coisas de cada dia ignorando a profunda crise de fé que afecta a nossa sociedade, ou confiando simplesmente que o património de valores transmitido ao longo dos séculos possa continuar a inspirar e plasmar o futuro da nossa sociedade.
Quase a concluir a sua intervenção, na vigília de oração, neste sábado à noite, no Hyde Park, Bento XVI exprimiu a sua esperança na providência de Deus que, “nos tempos de crise e de rebeliões” faz “surgir grandes santos e profetas para a renovação da Igreja e da sociedade cristã”. Cada um assuma as suas responsabilidades:
“Cada um de nós, segundo o próprio estado de vida, está chamado a actuar para a difusão do Reino de Deus, impregnando a vida temporal com os valores do Evangelho. Cada um de nós tem uma missão, todos somos chamados a transformar o mundo, a actuar a favor de uma cultura da vida, uma cultura forjada pelo amor e pelo respeito pela dignidade de cada pessoa humana”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Bento XVI encontrou-se com vítimas de abusos
Vídeos em espanhol e inglês
Papa rezou com eles e assegurou-lhes que a Igreja Católica continua a implementar medidas que protejam as crianças e os jovens e a trabalhar para investigar todas as alegações e colaborar com a justiça.
O Papa Bento XVI manteve, esta tarde, em Londres, encontros de cerca de 40 minutos com cinco vítimas de abusos sexuais por parte de elementos do Clero. Depois de esta manhã ter pedido desculpas por estes actos, que considerou serem motivo de “vergonha e humilhação” para a Igreja, o Papa olhou de frente algumas destas vítimas.
O comunicado da Santa Sé confirma que o encontro decorreu na Nunciatura Apostólica. Não adianta o número certo de vítimas recebidas, mas a BBC avança com cinco, vítimas que pediram o anonimato.
Bento XVI comoveu-se com o que ouviu e exprimiu-lhes a sua dor profunda e a vergonha pelo que as vítimas e os seus familiares sofreram. O Papa rezou com eles e assegurou-lhes que a Igreja Católica continua a implementar medidas que protejam as crianças e os jovens e a trabalhar para investigar todas as alegações e colaborar com a justiça.
O Papa mostrou-se também hoje bastante satisfeito pela forma como tem sido acolhido nesta visita ao Reino Unido, por personalidades que vão da política à igreja anglicana.
(Fonte: site Rádio Renascença)
O coração e a cruz (Editorial)
Nas viagens papais a mais eficaz e imediata chave de compreensão é oferecida pelo próprio Bento XVI durante o encontro com os jornalistas pouco depois da partida. E também desta vez, em voo rumo ao Reino Unido, foi assim: através das palavras do Papa, é possível captar facilmente a sua intenção, e quase lançar um olhar ao seu coração. Com uma singular actualização do mote do cardeal Newman (que será excepcionalmente beatificado pelo Pontífice em Birmingham) escolhido para o itinerário britânico: cor ad cor loquitur, "o coração fala ao coração", atitude que desde sempre é congenial a Joseph Ratzinger.
"Vou em frente com grande coragem e alegria", disse, declarando no avião a sua confiança no acolhimento imediatamente impecável à sua chegada e com a cordialidade das grandes multidões nas ruas de Edimburgo e no encontro com a rainha em Holyroodhouse. Entre a festa das bandeiras escocesas que tremulavam com a cruz de Santo André, o party - quase uma festa de família, na qual participaram a soberana e o Pontífice - e o entusiasmo de milhares de crianças e jovens de muitas escolas.
Não obstante a presença de correntes anticlericais e anticatólicas - de resto comuns a uma parte do ocidente europeu - o Papa Bento quis recordar aos jornalistas e no discurso dirigido a Isabel II as tradições de fé e as raízes cristãs do Reino Unido. Juntamente com a atenção, a tolerância e o respeito demonstrados por muitos leigos e agnósticos que estão em busca, como já aconteceu nas visitas, muito positivas, na França e na República Checa.
"Vou em frente com grande coragem e alegria", disse, declarando no avião a sua confiança no acolhimento imediatamente impecável à sua chegada e com a cordialidade das grandes multidões nas ruas de Edimburgo e no encontro com a rainha em Holyroodhouse. Entre a festa das bandeiras escocesas que tremulavam com a cruz de Santo André, o party - quase uma festa de família, na qual participaram a soberana e o Pontífice - e o entusiasmo de milhares de crianças e jovens de muitas escolas.
Não obstante a presença de correntes anticlericais e anticatólicas - de resto comuns a uma parte do ocidente europeu - o Papa Bento quis recordar aos jornalistas e no discurso dirigido a Isabel II as tradições de fé e as raízes cristãs do Reino Unido. Juntamente com a atenção, a tolerância e o respeito demonstrados por muitos leigos e agnósticos que estão em busca, como já aconteceu nas visitas, muito positivas, na França e na República Checa.
A Igreja não tem medo da modernidade - e é este um dos significados da beatificação de Newman, "figura excepcional" e Doutor da Igreja na contemporaneidade - sobretudo por um motivo: não trabalha para si mesma, para afirmar o seu suposto poder, mas para outro, isto é, pelo anúncio de Jesus Cristo. Estaria no caminho errado uma Igreja que procurasse tornar-se atraente, disse com clareza Bento XVI. Ao contrário, a Igreja deve ser transparente, para deixar resplandecer o Senhor e fazer-se sua voz. E nisto os católicos e os outros cristãos têm a mesma tarefa, não são concorrentes, mas servos da primazia e da verdade de Cristo.
À primeira vista a atmosfera não parecia fácil, considerando pelo menos a atitude nada benévola presente em diversos mass media na vigília da visita, sobretudo pela dolorosa e vergonhosa questão dos abusos sexuais por parte de membros do clero. Também sobre isto o Papa abriu de novo o seu coração, declarando que sofreu um choque e expressando a sua dificuldade em compreender esta perversão do sacerdócio e tristeza por uma autoridade eclesiástica não suficientemente vigilante e rápida face ao escândalo. Que deve ser reparado com a penitência e com a humildade, enquanto às vítimas deve ser dada toda a ajuda, acompanhada por justas penas para os culpados e com a prevenção, que no Reino Unido é exemplar.
E a confiança de um diálogo do coração juntamente com um olhar para a cruz - que está no antigo nome da residência real de Holyroodhouse - são os motivos que caracterizam esta visita de Estado, deveras histórica mas certamente não política, como explicou Bento XVI, ressaltando que ela é apenas em função do anúncio de Cristo. Que na Grã-Bretanha modelou um grande país segundo uma herança, realçada de modo consoante por Isabel II e pelo Papa, para quem olham milhares de pessoas, crentes e não-crentes, em todo o mundo.
GIOVANNI MARIA VIAN - Director
(© L'Osservatore Romano - 18 de Setembro de 2010)
À primeira vista a atmosfera não parecia fácil, considerando pelo menos a atitude nada benévola presente em diversos mass media na vigília da visita, sobretudo pela dolorosa e vergonhosa questão dos abusos sexuais por parte de membros do clero. Também sobre isto o Papa abriu de novo o seu coração, declarando que sofreu um choque e expressando a sua dificuldade em compreender esta perversão do sacerdócio e tristeza por uma autoridade eclesiástica não suficientemente vigilante e rápida face ao escândalo. Que deve ser reparado com a penitência e com a humildade, enquanto às vítimas deve ser dada toda a ajuda, acompanhada por justas penas para os culpados e com a prevenção, que no Reino Unido é exemplar.
E a confiança de um diálogo do coração juntamente com um olhar para a cruz - que está no antigo nome da residência real de Holyroodhouse - são os motivos que caracterizam esta visita de Estado, deveras histórica mas certamente não política, como explicou Bento XVI, ressaltando que ela é apenas em função do anúncio de Cristo. Que na Grã-Bretanha modelou um grande país segundo uma herança, realçada de modo consoante por Isabel II e pelo Papa, para quem olham milhares de pessoas, crentes e não-crentes, em todo o mundo.
GIOVANNI MARIA VIAN - Director
(© L'Osservatore Romano - 18 de Setembro de 2010)
Missa na Catedral de Westminster – vídeos sem locução
(Falta o vídeo entre parte da Oração dos Fiéis e a Consagração Eucarística)
Na homilia da Missa em Westminster o Papa exortou os fiéis a assumirem todas as responsabilidades do seu compromisso baptismal
A viagem apostólica de Bento XVI ao Reino Unido decorre inteiramente neste sábado em Londres. Iniciou com reuniões com o primeiro-ministro, vice-primeiro-ministro e líder da oposição, prosseguindo com a celebração da eucaristia na catedral de Westminster, perante milhares de pessoas que encheram por completo o local.
Entre os presentes, um pequeno grupo de fiéis da Missão Católica Portuguesa da capital inglesa.
O Papa foi acolhido no local por D. Vincent Gerard Nichols, Arcebispo de Westminster, o coração católico de Londres.
D. Vincent Nichols manifestou a “gratidão” de todos os presentes pela visita e manifestação “lealdade” e “devoção” pela figura do Papa.
Entre os presentes, um pequeno grupo de fiéis da Missão Católica Portuguesa da capital inglesa.
O Papa foi acolhido no local por D. Vincent Gerard Nichols, Arcebispo de Westminster, o coração católico de Londres.
D. Vincent Nichols manifestou a “gratidão” de todos os presentes pela visita e manifestação “lealdade” e “devoção” pela figura do Papa.
O doloroso tema do abuso de crianças da parte de membros do clero foi expressamente enfrentado pelo Papa na homilia desta Missa, com os católicos britânicos, na catedral de Westminster. Bento XVI iniciou a sua reflexão partindo do facto de esta se encontrar dedicada ao Preciosíssimo Sangue, “sinal da misericórdia redentora de Deus derramada no mundo mediante a paixão, morte e ressurreição do seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo”. Quem entra neste edifício religioso – observou – fica impressionado com “o grande crucifixo que domina a nave, representando o corpo de Cristo esmagado pelo sofrimento, subjugado pela dor, vítima inocente cuja morte nos reconciliou com o Pai. Os braços abertos do Senhor parecem abraçar toda esta igreja, elevando para o Pai a assembleia dos fiéis congregado à volta do altar do sacrifício”.
O sangue de Cristo derramado na sua paixão e que brota do seu coração trespassado é “o manancial da vida da Igreja”, como sublinha o evangelista João. Através do seu sofrimento e morte – como recorda a Carta aos Hebreus – Jesus é “o mediador de uma nova aliança” no seu sangue, como a Igreja celebra no sacrifício eucarístico.
“A realidade do sacrifício Eucarístico sempre esteve no coração da fé católica. Posto em causa no séc. XVI, foi solenemente reafirmada no Concílio de Trento, no contexto da nossa justificação em Cristo. Aqui na Inglaterra… muitos defenderam incansavelmente a Missa, muitas vezes a caro preço, dando vida àquela devoção à Santíssima Eucaristia que tem sido uma característica do catolicismo nestas terras”.
“O sacrifício Eucarístico do Corpo e Sangue de Cristo compreende por sua vez o mistério da paixão de nosso Senhor que continua em cada época nos membros do seu Corpo místico, a Igreja. O grande crucifixo que aqui nos domina – observou o Papa – recorda-nos que Cristo, nosso eterno sumo sacerdote, une quotidianamente os nossos sacrifícios, os nossos sofrimentos, as nossas necessidades, esperanças e aspirações aos infinitos méritos do seu sacrifício”.
Neste contexto, Bento XVI referiu “os mártires de todos os tempos”, assim como aqueles “irmãos e irmãs que ainda hoje sofrem discriminações e perseguições pela sua fé cristã”, e ainda todos os que unem quotidianamente os seus sofrimentos aos de Cristo, como os doentes, idosos, deficientes e todos os que sofrem na mente e no espírito”.
E foi aqui que o Papa referiu expressamente os menores vítimas de abusos:
“Aqui penso também nos imensos sofrimentos causados pelo abuso de crianças, especialmente na Igreja e da parte dos seus ministros . Exprimo o meu profundo pesar sobretudo às vítimas inocentes destes crimes inclassificáveis, juntamente com a esperança de que o poder da graça de Cristo, o seu sacrifício de reconciliação, dará às suas vidas profunda paz e cura.
Reconheço também, convosco, a vergonha e humilhação que todos temos sofrido por causa destes pecados. Convido-vos a oferecê-las ao Senhor, confiando que este castigo contribuirá para a cura das vítimas, para a purificação da Igreja e para a renovação da sua secular tarefa de formação e cuidado dos jovens. Exprimo a minha gratidão pelos esforços feitos para enfrentar este problema responsavelmente, e peço a todos vós que mostreis a vossa solicitude pelas vítimas e solidariedade para com os vossos sacerdotes”.
Na parte final da homilia, ao exortar os fiéis a assumirem todas as responsabilidades do compromisso baptismal, participando na missão de Cristo, o Papa referiu expressamente “as intuições e os ensinamentos” de John Henry Newman:
“Possam as profundas ideias deste grande inglês continuar a inspirar todos os discípulos de Cristo nesta terra a conformarem-se com ele em todos os seus pensamentos, palavras e acções, actuando incansavelmente para defender aquelas imutáveis verdades morais que, retomadas, iluminadas e confirmadas pelo Evangelho, estão na base de uma sociedade verdadeiramente humana, justa e livre”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
O sangue de Cristo derramado na sua paixão e que brota do seu coração trespassado é “o manancial da vida da Igreja”, como sublinha o evangelista João. Através do seu sofrimento e morte – como recorda a Carta aos Hebreus – Jesus é “o mediador de uma nova aliança” no seu sangue, como a Igreja celebra no sacrifício eucarístico.
“A realidade do sacrifício Eucarístico sempre esteve no coração da fé católica. Posto em causa no séc. XVI, foi solenemente reafirmada no Concílio de Trento, no contexto da nossa justificação em Cristo. Aqui na Inglaterra… muitos defenderam incansavelmente a Missa, muitas vezes a caro preço, dando vida àquela devoção à Santíssima Eucaristia que tem sido uma característica do catolicismo nestas terras”.
“O sacrifício Eucarístico do Corpo e Sangue de Cristo compreende por sua vez o mistério da paixão de nosso Senhor que continua em cada época nos membros do seu Corpo místico, a Igreja. O grande crucifixo que aqui nos domina – observou o Papa – recorda-nos que Cristo, nosso eterno sumo sacerdote, une quotidianamente os nossos sacrifícios, os nossos sofrimentos, as nossas necessidades, esperanças e aspirações aos infinitos méritos do seu sacrifício”.
Neste contexto, Bento XVI referiu “os mártires de todos os tempos”, assim como aqueles “irmãos e irmãs que ainda hoje sofrem discriminações e perseguições pela sua fé cristã”, e ainda todos os que unem quotidianamente os seus sofrimentos aos de Cristo, como os doentes, idosos, deficientes e todos os que sofrem na mente e no espírito”.
E foi aqui que o Papa referiu expressamente os menores vítimas de abusos:
“Aqui penso também nos imensos sofrimentos causados pelo abuso de crianças, especialmente na Igreja e da parte dos seus ministros . Exprimo o meu profundo pesar sobretudo às vítimas inocentes destes crimes inclassificáveis, juntamente com a esperança de que o poder da graça de Cristo, o seu sacrifício de reconciliação, dará às suas vidas profunda paz e cura.
Reconheço também, convosco, a vergonha e humilhação que todos temos sofrido por causa destes pecados. Convido-vos a oferecê-las ao Senhor, confiando que este castigo contribuirá para a cura das vítimas, para a purificação da Igreja e para a renovação da sua secular tarefa de formação e cuidado dos jovens. Exprimo a minha gratidão pelos esforços feitos para enfrentar este problema responsavelmente, e peço a todos vós que mostreis a vossa solicitude pelas vítimas e solidariedade para com os vossos sacerdotes”.
Na parte final da homilia, ao exortar os fiéis a assumirem todas as responsabilidades do compromisso baptismal, participando na missão de Cristo, o Papa referiu expressamente “as intuições e os ensinamentos” de John Henry Newman:
“Possam as profundas ideias deste grande inglês continuar a inspirar todos os discípulos de Cristo nesta terra a conformarem-se com ele em todos os seus pensamentos, palavras e acções, actuando incansavelmente para defender aquelas imutáveis verdades morais que, retomadas, iluminadas e confirmadas pelo Evangelho, estão na base de uma sociedade verdadeiramente humana, justa e livre”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:
São Basílio (v. 330-379), monge e Bispo de Cesareia, na Capadócia, Doutor da Igreja
Homilia 14, sobre o amor dos pobres, §§ 23-25; PG 35,887 (a partir da trad. Solesmes, Lectionnaire, t. 2, p. 161 rev.)
«Quem é fiel no pouco também é fiel no muito»
Tens de saber de onde te vem a existência, o sopro de vida, a inteligência e aquilo que há de mais precioso, o conhecimento de Deus, de onde te vem a esperança do Reino dos céus e a de contemplar a glória que hoje vês de maneira obscura, como num espelho, mas que verás amanhã em toda a sua pureza e brilho (1Cor 13, 12). De onde te vem o facto de seres filho de Deus, herdeiro com Cristo (Rom 8, 16-17) e, se ouso dizer, o facto de seres tu próprio um deus? De onde te vem tudo isto e através de quem?
Ou ainda, falando de coisas menos importantes, as que se vêem: quem te deu a beleza do céu, o curso do sol, o ciclo da lua, as incontáveis estrelas e a harmonia e a ordem que as regem? [...] Quem te deu a chuva, a agricultura, os alimentos, as artes, as leis, a cidade, uma vida civilizada, relações familiares com os teus semelhantes?
Não foi Aquele que, antes de mais nada e em paga de todas as Suas dádivas, te pede que ames os homens? [...] Se Ele, o nosso Deus e nosso Senhor, não tem vergonha de ser chamado nosso Pai, podemos nós renegar os nossos irmãos? Não, meus irmãos e meus amigos, não sejamos administradores infiéis dos bens que nos são confiados.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Homilia 14, sobre o amor dos pobres, §§ 23-25; PG 35,887 (a partir da trad. Solesmes, Lectionnaire, t. 2, p. 161 rev.)
«Quem é fiel no pouco também é fiel no muito»
Tens de saber de onde te vem a existência, o sopro de vida, a inteligência e aquilo que há de mais precioso, o conhecimento de Deus, de onde te vem a esperança do Reino dos céus e a de contemplar a glória que hoje vês de maneira obscura, como num espelho, mas que verás amanhã em toda a sua pureza e brilho (1Cor 13, 12). De onde te vem o facto de seres filho de Deus, herdeiro com Cristo (Rom 8, 16-17) e, se ouso dizer, o facto de seres tu próprio um deus? De onde te vem tudo isto e através de quem?
Ou ainda, falando de coisas menos importantes, as que se vêem: quem te deu a beleza do céu, o curso do sol, o ciclo da lua, as incontáveis estrelas e a harmonia e a ordem que as regem? [...] Quem te deu a chuva, a agricultura, os alimentos, as artes, as leis, a cidade, uma vida civilizada, relações familiares com os teus semelhantes?
Não foi Aquele que, antes de mais nada e em paga de todas as Suas dádivas, te pede que ames os homens? [...] Se Ele, o nosso Deus e nosso Senhor, não tem vergonha de ser chamado nosso Pai, podemos nós renegar os nossos irmãos? Não, meus irmãos e meus amigos, não sejamos administradores infiéis dos bens que nos são confiados.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho de Domingo dia 19 de Setembro de 2010
São Lucas 16,1-13
1 Disse também a Seus discípulos: «Um homem rico tinha um feitor, que foi acusado diante dele de ter dissipado os seus bens.2 Chamou-o, e disse-lhe: Que é isto que eu oiço dizer de ti? Dá conta da tua administração; não mais poderás ser meu feitor.3 Então o feitor disse consigo: Que farei, visto que o meu senhor me tira a administração? Cavar não posso, de mendigar tenho vergonha.4 Já sei o que hei-de fazer, para que, quando for removido da administração, haja quem me receba em sua casa.5 E, chamando cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor?6 Ele respondeu: Cem medidas de azeite. Então disse-lhe: Toma o teu recibo, senta-te e escreve depressa cinquenta.7 Depois disse a outro: Tu quanto deves? Ele respondeu: Cem medidas de trigo. Disse-lhe o feitor: Toma o teu recibo e escreve oitenta.8 E o senhor louvou o feitor desonesto, por ter procedido sagazmente. Porque os filhos deste mundo são mais hábeis no trato com os seus semelhantes que os filhos da luz».9 «Portanto, Eu vos digo: Fazei amigos com as riquezas da iniquidade, para que, quando vierdes a precisar, vos recebam nos tabernáculos eternos.10 Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito.11 Se, pois, não fostes fiéis nas riquezas iníquas, quem vos confiará as verdadeiras?12 E se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso?13 Nenhum servo pode servir a dois senhores, porque, ou odiará um e amará o outro, ou se afeiçoará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro».
1 Disse também a Seus discípulos: «Um homem rico tinha um feitor, que foi acusado diante dele de ter dissipado os seus bens.2 Chamou-o, e disse-lhe: Que é isto que eu oiço dizer de ti? Dá conta da tua administração; não mais poderás ser meu feitor.3 Então o feitor disse consigo: Que farei, visto que o meu senhor me tira a administração? Cavar não posso, de mendigar tenho vergonha.4 Já sei o que hei-de fazer, para que, quando for removido da administração, haja quem me receba em sua casa.5 E, chamando cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor?6 Ele respondeu: Cem medidas de azeite. Então disse-lhe: Toma o teu recibo, senta-te e escreve depressa cinquenta.7 Depois disse a outro: Tu quanto deves? Ele respondeu: Cem medidas de trigo. Disse-lhe o feitor: Toma o teu recibo e escreve oitenta.8 E o senhor louvou o feitor desonesto, por ter procedido sagazmente. Porque os filhos deste mundo são mais hábeis no trato com os seus semelhantes que os filhos da luz».9 «Portanto, Eu vos digo: Fazei amigos com as riquezas da iniquidade, para que, quando vierdes a precisar, vos recebam nos tabernáculos eternos.10 Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito.11 Se, pois, não fostes fiéis nas riquezas iníquas, quem vos confiará as verdadeiras?12 E se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso?13 Nenhum servo pode servir a dois senhores, porque, ou odiará um e amará o outro, ou se afeiçoará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro».
S. Josemaría nesta data em 1933
Escreve o ponto 286 do Caminho: “Não há nada melhor no mundo do que estar em graça de Deus”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Análise
This was one of the most important speeches of Pope Benedict's papacy and he used it to warn the very health of democracy in Britain was being jeopardised by the marginalisation of religion.
His essential message was that democracy relies on the use of reason but that human reasoning was being distorted by ideology and changing social fashions.
The Pope insisted reason needed to be judged against the unchanging teaching offered by religion - based as it was on "natural law", the fundamental nature of people.
This was a dramatic attempt by Pope Benedict to force civic leaders to question the essential working of a democracy they have taken for granted would operate for the good of all.
His aim was to halt what he sees as the trend for governments to legislate to try to govern people's beliefs as well as their behaviour.
Robert Pigott
BBC News religious affairs correspondent
(Fonte: site BBC News @ http://www.bbc.co.uk/news/uk-11347073)
His essential message was that democracy relies on the use of reason but that human reasoning was being distorted by ideology and changing social fashions.
The Pope insisted reason needed to be judged against the unchanging teaching offered by religion - based as it was on "natural law", the fundamental nature of people.
This was a dramatic attempt by Pope Benedict to force civic leaders to question the essential working of a democracy they have taken for granted would operate for the good of all.
His aim was to halt what he sees as the trend for governments to legislate to try to govern people's beliefs as well as their behaviour.
Robert Pigott
BBC News religious affairs correspondent
(Fonte: site BBC News @ http://www.bbc.co.uk/news/uk-11347073)
Arcebispo de Barcelona: Gaudí entendeu a urgência de levar Deus ao povo com sua obra
O Arcebispo de Barcelona, Cardeal Lluís Martínez Sistach, reflectiu sobre a figura de Antonio Gaudí, o "arquitecto genial e cristão exemplar" que concebeu o Templo Expiatório da Sagrada Família, igreja que será dedicada pelo Papa Bento XVI em sua próxima visita a esta cidade em Novembro.
Sobre a consagração do templo, prevista para o dia 7 de Novembro, o Cardeal destacou que também será "um acto de lembrança do artista cristão que o idealizou. Nesse dia veremos o templo acabado no seu interior, mas sobre tudo o vê-lo-emos cheio de cristãos celebrando a Eucaristia presidida pelo Papa".
"Veremos esta belíssima igreja dedicada à celebração do culto litúrgico para louvar a Deus por parte de toda a assembleia, harmonizando liturgia e beleza", disse.
Referindo-se a Gaudí, o arcebispo assinalou que "foi o arquitecto de Deus e compreendeu sua profissão como uma missão. Ele sentiu a urgência de levar o Evangelho e a presença de Deus por meio de sua obra ao povo. Por isso tinha o costume de coroar seus projectos com o sinal da cruz. E desejava que todas suas obras arquitectónicas aproximassem de Deus as pessoas que as contemplavam".
Por este motivo, continuou, "a dedicação do Templo da Sagrada Família será uma lembrança íntima do arquiteto, exemplo de simplicidade e de humildade, um verdadeiro exemplo do espírito franciscano de amor à pobreza, de valorização do sacrifício expiatório dos próprios pecados e de admiração ante a natureza".
Josep Francesc Ràfols, primeiro biógrafo de Gaudí, recordou que o arquitecto chegou a ser "um fiel muito exemplar e propulsor da liturgia, um gênio da luz mediterrânea, disposto a servir a Deus".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Sobre a consagração do templo, prevista para o dia 7 de Novembro, o Cardeal destacou que também será "um acto de lembrança do artista cristão que o idealizou. Nesse dia veremos o templo acabado no seu interior, mas sobre tudo o vê-lo-emos cheio de cristãos celebrando a Eucaristia presidida pelo Papa".
"Veremos esta belíssima igreja dedicada à celebração do culto litúrgico para louvar a Deus por parte de toda a assembleia, harmonizando liturgia e beleza", disse.
Referindo-se a Gaudí, o arcebispo assinalou que "foi o arquitecto de Deus e compreendeu sua profissão como uma missão. Ele sentiu a urgência de levar o Evangelho e a presença de Deus por meio de sua obra ao povo. Por isso tinha o costume de coroar seus projectos com o sinal da cruz. E desejava que todas suas obras arquitectónicas aproximassem de Deus as pessoas que as contemplavam".
Por este motivo, continuou, "a dedicação do Templo da Sagrada Família será uma lembrança íntima do arquiteto, exemplo de simplicidade e de humildade, um verdadeiro exemplo do espírito franciscano de amor à pobreza, de valorização do sacrifício expiatório dos próprios pecados e de admiração ante a natureza".
Josep Francesc Ràfols, primeiro biógrafo de Gaudí, recordou que o arquitecto chegou a ser "um fiel muito exemplar e propulsor da liturgia, um gênio da luz mediterrânea, disposto a servir a Deus".
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Visita de Bento XVI ao Reino Unido – programa para hoje sábado (BST = hora portuguesa)
1000 BST: The Pope will celebrate Mass in Westminster Cathedral, and will also, from there, greet the people of Wales. According to a Church spokesman: "Sadly, the Pope can't go to Wales because of the pressures of time."
Afterwards he will greet and bless an invited crowd of 2,500 young people in the Cathedral Piazza outside. They will include a representative from every parish in England and Wales, a contingent from Scotland, and a number of volunteers from Catholic youth organisations.
1700 BST: The Pope will visit St Peter's residential home for elderly people in Vauxhall. The Metropolitan Police say this and other pastoral visits are private and by invitation only through the Church.
"The public should not head for these events as there will be no opportunity for them to see the Pope," it said in a statement. "Some of these venues are in built-up residential areas which are not suitable for large numbers of people to descend on at any one time."
1815: About 80,000 people are expected to attend an open-air vigil in Hyde Park. The vigil itself will be for those with pre-arranged tickets only, but before it begins there will be a Popemobile procession along Horse Guards Road, The Mall and Constitution Hill to Hyde Park Corner and then Hyde Park itself.
The Met is advising people wishing to view the motorcade to plan their journeys well in advance to avoid disappointment.
(Fonte: site BBC news)
Afterwards he will greet and bless an invited crowd of 2,500 young people in the Cathedral Piazza outside. They will include a representative from every parish in England and Wales, a contingent from Scotland, and a number of volunteers from Catholic youth organisations.
1700 BST: The Pope will visit St Peter's residential home for elderly people in Vauxhall. The Metropolitan Police say this and other pastoral visits are private and by invitation only through the Church.
"The public should not head for these events as there will be no opportunity for them to see the Pope," it said in a statement. "Some of these venues are in built-up residential areas which are not suitable for large numbers of people to descend on at any one time."
1815: About 80,000 people are expected to attend an open-air vigil in Hyde Park. The vigil itself will be for those with pre-arranged tickets only, but before it begins there will be a Popemobile procession along Horse Guards Road, The Mall and Constitution Hill to Hyde Park Corner and then Hyde Park itself.
The Met is advising people wishing to view the motorcade to plan their journeys well in advance to avoid disappointment.
(Fonte: site BBC news)
Reflexão - A alegria de O saber dentro de nós
Que mais queres oh alma! , e que mais buscas fora de ti, pois dentro de ti tens as tuas riquezas, os teus deleites, a tua satisfação, a tua fartura e o teu reino, que é o teu Amado, a quem deseja e busca a tua alma? Regozija-te e alegra-te no teu interior recolhimento com ele, pois o tens tão próximo. Aí o deseja, aí o adora, e não o vás buscar fora de ti, porque te distrairás e cansarás, e não o encontrarás e gozarás mais certo nem mais depressa, nem mais próximo que dentro de ti.
(Cântico espiritual, canção 1 – São João da Cruz)
(Cântico espiritual, canção 1 – São João da Cruz)
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
São João Maria Vianey (1786-1859), presbítero, cura de Ars
Sermão
«A semente que caiu em boa terra [...] deu fruto centuplicado»
Se me perguntais o que quer Jesus Cristo dizer com este semeador que saiu manhã alta para ir lançar a semente no seu campo, meus irmãos, [digo-vos que] o semeador é o bom Deus que começou a trabalhar na nossa salvação logo no princípio do mundo, enviando-nos os profetas antes da vinda do Messias para nos ensinar o que é necessário para sermos salvos. E não Se contentou em enviar os Seus servos mas veio Ele mesmo, indicou-nos o caminho que devíamos seguir e veio anunciar-nos a palavra sagrada.
Sabeis como é uma pessoa que não se alimenta desta palavra sagrada? [...] É semelhante a um doente sem médico, a um viajante perdido e sem guia, a um pobre sem recursos. É completamente impossível, meus irmãos, amar a Deus e agradar-Lhe sem nos alimentarmos desta divina palavra. O que nos poderá levar a agarrarmo-nos a Ele, se não for o conhecimento que temos Dele? E quem no-Lo dá a conhecer, com todas as Suas perfeições, a Sua beleza e o Seu amor por nós, se não a palavra de Deus que nos ensina tudo o que Ele fez por nós e todos os benefícios que nos preparou na outra vida?
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Sermão
«A semente que caiu em boa terra [...] deu fruto centuplicado»
Se me perguntais o que quer Jesus Cristo dizer com este semeador que saiu manhã alta para ir lançar a semente no seu campo, meus irmãos, [digo-vos que] o semeador é o bom Deus que começou a trabalhar na nossa salvação logo no princípio do mundo, enviando-nos os profetas antes da vinda do Messias para nos ensinar o que é necessário para sermos salvos. E não Se contentou em enviar os Seus servos mas veio Ele mesmo, indicou-nos o caminho que devíamos seguir e veio anunciar-nos a palavra sagrada.
Sabeis como é uma pessoa que não se alimenta desta palavra sagrada? [...] É semelhante a um doente sem médico, a um viajante perdido e sem guia, a um pobre sem recursos. É completamente impossível, meus irmãos, amar a Deus e agradar-Lhe sem nos alimentarmos desta divina palavra. O que nos poderá levar a agarrarmo-nos a Ele, se não for o conhecimento que temos Dele? E quem no-Lo dá a conhecer, com todas as Suas perfeições, a Sua beleza e o Seu amor por nós, se não a palavra de Deus que nos ensina tudo o que Ele fez por nós e todos os benefícios que nos preparou na outra vida?
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 18 de Setembro de 2010
São Lucas 8,4-15
4 Tendo-se juntado uma grande multidão de povo e, tendo ido ter com Ele de diversas cidades, disse Jesus esta parábola:5 «Saiu o semeador a semear a sua semente; ao semeá-la, uma parte caiu ao longo do caminho; foi calcada e as aves do céu comeram-na.6 Outra parte caiu sobre pedregulho; quando nasceu, secou, porque não tinha humidade.7 A outra parte caiu entre espinhos; logo os espinhos, que nasceram com ela, a sufocaram.8 Outra parte caiu em terra boa; depois de nascer, deu fruto centuplicado». Dito isto, exclamou: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça!».9 Os Seus discípulos perguntaram-Lhe o que significava esta parábola.10 Ele respondeu-lhes: «A vós é concedido conhecer o mistério do reino de Deus, mas aos outros ele é anunciado por parábolas; para que “vendo não vejam, e ouvindo não entendam”.11 Eis o sentido da parábola: A semente é a palavra de Deus.12 Os que estão ao longo do caminho, são aqueles que a ouvem, mas depois vem o demónio e tira a palavra do seu coração para que não se salvem crendo.13 Os que estão sobre pedregulho, são os que, quando a ouvem, recebem com gosto a palavra, mas não têm raízes; por algum tempo acreditam, mas no tempo da tentação voltam atrás.14 A que caiu entre espinhos, representa aqueles que ouviram a palavra, porém, indo por diante, ficam sufocados pelos cuidados, pelas riquezas e pelos prazeres desta vida, e não dão fruto.15 Enfim, a que caiu em terra boa, representa aqueles que, ouvindo a palavra com o coração recto e bom, a conservam e dão fruto com a sua perseverança.
4 Tendo-se juntado uma grande multidão de povo e, tendo ido ter com Ele de diversas cidades, disse Jesus esta parábola:5 «Saiu o semeador a semear a sua semente; ao semeá-la, uma parte caiu ao longo do caminho; foi calcada e as aves do céu comeram-na.6 Outra parte caiu sobre pedregulho; quando nasceu, secou, porque não tinha humidade.7 A outra parte caiu entre espinhos; logo os espinhos, que nasceram com ela, a sufocaram.8 Outra parte caiu em terra boa; depois de nascer, deu fruto centuplicado». Dito isto, exclamou: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça!».9 Os Seus discípulos perguntaram-Lhe o que significava esta parábola.10 Ele respondeu-lhes: «A vós é concedido conhecer o mistério do reino de Deus, mas aos outros ele é anunciado por parábolas; para que “vendo não vejam, e ouvindo não entendam”.11 Eis o sentido da parábola: A semente é a palavra de Deus.12 Os que estão ao longo do caminho, são aqueles que a ouvem, mas depois vem o demónio e tira a palavra do seu coração para que não se salvem crendo.13 Os que estão sobre pedregulho, são os que, quando a ouvem, recebem com gosto a palavra, mas não têm raízes; por algum tempo acreditam, mas no tempo da tentação voltam atrás.14 A que caiu entre espinhos, representa aqueles que ouviram a palavra, porém, indo por diante, ficam sufocados pelos cuidados, pelas riquezas e pelos prazeres desta vida, e não dão fruto.15 Enfim, a que caiu em terra boa, representa aqueles que, ouvindo a palavra com o coração recto e bom, a conservam e dão fruto com a sua perseverança.