VALE LA PENA LEERLA!!! (E DIZER NÓS VOS AMAMOS E ESTAMOS PROFUNDA E CONVICTAMENTE GRATOS, QUE O SENHOR POR INTERCESSÃO DA VIRGEM MARIA VOS PROTEJA)
Soy un simple sacerdote católico uruguayo que hace 20 años vivo en Angola.
Me siento feliz y orgulloso de mi vocación.
Me da un gran dolor por el profundo mal que sacerdotes, que deberían
ser señales del amor de Dios, sean un puñal en la vida de inocentes.
No hay palabras que justifique tales repugnantes actos.
Veo en muchos medios de información, la ampliación del tema en forma
morbosa, investigando en detalles la vida de algún sacerdote pedófilo.
Así aparece uno de una ciudad de USA, de la década del 70, otro en
Australia de los años 80 y así de frente, otros casos recientes…
¡Es curiosa la poca noticia y desinterés por miles y miles de
sacerdotes que se consumen por millones de niños, por los adolescentes
y los más desfavorecidos en los cuatro ángulos del mundo!
Pienso que los medios de información no le interesa que yo haya tenido
que transportar, por caminos minados en el año 2002, a muchos niños
desnutridos desde Cangumbe a Lwena (Angola), pues ni el gobierno se
disponía y las ONG’s no estaban autorizadas.
No ha sido noticia que haya tenido que enterrar decenas de pequeños
fallecidos entre los desplazados de guerra y los que han retornado;
que le hayamos salvado la vida a miles de personas en Moxico mediante
el único puesto médico en 90.000 km2, así como con la distribución de
alimentos y semillas;
que hayamos dado la oportunidad de educación en estos 10 años y
escuelas a más de 110.000 niños...
No es de interés que con otros sacerdotes hayamos tenido que socorrer
la crisis humanitaria de cerca de 15.000 personas en los
acuartelamientos de la guerrilla, después de su rendición, porque no
llegaban los alimentos del Gobierno y la ONU.
No es noticia que un sacerdote de 75 años, el P. Roberto, por las
noches recorra las ciudad de Luanda curando a los chicos de la calle,
llevándolos a una casa de acogida, para que se desintoxiquen de la
gasolina;
que alfabeticen cientos de presos;
que otros sacerdotes, como P. Stefano, tengan hogares transitorios
para los chicos que son golpeados, maltratados y hasta violados y
buscan un refugio.
Tampoco que Fray Maiato con sus 80 años, pase casa por casa
confortando los enfermos y desesperados.
No es noticia que más de 60.000 de los 400.000 sacerdotes, y
religiosos hayan dejado su tierra y su familia para servir a sus
hermanos en una leprosería, en hospitales, campos de refugiados,
orfanatos para niños acusados de hechiceros o huérfanos de padres que
fallecieron con Sida, en escuelas para los más pobres, en centros de
formación profesional, en centros de atención a cero positivos…
o en parroquias y misiones dando motivaciones a la gente para vivir y amar.
No es noticia que mi amigo, el P. Marcos Aurelio, por salvar a unos
jóvenes durante la guerra en Angola, lo haya transportado de Kalulo a
Dondo y volviendo a su misión haya sido ametrallado en el camino;
que el hermano Francisco, con cinco señoras catequistas, por ir a
ayudar a las áreas rurales más recónditas hayan muerto en un asalto en
la calle;
que decenas de misioneros en Angola hayan muerto por falta de socorro
sanitario, por una simple malaria;
que otros hayan saltado por los aires, a causa de una mina, visitando
a su gente.
En el cementerio de Kalulo están las tumbas de los primeros sacerdotes
que llegaron a la región…
Ninguno pasa los 40 años.
No es noticia acompañar la vida de un Sacerdote “normal” en su día a
día, en sus dificultades y alegrías consumiendo sin ruido su vida a
favor de la comunidad que sirve.
La verdad es que no procuramos ser noticia, sino simplemente llevar la
Buena Noticia, esa noticia que sin ruido comenzó en la noche de
Pascua.
Hace más ruido un árbol que cae, que un bosque que crece.
No pretendo hacer una apología de la Iglesia y ni de los sacerdotes.
El sacerdote no es ni un héroe ni un neurótico.
Es un simple hombre, que con su humanidad busca seguir a Jesús y
servir sus hermanos.
Pbro. Martín Lasarte (salesiano) - Angola
terça-feira, 1 de junho de 2010
“Família” portuense em desfile de fé na noite de ontem
Cerca de 50 mil pessoas iluminaram com velas as ruas da Baixa entre a Lapa e a Sé, para acompanhar a imagem de Nossa Senhora.
Cerca de 50 mil pessoas iluminaram com velas as ruas da Baixa do Porto, entre a Lapa e a Sé, para acompanhar a imagem de Nossa Senhora. D. Manuel Clemente, bispo do Porto, diz que a multidão que marcou presença na iniciativa é uma família.
“Precisamente aquela família que Jesus e Maria formam connosco. Nós dizemos estas coisas e acreditamos nelas, mas há momentos em que as vivemos de maneira mais expressiva e impressiva e creio que nos faz muito bem, porque quando nós vivemos estas celebrações de uma maneira tão intensa, percebemos melhor o que temos para oferecer ao mundo.”
A procissão contou com intervenções de algumas personalidades da cidade, entre elas o banqueiro Artur Santos Silva. “É impressionante o ideal religioso, a mobilização da cidade para este acto mariano e tudo aquilo que D. Manuel Clemente está a fazer para nos acordar ainda mais para a fé”.
Na despedida da procissão, enquanto os fiéis apagavam as velas, o bispo do Porto convidou os presentes a manter a chama da fé acesa dentro de si: “As velas continuam acesas no vosso coração para fazer das vossas vidas uma visitação permanente”.
(Fonte: site Rádio Renascença)
Cerca de 50 mil pessoas iluminaram com velas as ruas da Baixa do Porto, entre a Lapa e a Sé, para acompanhar a imagem de Nossa Senhora. D. Manuel Clemente, bispo do Porto, diz que a multidão que marcou presença na iniciativa é uma família.
“Precisamente aquela família que Jesus e Maria formam connosco. Nós dizemos estas coisas e acreditamos nelas, mas há momentos em que as vivemos de maneira mais expressiva e impressiva e creio que nos faz muito bem, porque quando nós vivemos estas celebrações de uma maneira tão intensa, percebemos melhor o que temos para oferecer ao mundo.”
A procissão contou com intervenções de algumas personalidades da cidade, entre elas o banqueiro Artur Santos Silva. “É impressionante o ideal religioso, a mobilização da cidade para este acto mariano e tudo aquilo que D. Manuel Clemente está a fazer para nos acordar ainda mais para a fé”.
Na despedida da procissão, enquanto os fiéis apagavam as velas, o bispo do Porto convidou os presentes a manter a chama da fé acesa dentro de si: “As velas continuam acesas no vosso coração para fazer das vossas vidas uma visitação permanente”.
(Fonte: site Rádio Renascença)
Maria, o exemplo mais límpido e o significado mais verdadeiro do caminho da Igreja: Bento XVI no encerramento do mês de Maio
Maria é o exemplo mais límpido e o significado mais verdadeiro do caminho da Igreja. Estas as palavras de Bento XVI no final da vigília de oração para a conclusão do mês mariano, ontem á noite nos Jardins do Vaticano. Central foi também a referência á profunda saudade que o mundo tem de Jesus e o apelo a uma civilização justa e livre.
Referindo-se à liturgia do dia, que narrava a visita de Maria à sua prima, Isabel, grávida e já não jovem o Papa sublinhou que nessa visita podemos reconhecer o exemplo mais límpido e o significado mais verdadeiro do nosso caminho como fiéis, e do caminho da própria Igreja:
"A Igreja é, por sua natureza, missionária; é chamada a anunciar o Evangelho em todos os recantos do mundo, e a transmitir a fé a cada homem e mulher, em todas as culturas."
A viagem de Maria foi uma "autêntica viagem missionária", a mesma viagem para fora de nós mesmos, para além das nossas limitações – que Cristo pede a cada um de nós, para darmos testemunho d'Ele, até os confins da Terra.
Maria permanece com a prima Isabel durante três meses – narra o evangelista Lucas. Ela soubera, por intermédio do Anjo, que Isabel estava grávida de seis meses. Isabel já não era jovem e a presença da jovem Maria ao seu lado podia ser-lhe muito útil. Eis porque Maria foi ter com ela e ali permaneceu: para oferecer-lhe aquela afectuosa proximidade, aquela ajuda concreta e aqueles serviços quotidianos de que Isabel tanto necessitava.
"Isabel – sublinhou o Papa – torna-se, assim, o símbolo das pessoas idosas e doentes, de todos aqueles que necessitam de ajuda e de amor. E quantas destas existem, ainda hoje, nas nossas famílias, nas nossas comunidades e nas nossas cidades!"
Mas a caridade de Maria não se detém na ajuda concreta, ela vai além; faz com que a prima encontre Jesus. De facto – narra o evangelista Lucas – logo que viu Maria, o bebé de Isabel mexeu-se no seu ventre: "É o fulcro e o ápice – disse o Santo Padre – da missão evangelizadora; é o significado mais verdadeiro e o objectivo mais genuíno de todo percurso missionário: doar aos homens o Evangelho vivo e pessoal, que é o próprio Senhor Jesus." "Jesus é o verdadeiro e único tesouro que temos e devemos dar à humanidade. É d'Ele que os homens e mulheres do nosso tempo sentem a falta, ainda quando parecem ignorá-Lo ou recusá-Lo. É d'Ele que tem necessidade a sociedade em que vivemos, a Europa e o mundo inteiro" – frisou Bento XVI.
O Papa concluiu, sublinhando que devemos viver com alegria e empenho essa extraordinária responsabilidade que nos é confiada, a fim que a nossa civilização seja, realmente, "uma civilização na qual reinem a verdade, a liberdade e o amor, pilares fundamentais e insubstituíveis de uma verdadeira convivência ordenada e pacífica".
(Fonte: site Radio Vaticana)
S. Josemaría nesta data em 1933
“O trabalho esgota o teu corpo, e não podes fazer oração. – Estás sempre na presença do teu Pai. Se não falas com Ele, olha para Ele de vez em quando, como um pequenito… e Ele sorrir-te-á”, anota hoje.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Edições do’ L’Osservatore Romano’ da II Guerra Mundial publicados na net
A iniciativa parte de uma ONG que trabalha na área do diálogo inter-religioso e pretende clarificar a questão do papel da Igreja durante a guerra.
A Pave the Way Foundation, uma organização dedicada ao diálogo inter-religioso e chefiada pelo judeu Elliot Hershberg, obteve autorização do L’Osservatore Romano, visto como sendo o jornal oficial do Vaticano, para publicar na internet as suas edições do período da Segunda Guerra Mundial.
“É um grande passo no sentido de educar os historiadores legítimos em todo o mundo. Têm sido feitas muitas referências a artigos do L’Osservatore Romano ao longo dos anos, tanto negativas como positivas, e agora estas poderão ser verificadas on-line”.
A Pave the Way Foundation tem feito muitos esforços nos últimos anos para ajudar a clarificar o papel da Igreja Católica, e em particular de Pio XII, durante a guerra, e tem publicado documentação, por vezes inédita, que desmente a ideia de que o Papa nada terá feito para ajudar os judeus.
A organização já reuniu dezenas de milhares de páginas de documentação no seu site: www.ptwf.org. Esse acervo ficará significativamente maior com a adição dos jornais em formato digital.
(Fonte: site Rádio Renascença)
A Pave the Way Foundation, uma organização dedicada ao diálogo inter-religioso e chefiada pelo judeu Elliot Hershberg, obteve autorização do L’Osservatore Romano, visto como sendo o jornal oficial do Vaticano, para publicar na internet as suas edições do período da Segunda Guerra Mundial.
“É um grande passo no sentido de educar os historiadores legítimos em todo o mundo. Têm sido feitas muitas referências a artigos do L’Osservatore Romano ao longo dos anos, tanto negativas como positivas, e agora estas poderão ser verificadas on-line”.
A Pave the Way Foundation tem feito muitos esforços nos últimos anos para ajudar a clarificar o papel da Igreja Católica, e em particular de Pio XII, durante a guerra, e tem publicado documentação, por vezes inédita, que desmente a ideia de que o Papa nada terá feito para ajudar os judeus.
A organização já reuniu dezenas de milhares de páginas de documentação no seu site: www.ptwf.org. Esse acervo ficará significativamente maior com a adição dos jornais em formato digital.
(Fonte: site Rádio Renascença)
Que tem mais influência no comportamento das pessoas?
É uma constante que alguns média ataquem mais ou menos indirectamente a chamada "família tradicional", e igualmente a religião, em especial a católica. Para lá da informação, não deixará de ser útil procurar para isso uma explicação de fundo.
Que tem mais influência mais no comportamento concreto do comum das pessoas, que, se descontarmos os casos extremos para um lado ou para o outro, representam em média 60 ou 70% do total? O paradigma dominante na época, difundido sobretudo pelos média? A experiência concreta, próxima, do que se vê no nosso entorno, as circunstâncias familiares, os grupos ou instituições a que se pertence? Ou as convicções interiores, o "modelo de vida"?
Três factores
Estes três factores - os principais, a par de outros - influem em simultâneo e, em alguns casos, influem um sobre o outro. Se as convicções forem fortes e arreigadas, o paradigma mediático terá pouca força; se essas convicções forem fracas e pouco fundamentadas, o paradigma acabará na prática por determinar a conduta, porque há sempre o "Maria vai com as outras".
Partindo do aspecto pessoal, do mais íntimo, quando as convicções são sólidas e fundamentadas, serão elas o mais influente e o mais decisivo. Mas tal acontece apenas com uma escassa minoria da população. Uma convicção fundamentada não é um mero costume herdado, nem sequer uma espécie de obstinação: implica esforço por procurar a verdade e estudá-la e coerência entre o que se crê e o que se faz.
Uma maior percentagem de pessoas atém-se ao que viu fazer e ao que se faz no âmbito da sua família. Não se trata já de convicções adquiridas, mas sim herdadas. Para isto, é necessário que o modelo familiar funcione como uma estrutura relativamente sólida.
Papel semelhante ao da família "estruturada" desempenha o grupo de amigos ou a participação em alguma organização, podendo esta ter fins muito diversos: desde uma tribo urbana a uma ONG, uma instituição de carácter religioso, etc.
O influxo do paradigma difundido pelos média é fraco, pelo facto de ser externo. Não representa o que "se vê em directo" ou "se experimenta", mas o que "se vê" em imagens reflexas, "se lê" ou "se ouve". Mais do que determinar comportamentos, os média são "aceites" por quem já de antemão pensa como eles. É claro que a partir daí existe uma efectiva influência dos média, posto que eles cultivam as ideias, as crenças, etc. de quem lhes é afecto. É tão real F. escolher um média com determinada tendência como esse média escolher F.
Uma hipótese
Formulemos uma hipótese: se no comum das pessoas (ou seja, a maioria de pessoas sem convicções profundas, procuradas ou conquistadas) a influência dos média for x, a influência no seu ambiente próximo (família, grupo de amigos, organizações a que pertença) será nx, sendo n uma quantidade positiva.
Nada disto se pode medir com exactidão, mas podemos mostrar que é plausível. Por exemplo, é próprio de cada época determinar, através dos média (de um sermão a um livro difundido, de revistas ao cinema, da rádio à televisão, etc.), "o politicamente correcto", querendo "politicamente" na realidade dizer "socialmente". Através dos média - seja de que tipo forem - procura-se impor um paradigma, mesmo que se usem armas de tipos diferentes: desde a persuasão e a repetição à demonização das atitudes contrárias. Apesar de tudo isso, "o socialmente correcto", mesmo que pareça dominante, não consegue abafar uma minoria, constituída precisamente por quem mais pensa, e que se revela crítica e inconformista.
Opinião pública real e opinião publicada
Esta hipótese tem muito a ver com a produtiva e esclarecedora distinção entre "opinião pública real" e "opinião publicada".
A opinião pública real é a soma das opiniões de todos os indivíduos adultos que compõem uma determinada sociedade, coisa que só se consegue saber com fiabilidade perguntando a todos eles. Como isso na prática sai caro e é inviável, recorre-se a sondagens de opinião. No entanto, estas são sempre tendenciosas: primeiro, pelo modo, a qualidade, a forma e o conteúdo da pergunta; depois, pelas diversas atitudes face à "necessidade" de responder, já que não é novidade que poucas, algumas ou muitas pessoas respondem o que acham que devem responder, mesmo sem ser o que realmente pensam.
A opinião publicada é a soma contrastada da opinião na prática defendida pelos diferentes média. Tal opinião é, em muitos casos, a "linha editorial" e corresponde a interesses comerciais, ideológicos ou políticos. Essa opinião publicada é na realidade a opinião de determinados grupos que pretendem ganhar mais influência ao fazerem passar essa opinião particular pela opinião geral e pública.
Ainda que a experiência próxima influa mais nos comportamentos do que os média, o ponto fraco dessa experiência é o facto de ser fragmentária, de que não acrescenta, ou pelo menos, não se vê que acrescente valor. E quem pretende influir ideologicamente através dos média - o que significará, entre outras coisas, que o negócio dos média irá prosperar - está interessado em fragmentar cada vez mais a experiência próxima.
O caso da família
Nesse sentido, é exemplar o tratamento que em não poucos média recebe a chamada "família tradicional".
Desde que existem seres humanos, a estrutura familiar básica, o que em antropologia cultural se designa por "família nuclear", é uma sociedade composta por um homem e uma mulher, que normalmente têm filhos. Prescindindo agora de qualquer consideração ética ou religiosa, essa família "funciona" quando tem assegurada a sua unidade, condição indispensável para os fins do apoio mútuo dos cônjuges (também no que se refere à sexualidade), da obtenção dos meios para o seu sustento e da criação e educação dos filhos. Essa unidade pode também dar-se na união do homem e da mulher, no que se poderia chamar "casamento natural", sem nenhuma celebração, embora a lei acabe sempre por regulamentar de algum modo essa "união de facto". Portanto, aquilo que com certo matiz ideológico se costuma chamar "família tradicional", não é senão a "família funcional".
Pode acontecer e sempre aconteceu que o projecto de família não chegue a seu termo, por "falta de contributo" de uma das partes. Não se dá muita conta de tal circunstância quando não há descendência, mas se existe descendência, surge a situação de "mãe solteira" (e, em casos menos frequentes, a de "pai solteiro"). Já não estamos agora perante uma família funcional, mas perante uma situação de facto.
A família funcional é ao mesmo tempo ideal e real. E, como sempre acontece com a distinção entre ideal e real, pode dar-se um desajuste: a família pode desfazer-se, desunir-se. O divórcio é um fenómeno quase tão antigo como o ser humano. Se o divorciado ou a divorciada não têm filhos, o resultado do divórcio não é uma família, mas um estado civil: separado/a, divorciado/a. Se o divorciado ou a divorciada contraem uma nova união, o resultado é - para efeitos civis - uma nova família, que é simultaneamente funcional (se se der a condição da unidade) e disfuncional, sobretudo no caso de haver filhos do casamento anterior, e isto nota-se, sobretudo do ponto de vista dos filhos, no facto de terem dois pais e duas mães. Situação que a boa vontade pode dulcificar, mas que nem por isso deixa de ser disfuncional.
Quando se quer atacar e fragmentar o ambiente próximo da família funcional, começa-se por dizer que a "família tradicional" (quer dizer, a funcional) não se pode considerar nem o único nem o mais valioso "modelo" de família. Que família é a mãe solteira ou o pai solteiro e são famílias as dos divorciados. Mas depois vai-se mais além: chama-se família à união de duas pessoas do mesmo sexo, legalizando o falsamente chamado "casamento homossexual".
Ao negar-se às mães ou pais solteiros, às famílias de divorciados ou às uniões homossexuais o carácter de família funcional, não se pretende dizer nada contra as pessoas que se encontram em tais situações, que deverão ver reconhecidos os seus direitos como seres humanos. Mas apresentar esse leque de "famílias" todas ao mesmo nível costuma ser um modo indirecto de fragmentar e desprestigiar a família funcional, que continua a ser o melhor ambiente para cuidar e educar os filhos, ou seja, para cuidar de todos porque, embora nem todos sejamos pais ou mães, todos somos filhos.
O caso das instituições
A seguir à família, ou ao mesmo nível, estão as instituições capazes de dar sentido à vida de uma pessoa. Existem muitas, mas as mais espalhadas são as de carácter religioso.
É certo que na história da humanidade, e mesmo hoje, existem grupos que se apresentam como religiosos sem na verdade o serem, na medida em que incitam à divisão, ao ódio ou ao fanatismo. Se religião, no seu sentido mais elementar, é a "religação" do ser humano com Deus, e Deus é o Bem supremo, favorecer o mal não é compatível com a religião. Ou uma religião é uma religião de amor, ou não é religião nenhuma. A tradição judaico-cristã coincide neste mandamento, como sendo o principal: "Amar a Deus sobre todas as coisas e amar os outros como a nós mesmos". O cristianismo deu um salto de qualidade ao proclamar: "Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei".
Promover o desprestígio da religião em geral e do cristianismo em particular (e do catolicismo com especial sanha) é outro modo de acabar com os ambientes de experiência próxima, que proporcionam a formação necessária para se não sucumbir ao "socialmente correcto".
Tudo isto são considerações gerais, mas é o pensamento crítico que consegue ir ao fundo das questões - neste caso, dos diversos ataques à família e à Igreja.
Rafael Gómez Pérez
Aceprensa
Que tem mais influência mais no comportamento concreto do comum das pessoas, que, se descontarmos os casos extremos para um lado ou para o outro, representam em média 60 ou 70% do total? O paradigma dominante na época, difundido sobretudo pelos média? A experiência concreta, próxima, do que se vê no nosso entorno, as circunstâncias familiares, os grupos ou instituições a que se pertence? Ou as convicções interiores, o "modelo de vida"?
Três factores
Estes três factores - os principais, a par de outros - influem em simultâneo e, em alguns casos, influem um sobre o outro. Se as convicções forem fortes e arreigadas, o paradigma mediático terá pouca força; se essas convicções forem fracas e pouco fundamentadas, o paradigma acabará na prática por determinar a conduta, porque há sempre o "Maria vai com as outras".
Partindo do aspecto pessoal, do mais íntimo, quando as convicções são sólidas e fundamentadas, serão elas o mais influente e o mais decisivo. Mas tal acontece apenas com uma escassa minoria da população. Uma convicção fundamentada não é um mero costume herdado, nem sequer uma espécie de obstinação: implica esforço por procurar a verdade e estudá-la e coerência entre o que se crê e o que se faz.
Uma maior percentagem de pessoas atém-se ao que viu fazer e ao que se faz no âmbito da sua família. Não se trata já de convicções adquiridas, mas sim herdadas. Para isto, é necessário que o modelo familiar funcione como uma estrutura relativamente sólida.
Papel semelhante ao da família "estruturada" desempenha o grupo de amigos ou a participação em alguma organização, podendo esta ter fins muito diversos: desde uma tribo urbana a uma ONG, uma instituição de carácter religioso, etc.
O influxo do paradigma difundido pelos média é fraco, pelo facto de ser externo. Não representa o que "se vê em directo" ou "se experimenta", mas o que "se vê" em imagens reflexas, "se lê" ou "se ouve". Mais do que determinar comportamentos, os média são "aceites" por quem já de antemão pensa como eles. É claro que a partir daí existe uma efectiva influência dos média, posto que eles cultivam as ideias, as crenças, etc. de quem lhes é afecto. É tão real F. escolher um média com determinada tendência como esse média escolher F.
Uma hipótese
Formulemos uma hipótese: se no comum das pessoas (ou seja, a maioria de pessoas sem convicções profundas, procuradas ou conquistadas) a influência dos média for x, a influência no seu ambiente próximo (família, grupo de amigos, organizações a que pertença) será nx, sendo n uma quantidade positiva.
Nada disto se pode medir com exactidão, mas podemos mostrar que é plausível. Por exemplo, é próprio de cada época determinar, através dos média (de um sermão a um livro difundido, de revistas ao cinema, da rádio à televisão, etc.), "o politicamente correcto", querendo "politicamente" na realidade dizer "socialmente". Através dos média - seja de que tipo forem - procura-se impor um paradigma, mesmo que se usem armas de tipos diferentes: desde a persuasão e a repetição à demonização das atitudes contrárias. Apesar de tudo isso, "o socialmente correcto", mesmo que pareça dominante, não consegue abafar uma minoria, constituída precisamente por quem mais pensa, e que se revela crítica e inconformista.
Opinião pública real e opinião publicada
Esta hipótese tem muito a ver com a produtiva e esclarecedora distinção entre "opinião pública real" e "opinião publicada".
A opinião pública real é a soma das opiniões de todos os indivíduos adultos que compõem uma determinada sociedade, coisa que só se consegue saber com fiabilidade perguntando a todos eles. Como isso na prática sai caro e é inviável, recorre-se a sondagens de opinião. No entanto, estas são sempre tendenciosas: primeiro, pelo modo, a qualidade, a forma e o conteúdo da pergunta; depois, pelas diversas atitudes face à "necessidade" de responder, já que não é novidade que poucas, algumas ou muitas pessoas respondem o que acham que devem responder, mesmo sem ser o que realmente pensam.
A opinião publicada é a soma contrastada da opinião na prática defendida pelos diferentes média. Tal opinião é, em muitos casos, a "linha editorial" e corresponde a interesses comerciais, ideológicos ou políticos. Essa opinião publicada é na realidade a opinião de determinados grupos que pretendem ganhar mais influência ao fazerem passar essa opinião particular pela opinião geral e pública.
Ainda que a experiência próxima influa mais nos comportamentos do que os média, o ponto fraco dessa experiência é o facto de ser fragmentária, de que não acrescenta, ou pelo menos, não se vê que acrescente valor. E quem pretende influir ideologicamente através dos média - o que significará, entre outras coisas, que o negócio dos média irá prosperar - está interessado em fragmentar cada vez mais a experiência próxima.
O caso da família
Nesse sentido, é exemplar o tratamento que em não poucos média recebe a chamada "família tradicional".
Desde que existem seres humanos, a estrutura familiar básica, o que em antropologia cultural se designa por "família nuclear", é uma sociedade composta por um homem e uma mulher, que normalmente têm filhos. Prescindindo agora de qualquer consideração ética ou religiosa, essa família "funciona" quando tem assegurada a sua unidade, condição indispensável para os fins do apoio mútuo dos cônjuges (também no que se refere à sexualidade), da obtenção dos meios para o seu sustento e da criação e educação dos filhos. Essa unidade pode também dar-se na união do homem e da mulher, no que se poderia chamar "casamento natural", sem nenhuma celebração, embora a lei acabe sempre por regulamentar de algum modo essa "união de facto". Portanto, aquilo que com certo matiz ideológico se costuma chamar "família tradicional", não é senão a "família funcional".
Pode acontecer e sempre aconteceu que o projecto de família não chegue a seu termo, por "falta de contributo" de uma das partes. Não se dá muita conta de tal circunstância quando não há descendência, mas se existe descendência, surge a situação de "mãe solteira" (e, em casos menos frequentes, a de "pai solteiro"). Já não estamos agora perante uma família funcional, mas perante uma situação de facto.
A família funcional é ao mesmo tempo ideal e real. E, como sempre acontece com a distinção entre ideal e real, pode dar-se um desajuste: a família pode desfazer-se, desunir-se. O divórcio é um fenómeno quase tão antigo como o ser humano. Se o divorciado ou a divorciada não têm filhos, o resultado do divórcio não é uma família, mas um estado civil: separado/a, divorciado/a. Se o divorciado ou a divorciada contraem uma nova união, o resultado é - para efeitos civis - uma nova família, que é simultaneamente funcional (se se der a condição da unidade) e disfuncional, sobretudo no caso de haver filhos do casamento anterior, e isto nota-se, sobretudo do ponto de vista dos filhos, no facto de terem dois pais e duas mães. Situação que a boa vontade pode dulcificar, mas que nem por isso deixa de ser disfuncional.
Quando se quer atacar e fragmentar o ambiente próximo da família funcional, começa-se por dizer que a "família tradicional" (quer dizer, a funcional) não se pode considerar nem o único nem o mais valioso "modelo" de família. Que família é a mãe solteira ou o pai solteiro e são famílias as dos divorciados. Mas depois vai-se mais além: chama-se família à união de duas pessoas do mesmo sexo, legalizando o falsamente chamado "casamento homossexual".
Ao negar-se às mães ou pais solteiros, às famílias de divorciados ou às uniões homossexuais o carácter de família funcional, não se pretende dizer nada contra as pessoas que se encontram em tais situações, que deverão ver reconhecidos os seus direitos como seres humanos. Mas apresentar esse leque de "famílias" todas ao mesmo nível costuma ser um modo indirecto de fragmentar e desprestigiar a família funcional, que continua a ser o melhor ambiente para cuidar e educar os filhos, ou seja, para cuidar de todos porque, embora nem todos sejamos pais ou mães, todos somos filhos.
O caso das instituições
A seguir à família, ou ao mesmo nível, estão as instituições capazes de dar sentido à vida de uma pessoa. Existem muitas, mas as mais espalhadas são as de carácter religioso.
É certo que na história da humanidade, e mesmo hoje, existem grupos que se apresentam como religiosos sem na verdade o serem, na medida em que incitam à divisão, ao ódio ou ao fanatismo. Se religião, no seu sentido mais elementar, é a "religação" do ser humano com Deus, e Deus é o Bem supremo, favorecer o mal não é compatível com a religião. Ou uma religião é uma religião de amor, ou não é religião nenhuma. A tradição judaico-cristã coincide neste mandamento, como sendo o principal: "Amar a Deus sobre todas as coisas e amar os outros como a nós mesmos". O cristianismo deu um salto de qualidade ao proclamar: "Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei".
Promover o desprestígio da religião em geral e do cristianismo em particular (e do catolicismo com especial sanha) é outro modo de acabar com os ambientes de experiência próxima, que proporcionam a formação necessária para se não sucumbir ao "socialmente correcto".
Tudo isto são considerações gerais, mas é o pensamento crítico que consegue ir ao fundo das questões - neste caso, dos diversos ataques à família e à Igreja.
Rafael Gómez Pérez
Aceprensa
Fui e sou, ‘o carpinteiro da minha cruz’
Tema para reflexão
Deus na Sua vida íntima (1)
Deus não só possui uma vida íntima, mas Deus é – identifica-se com – a Sua vida íntima, uma vida caracterizada por eternas relações vitais de conhecimento e de amor, que nos levam a expressar o mistério da divindade em termos de processões.
De facto, os nomes revelados das três Pessoas divinas exigem que se pense em Deus como o proceder eterno do Filho do Pai e na mútua relação – também eterna – do Amor que «procede do Pai» (Jo 15, 26) e «toma do Filho» (Jo 16, 14), que é o Espírito Santo. A Revelação fala-nos, assim, de duas processões em Deus: a geração do Verbo (Cf. Jo 17. 6) e a processão do Espírito Santo. Com a característica peculiar de que ambas são relações imanentes, porque estão em Deus: mais ainda, são o próprio Deus, enquanto Deus é Pessoal; quando falamos de processão, pensamos habitualmente em algo que sai de outro e implica mudança e movimento. Visto que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus Uno e Trino (cf. Gn 1, 2 26-27), a melhor analogia com as processões divinas podemos encontrá-la no espírito humano, onde o conhecimento que temos de nós próprios não sai para o exterior: o conceito que fazemos de nós é distinto de nós mesmos, mas não está fora de nós. O mesmo se pode dizer do amor que temos para connosco. De forma parecida, em Deus o Filho procede do Pai e é Imagem Sua, da mesma forma como o conceito é imagem da realidade conhecida. Só que esta Imagem em Deus é tão perfeita que é Deus mesmo, com toda a Sua infinitude, a Sua eternidade, a Sua omnipotência: o Filho é uma só coisa com o Pai, o próprio Algo, essa é a única e indivisa natureza divina, embora seja outro Alguém. O Símbolo de Niceia-Constantinopla exprime-o com a fórmula «Deus de Deus, Luz de Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro». O facto é que o Pai gera o Filho dando-se a Ele, entregando-lhe a Sua substância e a Sua natureza, não em parte, como acontece na geração humana, mas perfeita e infinitamente.
O mesmo se pode dizer do Espírito Santo, que procede como o Amor do Pai e do Filho. Procede de ambos, porque é o Dom eterno e incriado que o Pai entrega ao Filho gerando-o e que o Filho devolve ao Pai como resposta ao Seu Amor. Este Dom é Dom de si, porque o Pai gera o Filho comunicando-lhe total e perfeitamente o Seu próprio Ser mediante o Seu Espírito. A terceira Pessoa é, portanto, o Amor mútuo entre o Pai e o Filho . O nome técnico desta segunda processão é espiração. Seguindo a analogia do conhecimento e do amor, pode dizer-se que o Espírito procede como a vontade que se move para o Bem conhecido.
(GIULIO MASPERO)
Agradecimento: António Mexia Alves
Deus não só possui uma vida íntima, mas Deus é – identifica-se com – a Sua vida íntima, uma vida caracterizada por eternas relações vitais de conhecimento e de amor, que nos levam a expressar o mistério da divindade em termos de processões.
De facto, os nomes revelados das três Pessoas divinas exigem que se pense em Deus como o proceder eterno do Filho do Pai e na mútua relação – também eterna – do Amor que «procede do Pai» (Jo 15, 26) e «toma do Filho» (Jo 16, 14), que é o Espírito Santo. A Revelação fala-nos, assim, de duas processões em Deus: a geração do Verbo (Cf. Jo 17. 6) e a processão do Espírito Santo. Com a característica peculiar de que ambas são relações imanentes, porque estão em Deus: mais ainda, são o próprio Deus, enquanto Deus é Pessoal; quando falamos de processão, pensamos habitualmente em algo que sai de outro e implica mudança e movimento. Visto que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus Uno e Trino (cf. Gn 1, 2 26-27), a melhor analogia com as processões divinas podemos encontrá-la no espírito humano, onde o conhecimento que temos de nós próprios não sai para o exterior: o conceito que fazemos de nós é distinto de nós mesmos, mas não está fora de nós. O mesmo se pode dizer do amor que temos para connosco. De forma parecida, em Deus o Filho procede do Pai e é Imagem Sua, da mesma forma como o conceito é imagem da realidade conhecida. Só que esta Imagem em Deus é tão perfeita que é Deus mesmo, com toda a Sua infinitude, a Sua eternidade, a Sua omnipotência: o Filho é uma só coisa com o Pai, o próprio Algo, essa é a única e indivisa natureza divina, embora seja outro Alguém. O Símbolo de Niceia-Constantinopla exprime-o com a fórmula «Deus de Deus, Luz de Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro». O facto é que o Pai gera o Filho dando-se a Ele, entregando-lhe a Sua substância e a Sua natureza, não em parte, como acontece na geração humana, mas perfeita e infinitamente.
O mesmo se pode dizer do Espírito Santo, que procede como o Amor do Pai e do Filho. Procede de ambos, porque é o Dom eterno e incriado que o Pai entrega ao Filho gerando-o e que o Filho devolve ao Pai como resposta ao Seu Amor. Este Dom é Dom de si, porque o Pai gera o Filho comunicando-lhe total e perfeitamente o Seu próprio Ser mediante o Seu Espírito. A terceira Pessoa é, portanto, o Amor mútuo entre o Pai e o Filho . O nome técnico desta segunda processão é espiração. Seguindo a analogia do conhecimento e do amor, pode dizer-se que o Espírito procede como a vontade que se move para o Bem conhecido.
(GIULIO MASPERO)
Agradecimento: António Mexia Alves
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
São Columbano (563-615), monge, fundador de mosteiros
Instrução 11, 1-4: PL 80, 250-252 (a partir da trad. Orval)
«De quem é esta imagem?»
Moisés escreveu na Lei: «Deus fez o homem à Sua imagem e semelhança» (Gn 1, 26). Peço-vos que considereis a importância desta afirmação: Deus, o omnipotente, o invisível, o incompreensível, o inestimável, ao formar o homem com o barro da terra, enobreceu-o com a imagem da Sua própria grandeza. O que têm em comum o homem e Deus, o barro e o espírito? Com efeito, «Deus é espírito» (Jo 4, 24). Foi, pois, uma grande prova de estima pelo homem ter-lhe Deus concedido a imagem da Sua eternidade e a semelhança da Sua própria vida. A grandeza do homem é a sua semelhança com Deus, desde que a conserve. [...]
Enquanto a alma fizer bom uso das virtudes nela semeadas, será semelhante a Deus. Deus ensinou-nos a remeter para Ele todas as virtudes que colocou em nós quando nos criou. Pede-nos, antes de mais, que amemos a Deus com todo o coração (Dt 6, 5), porque «Ele amou-nos primeiro» (1Jo 4, 10), amou-nos desde o começo, antes mesmo de existirmos. Amar a Deus é, pois, renovar em nós a Sua imagem. Ora, ama a Deus aquele que guarda os Seus mandamentos. [...]
Temos, pois, o dever de reflectir em honra do nosso Deus, do nosso Pai, a imagem inviolada da Sua santidade, porque Ele é santo e nos disse: «Sede santos como Eu sou santo» (Lv 11, 45); com amor, porque Ele é amor e João disse: «Deus é amor» (1Jo 4, 8); com ternura e em verdade, porque Deus é bom e verdadeiro. Não sejamos pintores de uma imagem infiel. [...] E, a fim de não introduzirmos em nós a imagem do orgulho, consintamos que Cristo pinte a Sua imagem em nós.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Instrução 11, 1-4: PL 80, 250-252 (a partir da trad. Orval)
«De quem é esta imagem?»
Moisés escreveu na Lei: «Deus fez o homem à Sua imagem e semelhança» (Gn 1, 26). Peço-vos que considereis a importância desta afirmação: Deus, o omnipotente, o invisível, o incompreensível, o inestimável, ao formar o homem com o barro da terra, enobreceu-o com a imagem da Sua própria grandeza. O que têm em comum o homem e Deus, o barro e o espírito? Com efeito, «Deus é espírito» (Jo 4, 24). Foi, pois, uma grande prova de estima pelo homem ter-lhe Deus concedido a imagem da Sua eternidade e a semelhança da Sua própria vida. A grandeza do homem é a sua semelhança com Deus, desde que a conserve. [...]
Enquanto a alma fizer bom uso das virtudes nela semeadas, será semelhante a Deus. Deus ensinou-nos a remeter para Ele todas as virtudes que colocou em nós quando nos criou. Pede-nos, antes de mais, que amemos a Deus com todo o coração (Dt 6, 5), porque «Ele amou-nos primeiro» (1Jo 4, 10), amou-nos desde o começo, antes mesmo de existirmos. Amar a Deus é, pois, renovar em nós a Sua imagem. Ora, ama a Deus aquele que guarda os Seus mandamentos. [...]
Temos, pois, o dever de reflectir em honra do nosso Deus, do nosso Pai, a imagem inviolada da Sua santidade, porque Ele é santo e nos disse: «Sede santos como Eu sou santo» (Lv 11, 45); com amor, porque Ele é amor e João disse: «Deus é amor» (1Jo 4, 8); com ternura e em verdade, porque Deus é bom e verdadeiro. Não sejamos pintores de uma imagem infiel. [...] E, a fim de não introduzirmos em nós a imagem do orgulho, consintamos que Cristo pinte a Sua imagem em nós.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 1 de Junho de 2010
São Marcos 12,13-17
13 Enviaram-Lhe alguns dos fariseus e dos herodianos, para que O apanhassem em alguma palavra.14 Chegando eles, disseram-Lhe: «Mestre, sabemos que és verdadeiro, que não atendes a respeitos humanos; porque não consideras o exterior dos homens, mas ensinas o caminho de Deus segundo a verdade: É lícito pagar o tributo a César, ou não? Devemos pagar ou não?».15 Jesus, reconhecendo a sua hipocrisia, disse-lhes: «Porque Me tentais? Trazei-Me um denário para Eu ver».16 Eles o trouxeram. Então disse-lhes: «De quem é esta imagem e esta inscrição?». Responderam-Lhe: «De César».17 Então Jesus disse-lhes: «Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus». E admiravam-n'O.
13 Enviaram-Lhe alguns dos fariseus e dos herodianos, para que O apanhassem em alguma palavra.14 Chegando eles, disseram-Lhe: «Mestre, sabemos que és verdadeiro, que não atendes a respeitos humanos; porque não consideras o exterior dos homens, mas ensinas o caminho de Deus segundo a verdade: É lícito pagar o tributo a César, ou não? Devemos pagar ou não?».15 Jesus, reconhecendo a sua hipocrisia, disse-lhes: «Porque Me tentais? Trazei-Me um denário para Eu ver».16 Eles o trouxeram. Então disse-lhes: «De quem é esta imagem e esta inscrição?». Responderam-Lhe: «De César».17 Então Jesus disse-lhes: «Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus». E admiravam-n'O.