sábado, 27 de março de 2010

Santa Sé perante a ONU: Proteger liberdade religiosa é defender os Direitos Humanos

O Observador Permanente da Santa Sé junto da ONU em Genebra, Arcebispo Silvano Tomasi, na sua intervenção na 13ª sessão do conselho de Direitos humanos sobre racismo, xenofobia e qualquer forma de intolerância, explicou que proteger a liberdade religiosa dos direitos humanos constitui uma parte fundamental na promoção dos direitos humanos.

Durante a sua intervenção desta semana, o Prelado referiu-se às constantes situações que ridicularizam a religião, suas personalidades e símbolos, assim como a generalizada percepção negativa da Igreja no âmbito público danificam a paz coexistente e ferem os sentimentos de muitos segmentos da família humana”.

Seguidamente indicou que o amparo da liberdade religiosa é parte dos Direitos humanos já que “os valores religiosos ajudam a orientar as pessoas ao que é certo e real”, D. Tomasi comentou que “como os sistemas religiosos são tão distintos e em alguns casos contraditórios, o respeito deverá nasce de uma fundação universal que é a pessoa humana”.

Por isso, prosseguiu o Prelado, “a legislação pertinente para o amparo religioso deverá estar orientada a obter o bem comum apoiada em valores, regras e princípios da natureza humana e que não esteja reflectida em uma religião específica.”

O Arcebispo continuou afirmando que “o estado não pode fazer o papel de árbitro num conflito religioso, decidindo sobre doutrinas religiosas: seria a negação da liberdade religiosa”.

O prelado assegurou que “um bom caminho para a paz coexistencial é a melhor atitude entre as religiões e culturas; isto pode obter-se mediante um melhorado diálogo entre as diferentes crenças, a sincera promoção do direito à liberdade religiosa em todos seus aspectos, e a franca e aberta discussão entre os representantes dos distintos sistemas religiosos”.

Para concluir, D. Tomasi apelou a todos os membros da ONU a transformarem os desafortunados incidentes de intolerância religiosa, numa oportunidade para um novo compromisso ao diálogo e reafirmar o direito e valor de pertencer a uma comunidade de fé.

(Fonte ‘ACI Digital’ com edição e adaptação de JPR)

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