segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Papa em discurso à Cúria Romana – “A purificação interior do homem é condição essencial, para a edificação da justiça e da paz”
As suas três viagens internacionais em 2009, a Encíclica “Caritas in veritate” e a assembleia do Sínodo para a África foram os aspectos postos em relevo e comentados por Bento XVI, no discurso dirigido aos seus mais directos colaboradores da Cúria Romana no tradicional encontro de apresentação de boas-festas, em vésperas de Natal, nesta segunda-feira de manhã, no Vaticano. Uma circunstância que ofereceu ao Papa a ocasião de passar em resenha alguns factos mais salientes da sua actividade pastoral e da vida da Igreja universal. Especial insistência foi posta na necessidade daquela reconciliação interior sem a qual não pode haver paz. Trata-se, para Bento XVI, de “uma realidade pré-política, mas por isso mesmo da máxima importância para a tarefa política”. Neste contexto, o Papa referiu também a importância e actualidade de uma renovada prática do sacramento da penitência. Não faltou uma referência ao Ano Sacerdotal, na imediata sequência do Ano Paulino.
2009 – começou por observar Bento XVI – decorreu em grande parte sob o signo da África. Antes de mais pela viagem que o levou à República dos Camarões e a Angola. O Papa registou com agrado “a grande cordialidade” com que foi recebido pelos cristãos africanos. Uma verdadeira experiência da Igreja universal, comunidade que abraça o mundo, reunida pelo amor de Deus Pai. Experiência muito concreta de que, “mesmo na vida quotidiana, os céus já não estão fechados, Deus está próximo e em Cristo todos pertencemos reciprocamente uns aos outros”.
Uma recordação que lhe ficou impressa da sua deslocação ao continente africano foram as celebrações litúrgicas, “verdadeiras festas de fé”, em que havia “uma grande alegria partilhada, que se exprimia também mediante o corpo, mas de maneira disciplinada e orientada para o Deus vivo”. “O sentido da sacralidade, do mistério presente do Deus vivo, plasmava, por assim dizer, cada gesto”. A consciência de estar na presença de Deus não suscitava medo ou inibição, nem uma obediência externa a rubricas, nem – muito menos – exibicionismos ou um gritar de modo indisciplinado. Havia, isso sim, o que os “Padres da Igreja” chamavam uma “sóbria ebriedade”:
“o estar cheios de uma alegria que, contudo, permanece sóbria e ordenada, que une as pessoas a partir de dentro, conduzindo-as ao louvor comunitário de Deus, um louvor que ao mesmo tempo suscita o amor do próximo, a responsabilidade recíproca”.
Bento XVI dirigiu depois “um breve olhar sobre o Sínodo” para a África, onde se viveu uma experiência de comunhão que constituiu uma concretização muito prática da eclesiologia do Concílio Vaticano II. O tema proposto - “A Igreja em África ao serviço da reconciliação, da justiça e da paz”, tema teológico e pastoral de grandíssima actualidade, corria o risco de descair em tema político – observou o Papa. “Tarefa dos Bispos era transformar a teologia em pastoral, isto é, num ministério pastoral muito concreto”, mas sem ceder à tentação de se transformarem em líderes políticos. “A questão fundamental diante da qual os pastores se encontravam continuamente era precisamente este”:
“como podemos ser realistas e práticos, sem nos arrogarmos uma competência política que não nos compete? Poderíamos dizer que se tratava do problema de uma laicidade positiva, praticada e interpretada no modo justo”.
Este foi também um dos temas fundamentais da Encíclica “Caritas in veritate”, que retomou e desenvolveu a questão da colocação teológica e concreta da doutrina social da Igreja – recordou Bento XVI.
Ainda sobre o Sínodo para a África – sobre reconciliação, justiça e paz (“três grandes palavras fundamentais da responsabilidade teológica e social”), Bento XVI deteve-se a reflectir sobre a palavra “reconciliação”. Observando que “a paz só se pode realizar conseguindo uma reconciliação interior”, o Papa Ratzinger aduziu como exemplo positivo de um processo de reconciliação a história da Europa após a segunda guerra mundial. Bento XVI considera que o facto de desde 1945 não ter voltado a haver guerras na Europa ocidental e central deve-se sobretudo a “estruturas políticas e económicas inteligentes e eticamente orientadas”. Ora – observou – estas puderam desenvolver-se pelo facto de terem existido “processos interiores de reconciliação, que tornaram possível uma nova convivência”:
“Todas as sociedades têm necessidade de reconciliação para poderem estar em paz. Para uma boa política são necessárias reconciliações, mas não podem ser realizadas unicamente por ela. São processos pré-políticos e devem brotar de outras fontes”.
O Sínodo para a África procurou examinar em profundidade esta questão, nas suas diversas dimensões, recordando a actualidade do apelo que são Paulo dirigiu aos Coríntios: “Deixai-vos reconciliar com Deus!”
“Se o homem não se encontra reconciliado com Deus, está em discórdia também com a criação. Não está reconciliado consigo mesmo, desejaria ser diferente daquilo que é e portanto não está reconciliado nem sequer com o próximo. Por outro lado, faz parte da reconciliação a capacidade de reconhecer a culpa e de pedir perdão – a Deus e aos outros. Faz ainda parte ao processo de reconciliação, a disponibilidade à penitência, a disponibilidade a sofrer até ao fundo pela própria culpa, deixando-se transformar. Por fim – lembrou Bento XVI - à reconciliação está também ligada a gratuidade, de que fala repetidamente a Encíclica “Caritas in veritate”. Trata-se da disponibilidade a ir para além do necessário, a não fazer contas, passando para lá das meras condições jurídicas.
É essa a generosidade de que o próprio Deus nos dá exemplo. Ele, que tinha toda a razão do seu lado, veio ao nosso encontro indo até à Cruz, para nos reconciliar.
“É esta a gratuidade: a disponibilidade a dar o primeiro passo. Sermos os primeiros a ir ao encontro do outro, a oferecer-lhe a reconciliação, assumindo o sofrimento que comporta a renúncia ao próprio ter razão. Não ceder na vontade de reconciliação: disto nos dá exemplo Deus, e é este o modo para nos tornarmos semelhantes a Ele, uma atitude de que sempre temos necessidade no mundo.”
No seu discurso pré-natalício à Cúria Romana, Bento XVI insistiu na necessidade de aprendermos de novo a reconhecer a culpa, pondo de lado a ilusão de sermos inocentes. Temos que aprender a saber penitenciar-nos, deixando-nos transformar. Irmos ao encontro do outro e acolher de Deus a coragem e força para uma tal renovação.
“Neste nosso mundo de hoje temos que redescobrir o Sacramento da penitência e da reconciliação. O facto de este ter em grande parte desaparecido dos costumes existenciais dos cristãos é um sintoma de perda de veracidade em relação a nós próprios e a Deus. Uma perda que põe em perigo a nossa humanidade e diminui a nossa capacidade de paz”.
Com razão o Sínodo para a África – observou o Papa – incluiu nas suas reflexões “rituais de reconciliação da tradição africana como lugares de aprendizagem e de preparação para a grande reconciliação que Deus dá no Sacramento da penitência. Esta reconciliação exige, porém, “o amplio átrio do reconhecimento da culpa e da humildade da penitência” – advertiu Bento XVI.
“Reconciliação é um conceito pré-político e uma realidade pré-política, que precisamente por isso é da máxima importância para a tarefa da própria política. Se não se criar nos corações a força da reconciliação, falta ao empenho político para a paz o (seu) pressuposto interior”.
A purificação interior do homem é condição essencial, preliminar, para a edificação da justiça e da paz – insistiu de novo o Papa, que logo sublinhou, porém, que “tal purificação e maturação interior para uma verdadeira humanidade não podem existir sem Deus”.
E foi neste contexto que Bento XVI passou a referir-se, longamente, à sua viagem à Terra Santa, neste ano 2009, agradecendo - antes de mais – ao Rei da Jordânia, ao governo de Israel e à Autoridade palestiniana o acolhimento dispensado e a possibilidade de celebrações litúrgicas públicas.
“Tudo o que se pode ver nestes países invoca reconciliação, justiça e paz. A visita a Yad Vashem significou um profundo e comovente encontro com a crueldade da culpa humana, com o ódio de uma ideologia cega que, sem qualquer justificação possível, entregou à morte milhões de pessoas, pretendendo em última análise expulsar do mundo também Deus, o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, e o Deus de Jesus Cristo. / Trata-se, em primeiro lugar, de um monumento comemorativo contra o ódio, um premente apelo à purificação e ao perdão, ao amor”.
A visita a “este monumento à culpa humana” (observou o Papa) tornou “ainda mais importante a visita aos lugar da memória da fé, fazendo sobressair a sua inalterada actualidade”. Bento XVI aludiu ao seu “encontro com os lugares da salvação”, desde a igreja de Nazaré à gruta de Belém e ao lugar da crucifixão, perante o sepulcro vazio… “Foi como que tocar a história de Deus connosco”.
“A fé não é um mito. E história real, cujas marcas se podemos tocar de perto. Este realismo da fé faz-nos especialmente bem nas dificuldades do presente. Deus mostrou-se-nos verdadeiramente. Em Jesus Cristo, Ele fez-se verdadeiramente carne. Como Ressuscitado, Ele permanece verdadeiro Homem, abre continuamente a Deus a nossa humanidade e garante sempre o facto de que Deus é um Deus próximo”.
A concluir o seu longo e denso discurso à Cúria Romana, o Santo Padre fez ainda uma alusão à sua viagem à República Checa, país conhecido pelo elevado número de pessoas agnósticas ou mesmo ateias. Bento XVI aproveitou esta referência para sublinhar que “devemos ter a peito mesmo as pessoas que se declaram agnósticas ou ateias. “Quando falamos de nova evangelização, estas pessoas podem porventura assustar-nos, pelo facto de não se quererem considerar objecto de missão e de não renunciarem à sua liberdade de pensamento e de vontade.”
Como primeiro passo da evangelização – sublinhou o Papa, quase a concluir – há que manter viva a busca de Deus. “Devemos preocupar-nos em que o homem não ponha de lado a questão sobre Deus como questão essencial da existência”. Recordando a citação de Isaías feita por Jesus quando expulsa os vendilhões do Templo – “a minha Casa é casa de oração para todos os povos” – Bento XVI aludiu ao “pátio dos gentios” ao qual tinham acesso, no Templo de Jerusalém, quem quer que quisesse rezar ao Deus vivo, independentemente da sua origem e crença:
“Penso que a Igreja deveria também hoje manter uma espécie de pátio dos gentios onde os homens possam de algum modo estabelecer uma ligação com Deus, mesmo sem O conhecerem e sem terem conseguido aceder ao Seu mistério, ao serviço do qual existe a vida interna da Igreja. Ao diálogo com as religiões deveria acrescentar-se o diálogo com aqueles para os quais a religião é uma coisa alheia, para os quais Deus é desconhecido e que não quereriam permanecer simplesmente sem Deus, mas abordá-Lo ao menos como Desconhecido”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
PRESENTE DE NATAL do Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada
Era sempre a mesma coisa! Todos os anos, depois das festas do Natal e do novo Ano, prometia e jurava a pés juntos que, para a próxima, não iria deixar tudo para a última, que iria comprar os presentes com tempo, que não se deixaria levar pela lufa-lufa das vésperas, ao cumprir aquela cansativa mas necessária tradição de dar a alguns familiares e amigos, no dia do nascimento de Jesus, alguma pequena lembrança. Mas depois, por inadiáveis compromissos profissionais e não só, postergava sistematicamente a realização desse seu propósito, com a inevitável consequência de se ver obrigado a realizar essas compras precisamente quando as lojas pululavam de clientes e os centros comerciais, pejados de compradores compulsivos, pareciam imensos formigueiros de frenéticas térmitas.
Natal. O Natal é uma maçada! – desabafou para si mesmo, quando bateu com o nariz na porta daquela pequena loja de artigos de bom gosto, onde tencionava comprar alguma coisa para a sua mãe. A velha senhora, já octogenária, via com dificuldade e ouvia mal, para além de outros achaques próprios da idade, pelo que não era fácil encontrar um presente à medida das suas limitações. Mas, apesar disso, gostava de lhe levar sempre qualquer coisa, um mimo que, por insignificante que fosse, expressasse naquele dia o seu amor filial e a sua gratidão.
Quando chegou a abençoada noite de consoada, a que se seguiria, já depois da Missa do galo, a troca dos presentes, encontrou-se desesperadamente de mãos vazias. In extremis, tinha ainda ido à florista do bairro, na expectativa de que um bonito ramo o pudesse livrar de tão aflitivo apuro. Mas também essa tentativa saiu gorada: a simpática «dama das camélias» tinha abalado para a terra e fechado o estabelecimento, não sem antes o guarnecer com um intermitente voto luminoso de Boas Festas, obviamente «made in China».
Estava tudo perdido! Foi de mãos a abanar que tocou à porta da casa que a mãe abriu, com a ternura de sempre. Depois do cumprimento habitual, balbuciou uma desculpa qualquer, que a velha senhora não deixou concluir:
- Mas, meu filho, isso não importa, o que realmente interessa é que tu tenhas vindo!
A verdade é que a sua primeira reacção foi de alívio ante aquela indulgente amnistia maternal, mas só mais tarde lhe descobriu o seu verdadeiro sentido: o Natal não é só, nem principalmente, a festa dos presentes, mas a solenidade do Deus-presente, que se faz dom para a humanidade porque, como escreveu São João, «Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu», por presente, «o Seu Filho Unigénito, para que todo aquele que crê n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo 3, 16). No Natal de há dois mil anos, Deus não nos deu nenhuma coisa, mas Alguém: deu-Se a Ele mesmo na pessoa do seu Filho, Jesus.
Neste Natal dê presentes, mas sobretudo dê-se como presente aos outros: em vez do filho, marido, mulher, pai ou mãe ausente, em vez do familiar ou amigo esquecido; em vez do colega ou vizinho distante; seja um filho-presente, uma mãe ou um pai-presente, uma familiar-presente, uma amigo-presente, um colega-presente, um vizinho-presente.
Dar presentes é bom, como fizeram os magos e, certamente, os pastores, mas ser presente é muito melhor, porque é ser como Jesus e dar aos outros aquela inefável alegria que, na pobreza do presépio de Belém, experimentaram tão intensamente Maria e José.
Um Santo Natal!
P. Gonçalo Portocarrero de Almada
Natal. O Natal é uma maçada! – desabafou para si mesmo, quando bateu com o nariz na porta daquela pequena loja de artigos de bom gosto, onde tencionava comprar alguma coisa para a sua mãe. A velha senhora, já octogenária, via com dificuldade e ouvia mal, para além de outros achaques próprios da idade, pelo que não era fácil encontrar um presente à medida das suas limitações. Mas, apesar disso, gostava de lhe levar sempre qualquer coisa, um mimo que, por insignificante que fosse, expressasse naquele dia o seu amor filial e a sua gratidão.
Quando chegou a abençoada noite de consoada, a que se seguiria, já depois da Missa do galo, a troca dos presentes, encontrou-se desesperadamente de mãos vazias. In extremis, tinha ainda ido à florista do bairro, na expectativa de que um bonito ramo o pudesse livrar de tão aflitivo apuro. Mas também essa tentativa saiu gorada: a simpática «dama das camélias» tinha abalado para a terra e fechado o estabelecimento, não sem antes o guarnecer com um intermitente voto luminoso de Boas Festas, obviamente «made in China».
Estava tudo perdido! Foi de mãos a abanar que tocou à porta da casa que a mãe abriu, com a ternura de sempre. Depois do cumprimento habitual, balbuciou uma desculpa qualquer, que a velha senhora não deixou concluir:
- Mas, meu filho, isso não importa, o que realmente interessa é que tu tenhas vindo!
A verdade é que a sua primeira reacção foi de alívio ante aquela indulgente amnistia maternal, mas só mais tarde lhe descobriu o seu verdadeiro sentido: o Natal não é só, nem principalmente, a festa dos presentes, mas a solenidade do Deus-presente, que se faz dom para a humanidade porque, como escreveu São João, «Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu», por presente, «o Seu Filho Unigénito, para que todo aquele que crê n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo 3, 16). No Natal de há dois mil anos, Deus não nos deu nenhuma coisa, mas Alguém: deu-Se a Ele mesmo na pessoa do seu Filho, Jesus.
Neste Natal dê presentes, mas sobretudo dê-se como presente aos outros: em vez do filho, marido, mulher, pai ou mãe ausente, em vez do familiar ou amigo esquecido; em vez do colega ou vizinho distante; seja um filho-presente, uma mãe ou um pai-presente, uma familiar-presente, uma amigo-presente, um colega-presente, um vizinho-presente.
Dar presentes é bom, como fizeram os magos e, certamente, os pastores, mas ser presente é muito melhor, porque é ser como Jesus e dar aos outros aquela inefável alegria que, na pobreza do presépio de Belém, experimentaram tão intensamente Maria e José.
Um Santo Natal!
P. Gonçalo Portocarrero de Almada
Presépios de todo o Mundo em Santarém
Teresa Filipe, educadora de infância residente em Almeirim, escolheu uma velha adega para mostrar cerca de 500 presépios, menos de metade da colecção que foi reunindo nos últimos oito anos
«Não sei exactamente quantos presépios tenho porque ainda não estão todos catalogados, mas seguramente são mais de mil», disse à agência Lusa, confessando que o «sinal», o «ponto de partida» para esta colecção chegou com o presépio que lhe foi oferecido 2000 pela Equipa de Jovens de Nossa Senhora, à qual pertencia.
«A partir daí houve um envolvimento e um entusiasmo muito grande» não só por parte do casal, mas da própria família e dos amigos, e dos amigos dos amigos, que permitiram enriquecer a sua colecção com presépios de todo o Mundo.
«É uma colecção infindável», disse, sublinhando que o crescente interesse das pessoas pela colecção de presépios levou os próprios artesãos a fazerem mais peças, encontrando-se hoje uma oferta muito diversificada.
À entrada da sua exposição, na Rua dos Charcos, junto ao antigo Instituto da Vinha e do Vinho, em Almeirim, 5 mil rolhas de cortiça formam o presépio que nasceu das mãos do escultor José da Costa, abrindo caminho à descoberta de milhares de peças, de vários tamanhos, materiais e origens.
Desde os presépios africanos, como os de pau-preto de Angola e Moçambique, à alegria das cores, e imaginação, do Peru, aos vidros de Itália ou as rendas de Bruxelas, às figuras características de Portalegre ou ao traço inconfundível do artesão de Mafra Jorge Batalha (com o seu divertido presépio metido dentro de um Volkswagen Carocha).
A colecção de Teresa Filipe conta com a originalidade que nasceu do desafio que lançou à mãe, para que fizesse um presépio em lã, figuras que se multiplicaram e que actualmente são vendidas em feiras de artesanato um pouco por todo o país.
A umas dezenas de quilómetros, no Museu Escolar do Concelho do Cartaxo, situado em Vale da Pinta, perto de 500 presépios ocupam o espaço que foi possível disponibilizar para acolher as peças feitas especialmente por escolas, centros de dia e outras instituições do concelho ou ainda as que foram cedidas por particulares, como os presépios de vários pontos do Mundo reunidos por um dos munícipes.
Depois de uma semana dedicada às visitas escolares, o Museu vai receber, na semana do Natal, a visita dos utentes de lares e centros de dia, tendo já agendadas visitas de instituições doutros concelhos para Janeiro, disse à Lusa Carla Neves, directora técnica do Museu.
Nas antigas instalações da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, estão em exposição presépios feitos por escolas, freguesias e paróquias do concelho, sendo ainda possível visitar, até dia 23, a exposição de presépios de todo o mundo patente na Sala Polivalente do Hospital de Santarém.
A exposição, com 180 peças de particulares que os cederam para a exposição, conta ainda com 12 originais a concurso, elaborados pelos diversos Departamentos do Hospital.
Na Póvoa de Santarém, o ex-presidente da Junta de Freguesia, Eurico Ribeiro, abre as portas da garagem da sua casa, até 6 de Janeiro, para quem quiser ver o presépio com 250 figuras que montou no último mês com a ajuda da família.
Lusa / SOL
(Fonte: SOL online)
«Não sei exactamente quantos presépios tenho porque ainda não estão todos catalogados, mas seguramente são mais de mil», disse à agência Lusa, confessando que o «sinal», o «ponto de partida» para esta colecção chegou com o presépio que lhe foi oferecido 2000 pela Equipa de Jovens de Nossa Senhora, à qual pertencia.
«A partir daí houve um envolvimento e um entusiasmo muito grande» não só por parte do casal, mas da própria família e dos amigos, e dos amigos dos amigos, que permitiram enriquecer a sua colecção com presépios de todo o Mundo.
«É uma colecção infindável», disse, sublinhando que o crescente interesse das pessoas pela colecção de presépios levou os próprios artesãos a fazerem mais peças, encontrando-se hoje uma oferta muito diversificada.
À entrada da sua exposição, na Rua dos Charcos, junto ao antigo Instituto da Vinha e do Vinho, em Almeirim, 5 mil rolhas de cortiça formam o presépio que nasceu das mãos do escultor José da Costa, abrindo caminho à descoberta de milhares de peças, de vários tamanhos, materiais e origens.
Desde os presépios africanos, como os de pau-preto de Angola e Moçambique, à alegria das cores, e imaginação, do Peru, aos vidros de Itália ou as rendas de Bruxelas, às figuras características de Portalegre ou ao traço inconfundível do artesão de Mafra Jorge Batalha (com o seu divertido presépio metido dentro de um Volkswagen Carocha).
A colecção de Teresa Filipe conta com a originalidade que nasceu do desafio que lançou à mãe, para que fizesse um presépio em lã, figuras que se multiplicaram e que actualmente são vendidas em feiras de artesanato um pouco por todo o país.
A umas dezenas de quilómetros, no Museu Escolar do Concelho do Cartaxo, situado em Vale da Pinta, perto de 500 presépios ocupam o espaço que foi possível disponibilizar para acolher as peças feitas especialmente por escolas, centros de dia e outras instituições do concelho ou ainda as que foram cedidas por particulares, como os presépios de vários pontos do Mundo reunidos por um dos munícipes.
Depois de uma semana dedicada às visitas escolares, o Museu vai receber, na semana do Natal, a visita dos utentes de lares e centros de dia, tendo já agendadas visitas de instituições doutros concelhos para Janeiro, disse à Lusa Carla Neves, directora técnica do Museu.
Nas antigas instalações da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, estão em exposição presépios feitos por escolas, freguesias e paróquias do concelho, sendo ainda possível visitar, até dia 23, a exposição de presépios de todo o mundo patente na Sala Polivalente do Hospital de Santarém.
A exposição, com 180 peças de particulares que os cederam para a exposição, conta ainda com 12 originais a concurso, elaborados pelos diversos Departamentos do Hospital.
Na Póvoa de Santarém, o ex-presidente da Junta de Freguesia, Eurico Ribeiro, abre as portas da garagem da sua casa, até 6 de Janeiro, para quem quiser ver o presépio com 250 figuras que montou no último mês com a ajuda da família.
Lusa / SOL
(Fonte: SOL online)
Conto de Natal por João César da Neves (brilhante a não perder)
O cristianismo é só isto: Cristo que passa. A tua fé é a única que não tem no centro livros, culto, mas uma pessoa, Jesus Cristo.
Adormeci e no meu sonho vi-me num grande campo com uma multidão incontável. Um enorme cartaz mesmo em frente dizia "Parada das religiões". De facto, tudo parecia orientado para um cortejo imenso que percorria uma estrada no meio do campo. Toda aquela gente, que compreendi ser a humanidade inteira, se amontoava dos dois lados do caminho, vendo avançar os carros referentes a cada crença.
Quando consegui chegar à primeira linha passava uma enorme plataforma sobre rodas levando uma gigantesca estátua de Buda. À volta do carro viam-se monges vestidos de açafrão que entoavam cânticos. A seguir, carros mais pequenos levavam símbolos budistas. Muitos espectadores saudavam a passagem inclinando o corpo, cantando e queimando incenso.
Os carros seguintes tinham símbolos estranhos que não consegui identificar. A aparência dos acompanhantes também não esclarecia, pois iam de fato e gravata. Só quando reparei nos aventais percebi que era a Maçonaria. Notei então o esquadro e compasso. Apesar das semelhanças indesmentíveis, a dimensão era inferior à apresentação do budismo mas ainda bastante imponente.
A religião que se seguia era conhecida, pois o cortejo parecia as paradas na Praça Vermelha ou Tiananmen: era o marxismo que passava. Os carros traziam foices e martelos, além de operários, soldados e mísseis. Na audiência, viam-se punhos fechados e ouviram-se palavras de ordem.
Foi então que decidi perguntar aos meus vizinhos quando passaria a minha religião, o cristianismo. Eles desataram a rir. Surpreendido dirigi-me a um velho de barbas brancas que tinha a farda da organização. Ele informou-me que, como o cristianismo era a maior das religiões, tinha a honra de ir à frente, abrindo a parada. Disse-me também que, se eu quisesse, havia ali perto um autocarro especial para levar os interessados a outras zonas do cortejo.
Segui-o e poucos minutos depois estávamos mais adiante no campo, num local onde a multidão ainda esperava. Percebi pelo ruído que algo se aproximava. Quando consegui vislumbrar os contornos do primeiro carro foi com espanto que constatei o que parecia ser um minarete. Não faltou muito para o confirmar que o que se aproximava era a delegação do Islão. Os carros eram ainda maiores e mais imponentes que os que vira antes. O primeiro trazia um enorme livro aberto cheio de caracteres árabes. O segundo era uma mesquita e em volta múltiplos fiéis desfilavam, rezavam e saudavam. O número era incontável.
Olhei com espanto para o velho, mas ele continuou impávido. Só nessa altura reparei que, afinal, esse carro não era o início do cortejo. Mesmo em frente ia algo tão pequeno que passava despercebido: um homem levando um burro com uma mulher em cima e um bebé ao colo. Aquela era a humilde presença do cristianismo.
Apesar de minúscula, essa presença era controversa. Alguém dizia: "E isto não é o pior. Na parada da tarde vem um homem com uma cruz às costas, chicoteado por soldados." À minha volta muitos protestavam contra isso. Que acontecera a toda a riqueza milenar do culto litúrgico, arte sacra, doutrina teológica, caridade cristã? Como os vi a protestar, perguntei se eram protestantes. Alguns disseram que sim, mas a maior parte eram católicos.
Afastei-me confuso. Então o velho explicou-me: "O cristianismo é mesmo só isto: Cristo que passa. A tua fé é a única que não tem no seu centro livros, cultos, ética, mas uma pessoa, Jesus Cristo. Por isso ser cristão não é, antes de mais, aprender dogmas, rezas, ofertas ou mandamentos, mas viver uma relação pessoal de amizade, contínua e permanente com Alguém. Tudo o resto, e é muito e importante, são apenas ajudas para o essencial. Ele mesmo o disse: ser cristão é nascer de novo (Jo 3, 3). É ser corpo de Cristo (1 Co 12, 27). O cristão vive a vida toda com Cristo e em Cristo, no meio do povo que é a Igre- ja. Muitos cristãos tratam a sua fé como uma religião e vêem o cristianismo como regras, orações, obrigações. Mas a verdade da fé não é fidelidade. É intimidade. Viver sempre na presença de Cristo próximo."
João César da Neves
(Fonte: DN online)
Adormeci e no meu sonho vi-me num grande campo com uma multidão incontável. Um enorme cartaz mesmo em frente dizia "Parada das religiões". De facto, tudo parecia orientado para um cortejo imenso que percorria uma estrada no meio do campo. Toda aquela gente, que compreendi ser a humanidade inteira, se amontoava dos dois lados do caminho, vendo avançar os carros referentes a cada crença.
Quando consegui chegar à primeira linha passava uma enorme plataforma sobre rodas levando uma gigantesca estátua de Buda. À volta do carro viam-se monges vestidos de açafrão que entoavam cânticos. A seguir, carros mais pequenos levavam símbolos budistas. Muitos espectadores saudavam a passagem inclinando o corpo, cantando e queimando incenso.
Os carros seguintes tinham símbolos estranhos que não consegui identificar. A aparência dos acompanhantes também não esclarecia, pois iam de fato e gravata. Só quando reparei nos aventais percebi que era a Maçonaria. Notei então o esquadro e compasso. Apesar das semelhanças indesmentíveis, a dimensão era inferior à apresentação do budismo mas ainda bastante imponente.
A religião que se seguia era conhecida, pois o cortejo parecia as paradas na Praça Vermelha ou Tiananmen: era o marxismo que passava. Os carros traziam foices e martelos, além de operários, soldados e mísseis. Na audiência, viam-se punhos fechados e ouviram-se palavras de ordem.
Foi então que decidi perguntar aos meus vizinhos quando passaria a minha religião, o cristianismo. Eles desataram a rir. Surpreendido dirigi-me a um velho de barbas brancas que tinha a farda da organização. Ele informou-me que, como o cristianismo era a maior das religiões, tinha a honra de ir à frente, abrindo a parada. Disse-me também que, se eu quisesse, havia ali perto um autocarro especial para levar os interessados a outras zonas do cortejo.
Segui-o e poucos minutos depois estávamos mais adiante no campo, num local onde a multidão ainda esperava. Percebi pelo ruído que algo se aproximava. Quando consegui vislumbrar os contornos do primeiro carro foi com espanto que constatei o que parecia ser um minarete. Não faltou muito para o confirmar que o que se aproximava era a delegação do Islão. Os carros eram ainda maiores e mais imponentes que os que vira antes. O primeiro trazia um enorme livro aberto cheio de caracteres árabes. O segundo era uma mesquita e em volta múltiplos fiéis desfilavam, rezavam e saudavam. O número era incontável.
Olhei com espanto para o velho, mas ele continuou impávido. Só nessa altura reparei que, afinal, esse carro não era o início do cortejo. Mesmo em frente ia algo tão pequeno que passava despercebido: um homem levando um burro com uma mulher em cima e um bebé ao colo. Aquela era a humilde presença do cristianismo.
Apesar de minúscula, essa presença era controversa. Alguém dizia: "E isto não é o pior. Na parada da tarde vem um homem com uma cruz às costas, chicoteado por soldados." À minha volta muitos protestavam contra isso. Que acontecera a toda a riqueza milenar do culto litúrgico, arte sacra, doutrina teológica, caridade cristã? Como os vi a protestar, perguntei se eram protestantes. Alguns disseram que sim, mas a maior parte eram católicos.
Afastei-me confuso. Então o velho explicou-me: "O cristianismo é mesmo só isto: Cristo que passa. A tua fé é a única que não tem no seu centro livros, cultos, ética, mas uma pessoa, Jesus Cristo. Por isso ser cristão não é, antes de mais, aprender dogmas, rezas, ofertas ou mandamentos, mas viver uma relação pessoal de amizade, contínua e permanente com Alguém. Tudo o resto, e é muito e importante, são apenas ajudas para o essencial. Ele mesmo o disse: ser cristão é nascer de novo (Jo 3, 3). É ser corpo de Cristo (1 Co 12, 27). O cristão vive a vida toda com Cristo e em Cristo, no meio do povo que é a Igre- ja. Muitos cristãos tratam a sua fé como uma religião e vêem o cristianismo como regras, orações, obrigações. Mas a verdade da fé não é fidelidade. É intimidade. Viver sempre na presença de Cristo próximo."
João César da Neves
(Fonte: DN online)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1937
“Humildade, humildade, quanto custa! É falsa humildade a que leva a desistir dos direitos do cargo. Não é soberba, fazer sentir o peso da autoridade agindo, quando assim o exige o cumprimento da santa Vontade de Deus”.
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/21-12-1937)
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/21-12-1937)
Um sim ao verdadeiro amor
Viviam juntos. Para quê esperar pelo casamento se já se amavam? No fundo, estavam convencidos de que casar-se era somente uma cerimónia exterior. Algo tradicional, com um grande valor simbólico, mas que não acrescentaria absolutamente nada ao seu mútuo amor. Dentro de poucos meses talvez pusessem as coisas em ordem. Quando? Quando fosse possível. Sem excessivas pressas, que só complicam desnecessariamente a vida de uma pessoa.
Respondi-lhes que aquele modo de comportar-se não estava bem. Eles eram totalmente livres. Uma manifestação disso é que estavam a fazer exactamente aquilo que queriam. Ninguém os obrigava a mudar de atitude. Eu também não.
Os mais interessados de verdade em mudar de situação eram eles próprios. Ou entendiam isso, ou nem valia a pena tentar. Tinha de ser uma manifestação da sua liberdade responsável. De quem não se deixa levar pelo mais fácil, mas deseja de verdade construir um edifício sólido. De quem está convencido de que uma felicidade sem esforço não costuma durar muito.
Fiz-lhes ver que aquele modo de agir não era um bom alicerce para a sua futura vida matrimonial. Estavam a deixar-se levar pelo imediato, sem pensar com sinceridade e realismo no dia de amanhã. E não resolvia nada chamar a essa atitude uma manifestação de amor. Era verdade que se amavam. No entanto, esse amor devia ser fortificado. Não podia confundir-se com um sentimento vago de que, por enquanto, tudo estava a correr bem.
Expliquei-lhes que a falta de respeito era a primeira das causas que fazia naufragar tantos casamentos. Quando o verdadeiro amor falha antes do casamento, falha depois. Mas onde é que o amor estava a falhar? Estava a falhar porque não era maduro. Não era um amor provado com o sacrifício, com a capacidade de renúncia. Era um amor que corria o risco de ser “sufocado” pela fortíssima atracção mútua que procede dos instintos mais básicos.
Que exactamente porque se amavam saberiam esperar. Que essa espera revelava a profundidade do seu afecto desinteressado. O contrário não provava nada, porque era obviamente o caminho mais fácil. Dizer que não antes do casamento, coisa a que ninguém hoje em dia os obrigava, era uma manifestação de generosidade, de capacidade de entrega. Facilitava a aprendizagem do auto domínio, base fundamental para a futura fidelidade matrimonial.
Um namoro sem capacidade de sacrifício, a grande maioria das vezes, não gera nenhum casamento. E se o gera, é um casamento instável. Cedo ou tarde, marido e mulher ou aprendem a negar-se a si mesmos pelo outro, ou acabarão por perder o respeito mútuo no qual se fundamenta o seu compromisso.
Vale a pena dizer que não antes do casamento. Um não livre, maduro, de quem não se deixa arrastar pelo mais imediato. Um não que exige esforço, mas que não é negativo. Porque no fundo é um sim ao verdadeiro amor.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
Respondi-lhes que aquele modo de comportar-se não estava bem. Eles eram totalmente livres. Uma manifestação disso é que estavam a fazer exactamente aquilo que queriam. Ninguém os obrigava a mudar de atitude. Eu também não.
Os mais interessados de verdade em mudar de situação eram eles próprios. Ou entendiam isso, ou nem valia a pena tentar. Tinha de ser uma manifestação da sua liberdade responsável. De quem não se deixa levar pelo mais fácil, mas deseja de verdade construir um edifício sólido. De quem está convencido de que uma felicidade sem esforço não costuma durar muito.
Fiz-lhes ver que aquele modo de agir não era um bom alicerce para a sua futura vida matrimonial. Estavam a deixar-se levar pelo imediato, sem pensar com sinceridade e realismo no dia de amanhã. E não resolvia nada chamar a essa atitude uma manifestação de amor. Era verdade que se amavam. No entanto, esse amor devia ser fortificado. Não podia confundir-se com um sentimento vago de que, por enquanto, tudo estava a correr bem.
Expliquei-lhes que a falta de respeito era a primeira das causas que fazia naufragar tantos casamentos. Quando o verdadeiro amor falha antes do casamento, falha depois. Mas onde é que o amor estava a falhar? Estava a falhar porque não era maduro. Não era um amor provado com o sacrifício, com a capacidade de renúncia. Era um amor que corria o risco de ser “sufocado” pela fortíssima atracção mútua que procede dos instintos mais básicos.
Que exactamente porque se amavam saberiam esperar. Que essa espera revelava a profundidade do seu afecto desinteressado. O contrário não provava nada, porque era obviamente o caminho mais fácil. Dizer que não antes do casamento, coisa a que ninguém hoje em dia os obrigava, era uma manifestação de generosidade, de capacidade de entrega. Facilitava a aprendizagem do auto domínio, base fundamental para a futura fidelidade matrimonial.
Um namoro sem capacidade de sacrifício, a grande maioria das vezes, não gera nenhum casamento. E se o gera, é um casamento instável. Cedo ou tarde, marido e mulher ou aprendem a negar-se a si mesmos pelo outro, ou acabarão por perder o respeito mútuo no qual se fundamenta o seu compromisso.
Vale a pena dizer que não antes do casamento. Um não livre, maduro, de quem não se deixa arrastar pelo mais imediato. Um não que exige esforço, mas que não é negativo. Porque no fundo é um sim ao verdadeiro amor.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
Jesus, the Word to Be Spoken, cap. 12
«Maria pôs-se a caminho»
A vivacidade e a alegria eram a força de Nossa Senhora. Foi isso que fez dela a serva apressada de Deus, Seu filho, porque assim que Ele veio até ela, «pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha». Apenas a alegria podia dar-lhe força para partir rapidamente para as montanhas da Judeia, a fim de se tornar serva de sua prima. Acontece o mesmo connosco; tal como ela, devemos ser verdadeiras servas do Senhor e todos os dias, após a sagrada comunhão, apressar-nos a subir as montanhas de dificuldades com que deparamos ao oferecer com todo o coração o nosso serviço aos pobres. Dai Jesus aos pobres enquanto servas do Senhor.
A alegria é a oração, a alegria é a força, a alegria é o amor, é um fio de amor graças ao qual podereis captar as almas. «Deus ama aquele que dá com alegria» (2Cor 9, 7). Aquele que dá com alegria dá mais. Se encontrarmos dificuldades no trabalho e as aceitarmos com alegria, com um grande sorriso, nisto como em muitas outras coisas constatar-se-á que as nossas obras são boas e o Pai será glorificado. A melhor maneira de mostrardes a vossa gratidão a Deus e aos homens é aceitar tudo com alegria. Um coração alegre provém de um coração que arde de amor.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Jesus, the Word to Be Spoken, cap. 12
«Maria pôs-se a caminho»
A vivacidade e a alegria eram a força de Nossa Senhora. Foi isso que fez dela a serva apressada de Deus, Seu filho, porque assim que Ele veio até ela, «pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha». Apenas a alegria podia dar-lhe força para partir rapidamente para as montanhas da Judeia, a fim de se tornar serva de sua prima. Acontece o mesmo connosco; tal como ela, devemos ser verdadeiras servas do Senhor e todos os dias, após a sagrada comunhão, apressar-nos a subir as montanhas de dificuldades com que deparamos ao oferecer com todo o coração o nosso serviço aos pobres. Dai Jesus aos pobres enquanto servas do Senhor.
A alegria é a oração, a alegria é a força, a alegria é o amor, é um fio de amor graças ao qual podereis captar as almas. «Deus ama aquele que dá com alegria» (2Cor 9, 7). Aquele que dá com alegria dá mais. Se encontrarmos dificuldades no trabalho e as aceitarmos com alegria, com um grande sorriso, nisto como em muitas outras coisas constatar-se-á que as nossas obras são boas e o Pai será glorificado. A melhor maneira de mostrardes a vossa gratidão a Deus e aos homens é aceitar tudo com alegria. Um coração alegre provém de um coração que arde de amor.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 21 de Dezembro de 2009
São Lucas 1,39-45
Por aqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade da Judeia.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
Então, erguendo a voz, exclamou: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?
Pois, logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio.
Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor.»
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Por aqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade da Judeia.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
Então, erguendo a voz, exclamou: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?
Pois, logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio.
Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor.»
(Fonte: Evangelho Quotidiano)