sábado, 1 de agosto de 2009

Bento XVI aos atletas e organizadores do Campeonato Mundial de Natação

Vídeo em espanhol

“A Igreja… interessa-se pelo desporto… como um instrumento precioso para a formação perfeita e equilibrada de toda a pessoa”: Bento XVI recebendo sábado em Castel Gandolfo centenas de atletas que participaram em Roma no XIII Campeonato Mundial de Natação. Uma iniciativa que envolveu pessoas de quase duzentos países: dois mil e quinhentos atletas e outros tantos voluntários ao serviço da organização, para além de mil e quinhentos técnicos e delegados e igual número de jornalistas para transmitir o acontecimento para todo o mundo. Se as provas desportivas foram presenciadas em Roma por uns quatrocentos mil espectadores, as mil e quatrocentas horas de cobertura televisiva mundial pôde ser seguida por dois biliões de telespectadores.

Saudando todos os presentes, de modo particular os atletas das diversas nacionalidades, os verdadeiros protagonistas destes campeonatos mundiais, Bento XVI congratulou-se por este “impressionante espectáculo de disciplina e de humanidade, de beleza artística e de uma vontade tenaz”, que mostrou “a que ponto pode chegar a vitalidade da juventude, quando não se recusa a fadiga de árduos treinos e se aceitam de bom grado tantos sacrifícios e privações”, numa “autêntica lição de vida” para todos os jovens.

“O desporto, praticado com paixão e atento sentido ético, torna-se - especialmente para a juventude – numa experiência de sã desportivismo e aperfeiçoamento físico, escola de formação nos valores humanos e espirituais, meio privilegiado de crescimento pessoal e de contacto com a sociedade”.

Evocando as imagens destas competições e os resultados obtidos, o Papa referiu as “grandes potencialidades com que Deus dotou o corpo humano”, citando a propósito o Salmo 8, que exalta “o filho do homem”, “coroado de glória e de honra”: “Como não dar graças a Deus por ter dotado de tanta perfeição o corpo humano! Por o ter enriquecido com uma beleza e uma harmonia que se podem exprimir de tantos modos!”

“A Igreja acompanha o desporto e ocupa-se dele, quando este não é praticado como um fim em si mesmo, mas sim como meio, como precioso instrumento para a formação perfeita e equilibrada de toda a pessoa. Até mesmo na Bíblia encontramos interessantes referências ao desporto como imagem da vida”.

O Apóstolo Paulo – recordou o Papa, a título de exemplo – considera o desporto “um autêntico valor humano” e “utiliza-o não só como metáfora para ilustrar elevados ideais éticos e ascéticos, mas também como meio para a formação do homem e como componente da cultura e da civilização”.

“Vós, caros atletas, sois modelos para os outros jovens. O vosso exemplo pode ser determinante para eles construírem positivamente o seu futuro. Sede portanto campeões no desporto e na vida!”

Evocando as palavras do seu antecessor, no Jubileu dos atletas, no ano 2000, quando João Paulo II sublinhou que o desporto “pode favorecer o afirmar-se, nos jovens, de importantes valores como a lealdade, a perseverança, a amizade, a partilha, a solidariedade”, afirmou Bento XVI:

“Graças aos meios de comunicação social, manifestações desportistas como a vossa exercem um notável impacto sobre a opinião pública, dado que a linguagem do desporto é universal e atinge especialmente as novas gerações. Veicular mensagens positivas através do desporto, contribui portanto para construir um mundo mais fraterno e solidário”.

Nas saudações finais, em diversas línguas, aos variados grupos de atletas presentes, Bento XVI exprimiu-se também em português:

“Queridos amigos de língua portuguesa que tomais parte neste campeonato mundial de natação, a todos saúdo cordialmente, aproveitando para vos agradecer a lição de vida que ofereceis ao mundo, feita de disciplina e humanidade, de beleza artística e vontade forte para vencer e sobretudo para se vencer a si mesmo. Invoco a ajuda de Deus sobre vós e vossas famílias, ao conceder-vos a Bênção Apostólica”.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:

Guiges, o Cartuxo (?-1188), Prior da Grande Cartuxa
Meditação 10 (a partir da trad. SC 163, p. 181 rev.)


«Dá-nos sempre desse pão»


O pão da alma é Cristo, «o pão vivo que desceu do céu» (Jo 6, 51) e que alimenta os Seus, agora pela fé, no mundo futuro pela visão. Pois Cristo habita em ti pela fé e a fé em Cristo é Cristo no teu coração (Ef 3, 17). É na medida em que crês em Cristo que O possuis.

E Cristo é, na verdade, um só pão «pois há um único Senhor, uma única fé» (Ef 4, 5) para todos os crentes, se bem que uns recebam mais e outros menos do dom dessa mesma fé. [...] Como a verdade é única, uma única fé na verdade única guia e alimenta todos os crentes, e «um mesmo e único Espírito, que distribui a cada um os Seus dons conforme entende» (1Cor, 12, 11).

Vivemos todos do mesmo pão e cada um de nós recebe a sua porção; e no entanto Cristo é todo para nós, excepto para aqueles que destroem a unidade. [...] Neste dom que recebi, possuo totalmente Cristo e Cristo possui-me totalmente, tal como o membro que pertence a todo o corpo também o possui por inteiro. Assim, esta porção de fé que recebeste é como o pequeno pedaço que pão que está na tua boca. Mas, se não meditares frequente e piedosamente naquilo em que crês, se não o mastigares, por assim dizer, triturando-o e voltando-o com os dentes, isto é, com os sentidos do teu espírito, ele não te franqueará a garganta, ou seja, não chegará até à tua inteligência. Com efeito, como poderias compreender algo em que meditas raramente e com negligência, sobretudo quando se trata de uma coisa ténue e invisível? [...] Que, pela meditação, «a lei do Senhor esteja sempre na tua boca» (Ex 13, 9) para que nasça em ti a boa inteligência. Através da boa compreensão, o alimento passa para o teu coração, para que não negligencies aquilo que compreendeste, mas antes o recolhas com amor.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 2 de Agosto de 2009


São João 6, 24-35

Naquele tempo,
quando a multidão viu
que nem Jesus nem os seus discípulos estavam à beira do lago,
subiram todos para as barcas
e foram para Cafarnaum, à procura de Jesus.
Ao encontrá-l’O no outro lado do mar, disseram-Lhe:
«Mestre, quando chegaste aqui?»
Jesus respondeu-lhes:
«Em verdade, em verdade vos digo:
vós procurais-Me, não porque vistes milagres,
mas porque comestes dos pães e ficastes saciados.
Trabalhai, não tanto pela comida que se perde,
mas pelo alimerto que dura até à vida eterna
e que o Filho do homem vos dará.
A Ele é que o Pai, o próprio Deus,
marcou com o seu selo».
Disseram-Lhe então:
«Que devemos nós fazer para praticar as obras de Deus?»
Respondeu-lhes Jesus:
«A obra de Deus
consiste em acreditar n’Aquele que Ele enviou».
Disseram-Lhe eles:
«Que milagres fazes Tu,
para que nós vejamos e acreditemos em Ti?
Que obra realizas?
No deserto os nossos pais comeram o maná,
conforme está escrito:
‘Deu-lhes a comer um pão que veio do céu’».
Jesus respondeu-lhes:
«Em verdade, em verdade vos digo:
Não foi Moisés que vos deu o pão do Céu;
meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do Céu.
O pão de Deus é o que desce do Céu
para dar a vida ao mundo».
Disseram-Lhe eles:
«Senhor, dá-nos sempre desse pão».
Jesus respondeu-lhes:
«Eu sou o pão da vida:
quem vem a Mim nunca mais terá fome,
quem acredita em Mim nunca mais terá sede».

«...cada decisão económica tem consequências de carácter moral»

A doutrina social da Igreja sempre defendeu que a justiça diz respeito a todas as fases da actividade económica, porque esta sempre tem a ver com o homem e com as suas exigências. A angariação dos recursos, os financiamentos, a produção, o consumo e todas as outras fases do ciclo económico têm inevitavelmente implicações morais. Deste modo cada decisão económica tem consequências de carácter moral. Tudo isto encontra confirmação também nas ciências sociais e nas tendências da economia actual. Outrora talvez se pudesse pensar, primeiro, em confiar à economia a produção de riqueza para, depois, atribuir à política a tarefa de a distribuir; hoje tudo isto se apresenta mais difícil, porque, enquanto as actividades económicas deixaram de estar circunscritas no âmbito dos limites territoriais, a autoridade dos governos continua a ser sobretudo local. Por isso, os cânones da justiça devem ser respeitados desde o início enquanto se desenrola o processo económico, e não depois ou marginalmente.

Caritas in veritate [III – 37 (a)] – Bento XVI

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1974

Chega ao Equador. Até ao dia 10 de Agosto não poderá ver ninguém, pois sofre do mal das alturas ou “soroche”, como lhe chamam em Quito. Alguém se lamenta que os três mil metros de altitude o tenham tratado tão mal: - “Mas eu estou a passar optimamente em Quito!” – A altura, Padre, a altura… – “É porque não sou um homem de altura. De maneira que Quito não me fez nenhuma partida. Foi Nosso Senhor, que sabe quando as faz, e brinca connosco. Olha, é o Espírito Santo que o diz: ludens coram eo omni tempore, ludens in orbe terrarum, em toda a terra está a brincar, connosco, como um pai com o seu filho pequenino”.

(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=2077 )

CD será lançado com interpretações de Bento XVI em várias línguas, entre elas o português

Um disco com a voz do Papa Bento XVI será lançado no final do ano, segundo anúncio feito pela editora discográfica Geffen UK/Universal.

No disco, intitulado de "Alma Mater" ("mãe que alimenta" em latim), o pontífice gravará mensagens e cantará músicas em latim, italiano, espanhol, francês, alemão e português.

Segundo a gravadora, esta será a primeira vez que Bento XVI grava um disco, que está sendo lançado com a bênção do Papa.

A gravação será lançada no dia 30 de Novembro e a Geffen UK aposta que ele terá boas vendas na véspera do Natal.


Voz 'incrível'

O disco trará a Ladainha Lauretana, cantos marianos e oito melodias clássicas. O papa recitará passagens da Bíblia e orações acompanhado do coral da Filarmónica de Roma, conduzida por Pablo Colino, maestro emérito da Basílica de São Pedro.

A britânica Royal Philharmonic Orchestra gravará as composições clássicas nos estúdios Abbey Road, em Londres.

A editora e o Vaticano não divulgaram os valores envolvidos no lançamento do disco, mas, foi anunciado que os lucros do álbum serão doados para projectos de educação musical para crianças carentes pelo mundo.

O presidente da editora Geffen UK, Colin Barlow, disse que a voz do Papa é "incrível". Entre outros artistas da editora, estão Snoop Dogg, Mary J. Blige e Pussycat Dolls.

"Estamos felizes por o Papa Bento XVI haver mostrado apreço e dado a sua bênção especial a este projecto", disse Barlow.

Mais detalhes do disco serão anunciados em Setembro, em um lançamento oficial do projecto no Vaticano.


(Fonte: site BBC Brasil com adaptação de JPR)


Vaticano confirma CD com a voz de Bento XVI

O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, confirmou hoje que a voz do Papa Bento XVI constará de um CD de cantos, orações e músicas, que será lançado mundialmente até ao Natal.

Com a declaração, a Santa Sé confirma a notícia que foi divulgada em Londres pela Geffen UK/Universal.

Segundo Lombardi, as gravações foram disponibilizadas pela Rádio Vaticana e o papa não teve nenhuma relação directa com a produtora britânica.

«A iniciativa nasceu da SanPolo Multimedia, que pediu à Rádio Vaticana alguns excertos da voz do Santo Padre para a produção de um CD», explicou o porta-voz.

De acordo com a Secretaria de Estado do Vaticano, fazem parte da produção oito excertos retirados de discursos e orações do pontífice em várias línguas. No total, são menos de dez minutos de gravações da voz de Bento XVI que, depois, foram remisturadas com as partes musicais.

A britânica Royal Philharmonic Orchestra gravará as composições clássicas nos estúdios Abbey Road, em Londres.

Mais pormenores sobre o álbum serão anunciados em Setembro, num lançamento oficial do projecto no Vaticano.

O Papa João Paulo II também realizou uma produção semelhante, o álbum «Abba Pater», lançado em 1999.


(Fonte: Diariodigital)

Santo Afonso Maria de Ligório, bispo, Doutor da Igreja

É o fundador da Congregação do Santíssimo Redentor ou Padres Redentoristas. Nasceu em Marianela, um povoado nas imediações de Nápoles, em 1696. Amante dos estudos, aos 19 anos já era advogado formado. A sua vida mudou radicalmente quando percebeu a fragilidade dos julgamentos humanos, defendendo culpados e condenando inocentes. Tinha 30 anos quando se fez sacerdote. Passava os seus dias junto aos mendigos da periferia de Nápoles e dos camponeses. Em 1732, fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, para concretizar o anúncio do Evangelho: "fui enviado para evangelizar os pobres". Entregou-se de corpo e alma a promover a verdadeira vida cristã no meio dos fiéis, especialmente dos mais necessitados.

Escreveu várias obras ascéticas e teológicas. Entre as mais conhecidas temos "A Prática do amor a Jesus Cristo", "Preparação para a morte" e "As glórias de Maria". A sua obra mais importante versa sobre teologia moral, assunto no qual é considerado mestre insigne.

Foi eleito bispo de Santa Ágata dos Godos, por Clemente XIII, mas devido à idade e ao seu precário estado de saúde pediu ao papa o seu afastamento. Sofreu muitas contrariedades no fim da vida: criticado pelos seus escritos e até mesmo expulso de sua própria Congregação, por causa da má interpretação daquilo que desejava para seus filhos. Morreu em Nocera dei Pagani, Campanha, em 1787.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Diádoco de Foticeia (c. 400-?), bispo
Sobre a Perfeição Espiritual, 12 (a partir da tradução de Solesmes, Leccionário II, p. 149 rev.)

«Quem se despreza a si mesmo, neste mundo assegura para si a vida eterna» (Jo 12, 25)

Quem ama a sua própria vida (Jo 12, 25) não pode amar a Deus, mas quem não se apega a si mesmo por causa das riquezas transbordantes do amor divino, esse ama a Deus. Uma pessoa assim jamais procura a própria glória, mas a de Deus, porque quem ama a própria vida procura a própria glória. Aquele que se dedica a Deus ama a glória do Criador. Na verdade, é próprio de uma alma sensível ao amor de Deus procurar constantemente a Sua glória, cumprindo os mandamentos, e alegrando-se com a sua própria depreciação. Porque a glória convém a Deus devido à Sua grandeza, e a humildade convém ao homem porque o torna da família de Deus. Se formos humildes seremos alegres e, à semelhança de São João Baptista, passaremos a repetir sem cessar: «Ele é que deve crescer, e eu diminuir» (Jo 3, 30).


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 1 de Agosto de 2009

São Mateus 14, 1-12

Naquele tempo,
o tetrarca Herodes ouviu falar da fama de Jesus
e disse aos seus familiares:
«Esse homem é João Baptista que ressuscitou dos mortos.
Por isso é que nele se exercem tais poderes miraculosos».
De facto, Herodes tinha mandado prender João
e algemá-lo no cárcere,
por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe.
Porque João dizia constantemente a Herodes:
«Não te é permitido tê-la por mulher».
E embora quisesse dar-Lhe a morte,
tinha receio da multidão,
que o considerava como profeta.
Ocorreu entretanto o aniversário de Herodes
e a filha de Herodíades dançou diante dos convidados.
Agradou de tal maneira a Herodes,
que este lhe prometeu com juramento
dar-lhe o que ela pedisse.
Instigada pela mãe, ela respondeu:
«Dá-me agora mesmo num prato a cabeça de João Baptista».
O rei ficou consternado,
mas por causa do juramento e dos convidados,
ordenou que lha dessem
e mandou decapitar João no cárcere.
A cabeça foi trazida num prato e entregue à jovem,
que a levou a sua mãe.
Os discípulos de João vieram buscar o seu cadáver
e deram-lhe sepultura.
Depois foram dar a notícia a Jesus.