quarta-feira, 20 de maio de 2009

Governo sem jornais ou jornais sem Governo

"É horrível! São todos uns vigaristas!" Assim desabafava, ontem, um cidadão britânico face às câmaras de televisão, mostrando até que ponto a descrença no regime é avassaladora entre o povo.

Horas antes, pela primeira vez em trezentos anos, o presidente da Câmara dos Comuns demitira-se no último episódio do escândalo da utilização indevida de dinheiros públicos por parte de pelo menos 18 deputados e que afecta já todos os partidos.

As despesas abusivamente apresentadas e pagas pelos contribuintes, não tinham aparentemente limites: desde o pagamento de hipotecas, à compra de electrodomésticos, passando pelos pagamentos aos jardineiros, a comida para cão ou aos enfeites de Natal.

Mas no meio desta hecatombe surge uma boa notícia: a polícia considerou que as verdades reveladas pelo Daily Telegraph eram de interesse público e suspendeu as averiguações por fuga de informação.

O escândalo, longe de ser uma espécie de golpe de misericórdia num regime podre, confere-lhe uma hipótese de redenção.

São mais actuais do que nunca as palavras de Jefferson, um dos pais fundadores da América, numa carta escrita em 1787: “Se a base dos nossos Governos é a opinião das pessoas, o primeiríssimo objectivo deve ser salvaguardar esse direito”. E rematava: “Se fosse chamado a escolher entre um Governo sem jornais ou jornais sem Governo, não hesitaria um momento em escolher o último”.

Os britânicos estão neste ponto. E escolheram bem!

Graça Franco

(Fonte: site RR)

Bento XVI fala da sua Peregrinação à Terra Santa


Durante o encontro semanal com os fiéis, que nesta quarta feira ocorreu na Praça de São Pedro, Bento XVI falou da recente viagem apostólica à Terra Santa, uma peregrinação às origens da nossa fé que contemplou a visita pastoral às comunidades cristãs que viram o nascimento, a morte e a ressurreição de Nosso Senhor. O pontífice agradeceu às autoridades civis, ao Patriarca Latino, aos bispos da Igreja local, aos frades franciscanos da Custódia da Terra Santa e todos aqueles que contribuíram para a viagem. Frisando ter ido como ‘peregrino da paz’, Bento XVI disse que quis recordar a judeus, cristãos e muçulmanos o nosso compromisso como fiéis num único Deus, na promoção do respeito, da reconciliação e da cooperação, ao serviço da paz.

“Apesar das vicissitudes que marcaram os lugares santos por tantos séculos; apesar das guerras, das destruições; e infelizmente, dos conflitos entre cristãos, a Igreja continuou com sua missão, animada pelo Espírito do Senhor Ressuscitado. Ela caminha rumo à plena unidade, para que o mundo acredite no amor de Deus e sinta o prazer da sua paz”.

Depois de ter ilustrado as etapas mais significativas do seu itinerário, o Papa pediu a todos os peregrinos que se unam a ele na oração pelas necessidades da Igreja no Médio Oriente e pelo dom da paz para toda a região.

Como todas as quartas-feiras, o papa saudou os fiéis em várias línguas, e dirigiu um breve apelo, em inglês, em vista do Dia Mundial das Comunicações Sociais, que decorre domingo. Recordou que na sua mensagem deste ano, convidou todos os que fazem uso das novas tecnologias da comunicação, especialmente os jovens, a utilizá-los de uma forma positiva e reconhecer o grande potencial desses meios em criar laços de amizade e solidariedade, o que pode contribuir para um mundo melhor.

As novas tecnologias – disse Bento XVI – trouxeram mudanças fundamentais na forma de divulgação de notícias e informações e no modo como as pessoas comunicam e se relacionam.

“Gostaria de exortar todos aqueles que acedem ao ciberespaço a estarem atentos em manter e promover uma cultura de respeito, de diálogo e de autêntica amizade, na qual os valores da verdade, da harmonia e do entendimento podem florescer”.

De modo especial, apelou aos jovens, a fim de que testemunhem a sua fé através do mundo digital; empreguem essas novas tecnologias para difundir o Evangelho. “Assim – completou o pontífice – a Boa Nova do amor infinito de Deus por todas as pessoas poderá ressoar em novas formas, neste nosso mundo cada vez mais tecnológico !”.

Escutemos agora a saudação de Bento XVI em língua portuguesa:

“Com gratidão e amizade, saúdo os diversos grupos do Brasil, o grupo de Terroso no norte de Portugal, e demais peregrinos de língua portuguesa, que vieram encontrar o Sucessor de Pedro, poucos dias depois de ter terminado a Sua peregrinação à Terra Santa. Lá, onde o Verbo divino Se fez carne no seio da Virgem Maria, jorra uma fonte inesgotável de esperança e alegria que não cessa de animar o coração da Igreja, peregrina na história. Penhor de tal esperança e alegria, nos vossos corações de peregrinos, seja a Bênção que vos dou extensiva às vossas famílias e comunidades eclesiais.


(Fonte: site Radio Vaticana)

S. Josemaría nesta data em 1970:

Faz a sua oração em voz alta em frente à imagem da Virgem de Guadalupe no México: “Ofereço-te um futuro de amor, com muitas almas. Eu – que não sou nada, que não posso nada – atrevo-me a oferecer-te muitas almas, uma infinidade de almas, vagas de almas, em todo o mundo e em todos os tempos, decididas a entregarem-se ao teu Filho, e ao serviço dos demais, para levá-los até Ele”.


(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1671 )

Digam o que pensam quanto à entrevista do candidato Paulo Rangel

Não deixem de se manifestar enquanto cidadãos deste país que é nosso e pelo qual temos cada vez mais que assumir a nossa responsabilidade.

Não envio um texto tipo porque me parece que cada um deve deixar a sua mensagem.

Envio os links para os quais podem enviar a vossa mensagem. É muito simples.


Ex.mos Senhores Deputados
http://www.parlamento.pt/Paginas/CorreioGPPSD.aspx

Ex.ma Senhora Drª. Manuela Ferreira Leite
http://www.psd.pt/?idc=601

Agradecimento a uma leitora do blogue que me enviou o texto acima e cujo nome não publico por respeito à sua privacidade.

Leia os excertos relevantes da entrevista em http://spedeus.blogspot.com/2009/05/eleicoes-parlamento-europeu-ter-em.html ou na integra em http://www.ionline.pt/conteudo/4944-paulo-rangel-a-igreja-deveria-abrir-mais-na-questao-homossexual

"São Nuno e o Vaticano II" pelo Pe. Gonçalo Portocarrero

Bento XVI, na solene canonização do Condestável, exaltou, segundo Massimo Introvigne, «a figura do cavaleiro cristão empenhado na militia Christi, ou seja, no testemunho que cada cristão é chamado a dar no mundo». Já na pastoral colectiva do episcopado português, de 1960, se reconhecia que «Nuno Álvares foi sempre igual a si mesmo: cavaleiro invencível na guerra, cristão exemplar no cumprimento das virtudes» e, por isso, «a emissão dos votos canónicos foi apenas consagração de uma vida já de há muito profundamente cristã». Em termos semelhantes, o nosso Patriarca, no encerramento do processo diocesano, sublinhava: «Em D. Nuno Álvares Pereira foi impressionante esta síntese harmónica da vivência da sua fé e o desempenho das altas funções que a Nação lhe atribuiu».

Se este foi o entendimento do Santo Padre e dos nossos Bispos, outro foi o parecer dos fiéis que manifestaram algum desconforto pela canonização de um guerreiro. Para estes, a glorificação do Condestável seria suportável só porque esse seu passado mais não seria do que uma etapa prévia à sua conversão, sobre a qual viria agora a incidir a bênção da canonização. Entendem portanto que só o monge foi elevado aos altares, permanecendo apeado o leigo cristão, o militar valeroso, o dadivoso milionário, o filho obediente, o marido fiel, o casto viúvo, o pai exemplar, o leal conselheiro do rei, o humilde conde e o invencível condestável.

Se a nobilitação de Camilo Castelo Branco inspirou uma divertida caricatura de Rafael Bordalo Pinheiro, em que o novo titular expulsava o genial escritor, dir-se-ia que a canonização de São Nuno deu azo a serôdios episódios de ultramontano clericalismo, na voz dos que insistem em ignorar a vida santa do santo leigo e teimosamente pretendem ainda, ao arrepio dos ensinamentos conciliares, que a santidade é um privilégio exclusivo da casta sacerdotal e da vida religiosa em geral.

Assim sendo, perdoa-se ao Santo Condestável o seu passado laical, em nome da consagração religiosa que coroou a sua vivência cristã, ignorando-se que a sua identificação com Cristo não ocorre apenas, nem principalmente, no último episódio da sua vida, mas é a realidade que vivifica toda a sua anterior existência, profunda e essencialmente secular. São Nuno não foi santo apesar do seu estado laical e da sua vida profissional, mas, pelo contrário, santificou-se em e através do fiel cumprimento dos seus deveres de estado, como filho, esposo e pai de uma família cristã, como competentíssimo profissional da guerra e como fidelíssimo cidadão. A sua tardia profissão religiosa não é a mais significativa expressão da sua santidade, mas apenas o seu último episódio. São Nuno, como afirmou D. José Policarpo na acção de graças pela sua canonização, «continua a dizer-nos que é possível viver com fé todas as realidades humanas, sociais, políticas, militares, familiares, religiosas; continua a dizer-nos que é possível ser santo em todas elas, que se pode viver toda a vida com Deus, que nos vai sugerindo, em cada momento e em cada circunstância, a maneira de acreditar e de amar».

Desculpem-me este meu anticlericalismo, à conta não só do que o Concílio Vaticano II ensina, mas também da multissecular tradição da Igreja, que atribuiu, desde tempos imemoriais, o título de santíssima a uma única criatura: Maria, a filha de Joaquim e de Ana, a esposa de José e mãe de Jesus, que nunca professou na vida religiosa e se santificou através dos seus deveres familiares, religiosos, sociais e profissionais. Não estranha, pois, que tenha sido esta santíssima mulher o exemplo de santa virtude que iluminou toda a vida santa de São Nuno de Santa Maria.


P. Gonçalo Portocarrero de Almada em Jornal W, 17 Mai. 2009


(Fonte: Grupo “O Povo” com blogue em http://o-povo.blogspot.com/ )

Kiko Arguello, Doutor Honoris causa em Roma



O Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre o Matrimónio e a Família concedeu o título doutores "Honoris Causa" aos iniciadores do Caminho Neocatecumenal, os espanhóis Francisco Gómez, conhecido como Kiko Argüello, e Carmen Hernández.

A cerimônia realizou-se na cidade de Roma na quarta-feira 13 de Maio, festa de Nossa Senhora de Fátima e 28º aniversário da fundação do mesmo instituto.

Com este reconhecimento o Instituto valorizou a fecundidade especial do Caminho Neocatecumenal pela plena valorização da família como sujeito eclesial e social, em total consonância com o pensamento de João Paulo II.

Kiko Argüello iniciou a lição doutoral pedindo um aplauso para Carmen Hernández, assegurando que sem ela, o Caminho Neocatecumenal não teria sido o mesmo. Referiu-se ao papel da família na Igreja e destacou o trabalho das famílias do Caminho, famílias numerosas que movidas pelo Espírito Santo fazem missão em todo o mundo dando testemunho de vida cristã.

Kiko Argüello afirmou que a família cristã é remédio para a crise social e moral da sociedade e da Igreja.

Também foi conferido o doutoramento "Honoris Causa" ao Professor da Universidade de Bolonha, Pierpaolo Donati, considerado pelo Instituto como "um dos maiores especialistas no mundo de sociologia da família".

“Para mim esta investidura é um sofrimento porque espero na minha vida perseguição se quero seguir a Jesus Cristo, não honras. Isto, eu tenho que levar com humildade. Rezem por mim”.

“O Papa João Paulo II, deu as esse Instituto um carisma especial para investigar sobre a verdade natural e revelada pelo matrimónio e pela família. Creio que hoje, ambas as visões que temos escutado são de uma grande contribuição para este instituto para continuar com este trabalho de manifestar ao mundo que o projecto de Deus é possível”.

“O verdadeiro desafio que tem hoje a Igreja é a família. A destruição da família, está ocorrendo em todas as partes. E as consequências dessa destruição são catastróficas nos jovens que são abandonados a si mesmos. Em Espanha cada 4 minutos dissolve-se um casamento, milhares e milhares de jovens ficam abandonados. É então, necessário reconstruir a família. Isto vai criar um novo tipo de sociedade sendo imperativoo fazer algo para que as pessoas se reunifiquem. Porque a família destruiu-se radicalmente e isso é gravíssimo. É como uma praga apocalíptica”.


(Fonte: H2O News com edição e adaptação de JPR)

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Guilherme de Saint-Thierry (cerca 1085-1148), monge beneditino, depois de Cister

«O Espírito da Verdade há-de guiar-vos para a Verdade completa»

«Quem conhece os segredos do homem, a não ser o espírito do homem que está nele? De igual modo, ninguém conhece os segredos de Deus, a não ser o Espírito de Deus» (1Cor 2, 11). Apressa-te a comunicar com o Espírito Santo. Ele torna-Se presente logo que é invocado; se O invocamos é porque Ele já está presente. Chamado, Ele vem; e chega na abundância das bênçãos divinas. É Ele o rio impetuoso que alegra a cidade de Deus (Sl 45, 5). Quando vem, se te encontra humilde e sem preocupações, temente à palavra de Deus, ficará em ti e revelar-te-á o que Deus esconde aos sábios e aos entendidos deste mundo (Mt 11, 25). Então começarão a brilhar para ti todas essas verdades que a Sabedoria podia dizer aos discípulos quando estava na terra, mas que eles não podiam entender antes da vinda do Espírito da verdade que lhes ensinaria toda a verdade. [...]
Assim como os que adoram a Deus devem necessariamente adorá-Lo «em espírito e em verdade» (Jo 4, 24), também os que desejam conhecê-Lo só no Espírito Santo devem procurar a inteligência da fé. [...] No meio das trevas e da ignorância desta vida, Ele é, para os pobres em espírito (Mt 5, 3), a luz que ilumina, a caridade que atrai, a doçura que agarra a alma, o amor daquele que ama, a devoção daquele que é livre sem reservas. É Ele quem, de convicção em convicção, revela aos crentes a justiça de Deus; Ele dá graça sobre graça (Jo 1, 16) e, à fidelidade na escuta da Palavra, Ele dá a fé da iluminação.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 20 de Maio de 2009

São João 16, 12-15

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
«Tenho ainda muitas coisas para vos dizer,
mas não as podeis compreender agora.
Quando vier o Espírito da verdade,
Ele vos guiará para a verdade plena;
porque não falará de Si mesmo,
mas dirá tudo o que tiver ouvido
e vos anunciará o que está para vir.
Ele Me glorificará,
porque receberá do que é meu
e vo-lo anunciará.
Tudo o que o Pai tem é meu.
Por isso vos disse
que Ele receberá do que é meu
e vo-lo anunciará».