segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Bento XVI: No Iraque, os cristãos são cidadãos de plenos direitos e deveres


Os cristãos do Iraque são plenamente cidadãos do país, com os mesmos direitos e deveres e nenhuma discriminação deve ser feita com base na sua opção religiosa. Foi o que recordou Bento XVI ao receber os bispos da Igreja Caldeia, no final da visita Ad limina, guiados pelo Patriarca, o Cardeal Emmanuel III Delly.

Bento XVI destacou os grandes sofrimentos da Igreja iraquiana nesta fase e notou que sempre desempenhou um papel de protagonista a serviço do crescimento humano, social e espiritual do país. A Igreja Caldeia hoje, disse o Papa, é chamada a desempenhar um importante papel de moderação para construir uma sociedade na qual cada um possa viver na concórdia e em um clima de respeito recíproco. Neste sentido, os bispos podem fazer-se intérpretes junto às autoridades do pedido de ver reconhecidos os direitos humanos e civis dos cristãos.

(Fonte: H2ONews)

Bento XVI nos Camarões e Angola de 17 a 23 de Março

Foi divulgado nesta segunda feira o programa oficial da viagem apostólica de Bento XVI á Republica dos Camarões e Angola, que decorrerá de 17 a 23 de Março próximo.

O Santo Padre chega a Yaoundé, Camarões, após uma viagem de 6 horas desde Roma, a 17 de Março. O primeiro compromisso oficial acontece na manhã seguinte, com um encontro no Palácio da Unidade, com o presidente camaronês.

O Papa encontra-se, nos Camarões, com representantes da Igreja local, das outras confissões cristãs e da comunidade muçulmana. A visita a este território visa assinalar a convocação da II Assembleia especial para a África do Sínodo dos Bispos.

A chegada a Angola está prevista no inicio da tarde de sexta-feira dia 20. Ainda nesse dia o Santo Padre terá encontros com as autoridades politicas e civis e com o corpo diplomático, concluindo o seu primeiro dia de permanência em terras de Angola encontrando os bispos da conferencia episcopal de Angola e São Tomé e Príncipe.

No sábado dia 21, de manhã a Santa Missa com os bispos, padres, religiosos e religiosas, os movimentos eclesiais e catequistas na Igreja de São Paulo em Luanda; e durante a tarde o encontro com os jovens no estádio dos Coqueiros da capital.

No Domingo dia 22, na esplanada de Cimangola, em Luanda a Santa Missa com os bispos da IMBISA, e de tarde na paróquia de Santo António o encontro com os movimentos católicos para a promoção da mulher.

Segunda-feira dia 23, de manhã a cerimonia de despedida e o regresso a Roma.

(Fonte: site Radio Vaticana)

Ingrid Betancourt, a fé e o perdão

A política colombiana, que esta semana receberá dois prémios em Itália, narra a seu percurso e busca religiosa durante o seu cativeiro.

Descobri a fé em Deus durante o meu cativeiro. Até então, a minha fé baseava-se no ritualismo: como muitos católicos, ia à Missa, rezava, mas o meu conhecimento de Deus era muito limitado. Quando me encontrava na selva, tive muito tempo e como única leitura a Bíblia. Tive a alegria, durante seis anos, de lê-la, de meditá-la. Se tivesse tido algo de diverso para fazer, tê-lo-ia feito, porque existe sempre preguiça para reflectir sobre o essencial.

Provavelmente foi um cativeiro necessário. Ele permitiu-me compreender quem é Deus, de estabelecer uma relação com Ele, com muita admiração, muito amor, mas, sobretudo, compreendendo quem é através da Sua palavra. Para mim não se tratam de palavras ocas mas de uma realidade: lendo a Bíblia, compreendi a essência (N.T. na versão italiana é usada a palavra "carattere" que me parece passível de interpretaçãao errónea se traduzia à letra) de Deus; não se trata de apenas de uma luz, uma energia ou apenas uma força, mas sim da Palavra, alguém que deseja comunicar comigo. Não tive visões, não! Apenas li a Bíblia racionalmente. Fui atingida por todos os fragmentos que me ligaram emocional e interiormente com a palavra de Deus. Ouvi a voz de Deus de um modo assaz humano e muito concreto.

Lia e relia algumas passagens dizendo para mim própria «Isto foi escrito para mim!». Havia ouvido durante muito tempo sem compreender e, de repente, foi como se me tivesse ligado à corrente certa. De um momento para o outro, a luz acende-se e entendem-se todas as coisas que não nos eram claras. Uma vez mais, não se tratou de uma experiência mística mas racional, que transformou profundamente a minha vida. Como me modifiquei! O meu tempo de hoje não é o mesmo de anteriormente. Tinha sempre vontade de que as coisas se movessem depressa. Hoje já não me preocupo: sei que tudo ocorre no tempo certo, a minha esperança é portanto mais forte. A passagem pelo cativeiro não fez desaparecer a minha vontade, pelo contrário alterou a natureza da minha esperança. A única resposta à violência é uma resposta de amor.

Esta resposta de amor, esta atitude não violenta, para mim, teve origem na fé cristã. Descobri que se pode ser levado a odiar uma pessoa, a odiá-la com todas as forças do nosso ser e, simultaneamente, a encontrar no amor o alívio relativo a este ódio. Não se pode amar alguém que nos faz mal, mas pode-se encontrar, e eu encontrei-o em Cristo, um “lugar” de apoio, como uma pista.

Dizia-me a mim própria «por Ti, Senhor, não digo que o detesto». O facto de não me vir à boca esta palavra de ódio era por si só um conforto. Às vezes via chegar um guerrilheiro cruel e assustador, sentava-se diante de mim e eu era capaz de lhe sorrir. O amor é necessário. Iniciei um caminho de perdão, consegui fazê-lo e não apenas aos meus sequestradores. Perdoei também àqueles que eram prisioneiros comigo, com os quais por vezes surgiram momentos de grande dificuldade. Perdoei àqueles meus amigos que não se lembraram de nós, àqueles em quem se tem confiança e que nos desiludem; pessoas que se amava e que disseram coisas horrendas, como, por exemplo, que o cativeiro eu o havia procurado.

Hoje acredito profundamente que podemos mudar o mundo, porque eu própria fui transformada, mas neste mundo de domínio e de posses, sei que é no coração de geram as principais transformações fundamentais. A paz, com que sonhamos, será uma realidade no dia em que exista uma atitude diferente nos corações.


(texto recolhido por Elisabeth Marshall para o hebdomadário francês «La Vie» e publicado a 21 de Janeiro no diário italiano «Avvenire» - tradução de JPR a partir da versão italiana)


Ingrid Betancourt

S. TIMÓTEO e S. TITO, Bispos e discípulos de S. Paulo


"A messe é grande, mas os operários são poucos. Pedi pois ao Senhor da colheita que envie operários para a sua colheita" Lc 10,2

Ontem contemplamos o grande Apóstolo São Paulo. Hoje, comemoramos dois de seus discípulos predilectos: São Timóteo e São Tito. Sobre São Timóteo, o próprio São Paulo diz: "Lembro-me de ti, noite e dia, em minhas orações. Conserva a lembrança da fé sincera que há em ti; fé que habitou primeiro em tua avó Lóide e em tua mãe, Eunice". E o Apóstolo dá ainda, a São Timóteo o excelente conselho de empenhar-se inteiramente na sua missão de velar sobre sua pessoa, bem como sobre o seu ensino. E termina, dizendo: "Perseverando nessas duas missões, salvar-te-ás e aos que te escutam". Nas duas epístolas que São Paulo escreveu a Timóteo, os sacerdotes de todos os tempos puderam encontrar conforto e incentivo para sua missão e sua vida.

São Tito, outro exímio colaborador de São Paulo, recebeu uma carta preciosa, em que se lê: "Exorta os jovens a serem equilibrados em tudo, mostrando-te como modelo de boa conduta, correcção e ensino, dignidade, palavra sã e irrepreensível". São Tito foi o chefe da comunidade cristã de Creta, onde deve ter sofrido muitos dissabores, apesar de sua grande habilidade.



(Fonte: Ecclesia, Santos do dia)

O Evangelho do dia 26 de Janeiro de 2009

S. Lucas 10,1-9.

Depois disto, o Senhor designou outros setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois, à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir. Disse-lhes:

«A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos.

«Rogai, portanto, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe.

«Ide! Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa, nem alforge, nem sandálias; e não vos detenhais a saudar ninguém pelo caminho. Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'A paz esteja nesta casa!' E, se lá houver um homem de paz, sobre ele repousará a vossa paz; se não, voltará para vós. Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que lá houver, pois o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa. Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos for servido, curai os doentes que nela houver e dizei-lhes:

'O Reino de Deus já está próximo de vós.'