domingo, 1 de novembro de 2009

Haverá maior riqueza?

O Senhor ao fazer nascer o Seu amadíssimo Filho numa manjedoura, deixou-nos um sinal inequívoco do que é a riqueza; esta não nos vem dos bens materiais, do Palácios, de um qualquer berço de ouro em que poderia ter feito nascer Jesus Cristo Nosso Senhor, em linguagem corrente, da roupa de marca, do modelo de automóvel que possuímos, do número de casas e de outros bens patrimoniais, a nossa riqueza está Nele, em Nossa Senhora, na Sua Igreja que nos acolhe e nos Santos que veneramos.

Senão vejamos, teria havido maior riqueza em Belém, aquando do nascimento de Jesus Cristo, do que o aparente simples facto, de Ele ter tido como Mãe, a Virgem Maria, ou como pai terrestre o castíssimo S. José, sem nos esquecermos desde logo da Sua própria condição divina.

É certo, que depois no Calvário nos doou a Sua Mãe através de João, que do pouco que os Evangelhos nos deixaram escrito, que podemos e devemos tomar S. José com nosso pai, pela sua total entrega em silêncio e respeito aos desígnios do Senhor, que bom seria se todos tivéssemos a inteligência de coração e o discernimento para assim actuarmos no nosso dia-a-dia. Mas sendo Nossa Senhora e São José expoentes máximos, Ele quis ainda assim chamar-nos à santidade deixando-nos o exemplo de um enorme “exército” de Santos, de cujas vidas podemos recolher motivações para cumprir a Sua vontade.

Na total liberdade que nos concede, cada um de nós terá os seus Santos de referência e a cuja intercessão recorre mais assiduamente.

Sendo a especial devoção aos Santos, algo de muito pessoal, perdoar-me-ão mas não resisto a referir-vos alguns a que me sinto mais próximo, desde logo S. Paulo, ambicionando copiá-lo e um dia poder dizer: «vivo, mas já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim» (Gal 2,20), grande ambição a minha, saiba eu ter a humildade de a buscar sem desfalecimento; S. Agostinho de cujo percurso de vida me sinto próximo, salvaguardando as devidas distâncias, saiba eu copiá-lo e louvar e exaltar Jesus Cristo Nosso Senhor com o amor e paixão com que nos presenteou nas suas obras, e por último, sendo que a sequência é estritamente cronológica, S. Josemaría Escrivá, que me ensina e anima a atingir a santidade através do trabalho quotidiano e das mais ínfimas coisas, procurando nelas um sentido sobrenatural, «Ficai a saber: escondido nas situações mais comuns há um quê de santo, de divino, que toca a cada um de vós descobrir» (Homilia do dia 8 e Outubro de 1967 “Amar o mundo apaixonadamente”), saiba eu ter a inteligência de coração e a humildade para seguir os seus ensinamentos.

Desculpem o corriqueiro da comparação, mas estes bens tornam-nos mais ricos do que qualquer Euromilhões (aos nossos irmão brasileiros e africanos, esclareço que se trata de um jogo existente em muitos países da Europa que dá prémios milionários), pois os nossos são valores seguríssimos e de valor imensurável, saibamos pois preservá-los a manifestarmos-Lhe a nossa permanente gratidão.

JPR

P.S. – imperdoável, esqueci-me de referir S. Tomás Moro, de quem ambiciono ter a coerência e firmeza de fé, nunca me esquecendo nos momentos difíceis do que escreveu à sua filha Meg, «Nada pode acontecer sem que Deus o queira. E, estou certo, tudo o que isso possa ser, por muito mau que nos pareça, será verdadeiramente o melhor».
Assim seja!

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