terça-feira, 7 de julho de 2009

Bento XVI pede à comunidade internacional gestos concretos de apoio às pessoas que estão em necessidade no Haiti


Recebendo nesta segunda-feira no Vaticano o Enviado Extraordinário e Plenipotenciário do Haiti junto da Santa Sé, para a apresentação das Cartas Credenciais, Bento XVI fez apelo à comunidade internacional para que realize “gestos concretos de apoio às pessoas que estão em necessidade” naquele país das Caraíbas, neste “período particularmente delicado da vida nacional”. O Papa referia-se nomeadamente às catástrofes naturais que tantos prejuízos têm causado, como as destruições provocadas na agricultura pelos repetidos furacões, agravando a vida já difícil de muitas famílias. A vulnerabilidade deste país às intempéries, por vezes violentas, que o afectam regularmente, levou Bento XVI a sublinhar a “necessidade de que se tome consciência da necessidade de cuidar da natureza”:

“A protecção do ambiente é um desafio para todos, porque se trata de defender e valorizar um bem colectivo, destinado a todos, responsabilidade que deve incitar as gerações presentes a terem a preocupação das gerações futuras. A exploração inconsiderada dos recursos da criação e as suas consequências, que na maior parte dos casos afectam gravemente a vida dos mais pobres, só poderão ser enfrentadas eficazmente com opções políticas e económicas conformes à dignidade humana e com uma efectiva cooperação internacional”.

Numa situação tão difícil, muitos haitianos viram-se constrangidos a imigrar, para conseguir fora os recursos necessários para manterem a família. Bento XVI considerou “desejável que, não obstante situações administrativas problemáticas, se encontrem soluções rápidas para permitir o reagrupamento destas famílias”.

“É indispensável fornecer um verdadeiro apoio às famílias que se encontram em necessidade, assegurando uma protecção eficaz às mulheres e às crianças que são por vezes vítimas de violências, de abandono ou de injustiça”.

“Outra prioridade para o futuro da Nação é a educação dos jovens” – prosseguiu ainda o Papa. Trata-se de uma “tarefa urgente e importante para desenvolver a qualidade da vida humana, a nível individual e social”. “Na raiz da pobreza encontram-se muitas vezes diversas formas de privação cultural”.


(Fonte: site Radio Vaticana)

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