sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Ninguém está dispensado

Começa amanhã, na capital do Qatar, sob a égide da ONU, a Conferência mundial sobre o financiamento ao desenvolvimento.Preocupada com a crise económica e financeira, a Santa Sé publicou um documento onde condena a existência dos chamados “paraísos fiscais”, porque “defendem práticas desenfreadas como a fuga de capitais, evasão fiscal, sub-facturação de fluxos comerciais internacionais, lavagem de dinheiro, etc”…

Estes centros off-shore movimentam cerca de 860 mil milhões de dólares por ano. Se houvesse tributação fiscal sobre eles, a verba obtida – 255 mil milhões de dólares – seria três vezes superior à que é destinada pelos países ricos para ajudar o desenvolvimento.

Face a este evidente desequilíbrio, o que fazer?

A Santa Sé propõe um novo pacto internacional que recupere a confiança e transparência necessárias ao mercado financeiro, onde todos têm responsabilidade moral: o Estado, os agentes financeiros, as empresas, as famílias , as instituições, autoridades públicas e a sociedade civil.

Que ninguém se considere dispensado.

Aura Miguel


(Fonte: site RR)

Sem comentários:

Enviar um comentário