segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Amar a Cristo...

Ai Meu Jesus, que estamos com receio de ser parco nas palavras, pois para Te agradecer a Excelsa Mãe que nos ofereceste, não há palavras de gratidão e amor que possam ser bastantes.

A Tua amada Igreja soube em boa hora proclamar a Sua Dormição, que hoje celebramos, ajuda-nos a cheios da Tua caridade transmitir aos mais incrédulos esta extraordinária verdade de fé, e, com aqueles cuja devoção à sempre Virgem e Imaculada Santa Maria ultrapassa em pureza e simplicidade a nossa, saibamos através d’Ela conhecer melhor o Pai, a Ti e ao Espírito Santo que sois um só Deus.

Louvado seja Deus Nosso Senhor por todas a graças que nos inundam a todos de fé e amor por Nossa Senhora Rainha do Céu!

JPR  

Adormeceu a Mãe de Deus

Esta é a chave para abrir a porta e entrar no Reino dos Céus: "qui facit voluntatem Patris mei qui in coelis est, ipse intrabit in regnum coelorum" – quem faz a vontade de meu Pai..., esse entrará! (Caminho, 754)

Assumpta est Maria in coelum gaudent angeli! – Maria foi levada por Deus, em corpo e alma, para o Céu. E os Anjos rejubilam!

Assim canta a Igreja. – E é assim, com este clamor de regozijo, que começamos a contemplação, desta dezena do Santo Rosário.

Adormeceu a Mãe de Deus. – Em volta do seu leito encontram-se os doze Apóstolos.

– Matias substituiu Judas.

E nós, por graça que todos respeitam, estamos também a seu lado.

Mas Jesus quer ter Sua Mãe, em corpo e alma, na Glória. – E a Corte celestial ostenta todo o seu esplendor, para receber a Senhora. – Tu e eu – crianças, afinal – pegamos na cauda do esplêndido manto azul da Virgem e assim podemos contemplar aquela maravilha.

A Trindade Santíssima recebe e cumula de honras a Filha, Mãe e Esposa de Deus... – E é tamanha a majestade da Senhora, que os Anjos perguntam Quem é esta? (Santo Rosário, 4º mistério Glorioso)

São Josemaría Escrivá

Hino a Nossa Senhora

Ó Virgem, ó Esposa excelsa, deslumbrante,
Em Vós se reuniu todo o fulgor dos Céus:
De estrelas refulgentes coroou-Vos Deus
E vestiu-Vos de sol.

Vencestes todo o mal, a morte e o inferno.
Com Cristo sois no Céu a nossa defensora
E toda a criação proclama-Vos, Senhora,
Rainha poderosa. Reinai,

Senhora, protegendo a santa Igreja.
Reconduzi a Deus os pródigos dispersos
E atraí a Cristo os povos inda imersos
Na escuridão da morte.

Aos pecadores alcançai-lhes o perdão,
Dulcíssima Advogada, que hoje ao Céu subistes.
Nos pobres, nos enfermos, nos corações tristes
Brilhe e vença a esperança.

Senhora da Assunção, Senhora da Alegria,
Convosco se eleve ao Céu o nosso canto:
Eterna glória ao Pai, ao Filho, ao Espírito Santo,
Por toda a eternidade.

São Josemaría Escrivá nesta data em 1931

Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Hoje escreve nos seus Apontamentos íntimos: “Vou fazer, a partir desta tarde, uma novena à nossa Mãe, celebrando a sua Assunção em corpo e alma aos céus. Realmente, alegro-me, parecendo-me que estou presente… com a Trindade beatíssima, com os Anjos que recebem a sua Rainha, com todos os Santos, que aclamam a Mãe e Senhora”.

A última etapa da peregrinação terrena da Mãe de Deus…

… convida-nos a olhar para o modo como Ela percorreu o seu caminho rumo à meta da eternidade gloriosa.
(…)
Então, em Maria que subiu aos céus nós contemplamos Aquela que, por um privilégio singular, com a alma e com o corpo, se tornou partícipe da vitória definitiva de Cristo sobre a morte. "Terminando o curso da sua vida terrena — diz o Concílio Vaticano II — foi levada à glória celeste em corpo e alma, e exaltada pelo Senhor como Rainha do Universo, para que se parecesse mais com o seu Filho, Senhor dos Senhores" (cf. Ap 19, 16) e vencedor do pecado e da morte" (Lumen gentium, 59). Na Virgem da Assunção ao céu contemplamos a coroação da sua fé, daquele caminho de fé que Ela indica à Igreja e a cada um de nós: Aquela que em cada momento acolheu a Palavra de Deus, subiu ao céu, ou seja, Ela mesma foi acolhida pelo Filho naquela "morada", que nos preparou com a sua morte e ressurreição (cf. Jo 14, 2-3).
(…)
Com São Bernardo, místico cantor da Virgem Santa, assim a invocamos: "Suplicamos-te, ó bendita, pela graça que Tu encontraste, por aquelas prerrogativas que Tu mereceste, pela Misericórdia que Tu deste à luz, faz com que Aquele que por ti se dignou tornar-se partícipe da nossa miséria e enfermidade, graças à sua intercessão, nos torne partícipes das suas graças, da sua bem-aventurança e da sua glória eterna, Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que está acima de todas as coisas, Deus bendito nos séculos dos séculos. Amém" (Sermo 2 de Adventu, 5: pl 183, 43).

(Bento XVI – Excerto homilia da Santa Missa na Solenidade de Nossa Senhora da Assunção na Paróquia de São Tomás de Vilanova, Castelgandolfo - Sábado, 15 de Agosto de 2009)

Solenidade da Assunção de Nossa Senhora

Por ocasião desta solenidade, convido-vos a meditar e a pôr em prática, seguindo os ensinamentos do Santo Padre (Bento XVI) e à luz do exemplo de S. Josemaria, algumas consequências que podemos descobrir ao contemplar esta cena.

O autor da epístola aos Hebreus recorda que o local mais importante do antigo templo de Jerusalém, o Santo dos Santos, continha um altar de incenso, de oiro, e a arca da Aliança, coberta de oiro por todos os lados, na qual estava uma ânfora de oiro com o maná, a vara de Aarão, que germinou, e as tábuas da Aliança [4]. Detenhamo-nos na figura da arca, símbolo de Maria. O facto de se encontrar no lugar mais sagrado do templo fala­‑nos já da especial proximidade e intimidade da Virgem com Deus: mais do que tu, só Deus![5], exclamamos gozosamente e sentindo essa necessidade, unidos a S. Josemaria. As tábuas da lei, que Deus entregou a Moisés, manifestavam a vontade divina de manter a aliança com o seu povo, se este permanecesse fiel ao seu pacto. A Sagrada Escritura narra como, apesar dos cuidados do Senhor, Israel foi repetidamente infiel. A Santíssima Virgem não foi assim, pois como o Papa recalca, Maria é a arca da aliança, porque acolheu em si mesma Jesus; recebeu em si a Palavra viva, todo o conteúdo da vontade de Deus, da verdade de Deus; acolheu em si Aquele que constitui a nova e eterna aliança, culminada com a oferenda do seu corpo e do seu sangue: corpo e sangue recebidos de Maria [6].

Aqui descobrimos uma primeira lição da nossa Mãe, que desejamos assimilar mais profundamente para a praticar o convite a procurar diariamente a união mais plena possível com a Vontade santa de Deus, nos momentos agradáveis e especialmente nos que são incómodos e exigem sacrifício. A fidelidade ao querer divino nas circunstâncias custosas será a prova mais clara da retidão das nossas intenções e da firmeza dos nossos desejos de seguir Jesus de perto. Não vos vêm à memória aquelas palavras de S. Josemaria numa oração ao Espírito Santo? : quero o que quiseres, quero porque queres, quero como quiseres, quero quando quiseres... [7].

[4]. Hb 9, 4.
[5]. S. Josemaria, Caminho, n. 496.
[6]. Bento XVI, Homilia na Solenidade da Assunção, 15-VIII-2011.
[7]. S. Josemaria, Manuscrito autógrafo, abril de 1934.

(D. Javier Echevarría na carta de mês de agosto de 2012)

A Assunção de Nossa Senhora

No  dia 15 de Agosto a Igreja celebra a festa da Assunção de Nossa Senhora. "Pensa em Santa Maria, a cheia de graça, Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho, Esposa de Deus Espírito Santo: no seu Coração cabe a humanidade inteira sem diferenças nem discriminações. Cada um é seu filho, ou sua filha." (S. Josemaría, Sulco, 801)

Assumpta est Maria in coelum gaudent angeli! – Maria foi levada por Deus, em corpo e alma, para o Céu. E os Anjos rejubilam!
Assim canta a Igreja. – E é assim, com este clamor de regozijo, que começamos a contemplação, desta dezena do Santo Rosário.
Adormeceu a Mãe de Deus. – Em volta do seu leito encontram-se os doze Apóstolos.
–Matias substituiu Judas.
E nós, por graça que todos respeitam, estamos também a seu lado.
Mas Jesus quer ter Sua Mãe, em corpo e alma, na Glória. – E a Corte celestial ostenta todo o seu esplendor, para receber a Senhora. – Tu e eu – crianças, afinal – pegamos na cauda do esplêndido manto azul da Virgem e assim podemos contemplar aquela maravilha.
A Trindade Santíssima recebe e cumula de honras a Filha, Mãe e Esposa de Deus... – E é tamanha a majestade da Senhora, que os Anjos perguntam Quem é esta?
Santo Rosário, 14

Assumpta est Maria, in coelum, gaudent angeli. Maria foi levada por Deus, em corpo e alma, para os Céus. Há alegria entre os anjos e os homens. Qual a razão desta satisfação íntima que descobrimos hoje, com o coração que parece querer saltar dentro do peito e a alma cheia de paz?. Celebramos a glorificação da nossa Mãe e é natural que nós, seus filhos, sintamos um júbilo especial ao ver como é honrada pela Trindade Beatíssima.

Cristo, seu Filho Santíssimo, nosso irmão, deu-no-la por Mãe no Calvário, quando disse a S. João: eis aqui a tua Mãe. E nós recebêmo-la, com o discípulo amado, naquele momento de imenso desconsolo. Santa Maria acolheu-nos na dor, quando se cumpriu a antiga profecia: e uma espada trespassará a tua alma. Todos somos seus filhos; ela é Mãe de toda a Humanidade. E agora, a Humanidade comemora a sua inefável Assunção: Maria sobe aos céus, Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho, Esposa de Deus Espírito Santo. Mais do que Ela, só Deus.
Cristo que passa, 171

A festa da Assunção de Nossa Senhora apresenta-nos a realidade dessa feliz esperança. Somos ainda peregrinos, mas a Nossa Mãe precedeu-nos e aponta-nos já o termo do caminho. Repete-nos que é possível lá chegar e que, se formos fiéis, lá chegaremos, pois a Santíssima Virgem não é só nosso exemplo, mas também auxílio dos cristãos. E perante a nossa petição – Monstra te esse Matrem, mostra que és Mãe – não pode nem quer negar-se a cuidar dos seus filhos com solicitude maternal.
Cristo que passa, 177

Quando se dá a debandada dos Apóstolos, e o povo enraivecido rasga as gargantas em ódio a Cristo, Santa Maria segue de perto o seu Filho pelas ruas de Jerusalém. Não a arreda o clamor da multidão, nem deixa de acompanhar o Redentor enquanto todos os do cortejo, no anonimato, se fazem covardemente valentes para maltratar Cristo.
Invoca-a com força – «Virgo fidelis!», Virgem fiel! – e roga-lhe que os que nos dizemos amigos de Deus o sejamos deveras e a toda a hora
Sulco, 51

A Solenidade da Assunção de Maria

Uma das festas mais celebradas em todo o país (Portugal)

A Assunção de Maria é um dogma solenemente definido por Pio XII em 1 de Novembro de 1950, segundo o qual Nossa Senhora, no termo da sua vida mortal, foi elevada ao céu em corpo e alma.

Pio XII referia que “não só os simples fiéis, mas até aqueles que, em certo modo, personificam as nações ou as províncias eclesiásticas, e mesmo não poucos Padres do concílio Vaticano pediram instantemente à Sé Apostólica esta definição”. “Com o decurso do tempo essas petições e votos não diminuíram, antes foram aumentando de dia para dia em número e insistência”, acrescentava na Constituição Apostólica com a qual se deu a definição do dogma da Assunção de Nossa Senhora em corpo e alma ao Céu.

A Assunção da Virgem é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos (Catecismo da Igreja Católica, 966). Os Orientais celebram este mistério desde o século V com o nome de “Dormição de Maria”. No calendário da Igreja latina celebra-se, com a categoria de solenidade, a 15 de Agosto.

Nota Histórica

Ao terminar a Sua missão na terra, Maria, a Imaculada Mãe de Deus, «foi elevada em corpo e alma à glória do céu» (Pio XII), sendo assim a primeira criatura humana a alcançar a plenitude da salvação.

Esta glorificação de Maria é uma consequência natural da Sua Maternidade divina: Deus «não quis que conhecesse a corrupção do túmulo Aquela que gerou o Senhor da vida».

É também o fruto da íntima e profunda união existente entre Maria e a Sua missão e Cristo e a Sua obra salvadora. Plenamente unida a Cristo, como Sua Mãe e Sua serva humilde, associada, estreitamente a Ele, na humilhação e no sofrimento, não podia deixar de vir a participar do mistério de Cristo ressuscitado e glorificado, numa conformação levada até às últimas consequências. Por isso, Maria é «elevada ao Céu em corpo e alma e exaltada por Deus como Rainha, para assim Se conformar mais plenamente com Seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte» (LG. 59).

Este privilégio, concedido à Virgem Imaculada, preservada e imune de toda a mancha da culpa original, é «Sinal» de esperança e de alegria para todo o Povo de Deus, que peregrina pela terra em luta com o pecado e a morte, no meio dos perigos e dificuldades da vida. Com efeito, a Mãe de Jesus, «glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da Igreja que se há-de consumar no século futuro» (LG. 68).

O triunfo de Maria, mãe e filha da Igreja, será o triunfo da Igreja, quando, juntamente com a Humanidade, atingir a glória plena, de que Maria goza já.

Definição solene do dogma

44. “Depois de termos dirigido a Deus repetidas súplicas, e de termos invocado a paz do Espírito de verdade, para glória de Deus omnipotente que à Virgem Maria concedeu a sua especial benevolência, para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do pecado e da morte, para aumento da glória da Sua augusta mãe, e para gozo e júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos S. Pedro e S. Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi elevada em corpo e alma à glória celestial”.

45. Pelo que, se alguém, o que Deus não permita, ousar, voluntariamente, negar ou pôr em dúvida esta nossa definição, saiba que naufraga na fé divina e católica.

46. Para que chegue ao conhecimento de toda a Igreja esta nossa definição da assunção corpórea da virgem Maria ao céu, queremos que se conservem esta carta para perpétua memória; mandamos também que, aos seus transuntos ou cópias, mesmo impressas, desde que sejam subscritas pela mão de algum notário público, e munidas com o selo de alguma pessoa constituída em dignidade eclesiástica, se lhes dê o mesmo crédito que à presente, se fosse apresentada e mostrada.

47. A ninguém, pois, seja lícito infringir esta nossa declaração, proclamação e definição, ou temerariamente opor-se-lhe e contrariá-la. Se alguém presumir intentá-lo, saiba que incorre na indignação de Deus omnipotente e dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo.

(Constituição Apostólica Munificentissimus Deus)