Enquanto membros do mesmo Corpo místico, os cristãos podem e devem ajudar-se entre si para chegar à santidade, mediante a Comunhão dos santos, que confessamos no Símbolo apostólico. Para além de se referir a que todos os fiéis participam das magnalia Dei, das riquezas de Deus (a fé, os sacramentos, os vários dons espirituais), «a expressão “Comunhão dos santos” designa também a comunhão entre as pessoas santas (sancti), isto é, entre aqueles que estão unidos pela graça a Cristo morto e ressuscitado» [16]: os santos do paraíso, as almas que se purificam no Purgatório, os que ainda travam na terra as batalhas da luta interior. Formamos uma só família, a família dos filhos de Deus, em louvor da Santíssima Trindade: com que probidade cuidamos dela?
S. Josemaria enchia-se de consolação com a meditação desta verdade de fé, pela qual nenhum batizado se pode sentir só: nem na sua luta espiritual, nem nas suas dificuldades materiais. Vemos esta convicção no Caminho: Comunhão dos Santos. - Como to hei de dizer? - Sabes o que são as transfusões de sangue para o corpo? Pois assim vem a ser a Comunhão dos Santos para a alma [17]. Pouco depois, acrescenta: Terás mais facilidade em cumprir o teu dever, se pensares na ajuda que te prestam os teus irmãos e na que lhes deixas de prestar se não fores fiel [18].
[15]. Papa Francisco, Discurso na Audiência geral, 26-VI-2013.
[16]. Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, n. 195.
[17]. S. Josemaria, Caminho, n. 544.
[18]. S. Josemaria, Caminho,n. 549.
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