terça-feira, 3 de maio de 2022

A maturidade intelectual

Com muita frequência, o debate sobre os saberes humanísticos centra-se na pergunta sobre a sua utilidade: são proveitosos para encontrar um emprego?


Se a resposta for negativa, a conclusão é que não são úteis e, por isso, podem ser deixados de lado pela maioria das pessoas. Tornam-se matérias que facilmente desaparecem dos currículos para dar lugar a outras mais práticas e vantajosas.


Mas, atenção: não há riqueza interior sem saberes humanísticos, sem a leitura pausada de bons livros acompanhada de uma reflexão pessoal sobre as grandes questões que a nossa existência obrigatoriamente nos coloca.


O conhecimento que adquirimos não pode ser somente técnico (saber fazer): tem de ser também sapiencial (que sentido tem a minha vida e aquilo que faço). Caso contrário, o ser humano fica desequilibrado: pode saber muito de como fabricar algo, mas a sua humanidade fica embrutecida, e isso dificulta o relacionamento consigo mesmo, com os outros e com a realidade que o circula.


A vida intelectual de uma pessoa (todos estamos chamados a tê-la, uma vez que somos seres inteligentes) possui uma estreita relação com a sua maturidade. E a maturidade, além de emotiva e social, é, antes de mais nada, intelectual.


Sinceridade consigo mesmo, metas e fins claros na vida, valores “inegociáveis”, saber ético, reflexão, criatividade e um “são” realismo: tudo isto faz parte da maturidade intelectual que, sem saberes humanísticos, não é possível alcançar.


Tanto aquele que só lê textos superficiais como aquele que lê pouco se tornam especialmente vulneráveis diante do erro e, por isso, facilmente manipuláveis.


Como alguém dizia, os livros são os objectos mais estranhos deste mundo porque são matéria abarrotada de espírito. Se calculamos quantos livros leremos na vida, veremos a necessidade absoluta da selecção. É preciso ler o melhor daquilo que recomendam os melhores. 

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

São Filipe e São Tiago Menor, Apóstolos

São Filipe
Existe um facto realmente extraordinário na vida São Filipe, natural de Betsaida, na Galileia. Um dia, quando obrigado a reverenciar o deus Marte acendendo-lhe incenso, eis que surge detrás do altar pagão uma cobra que mata o filho do sacerdote-mor e dois dos seus servos. Filipe ressuscitou-os e matou a cobra. Esse milagre de São Filipe originou a conversão de muitas pessoas ao cristianismo.

Existem muito poucas referências à sua vida nas sagradas escrituras. Uma delas conta que foi ele quem perguntou a Jesus, no dia do milagre da multiplicação dos pães, como faria para alimentar tanta gente com tão poucos pães.

Não se sabe exatamente como ou quando Filipe morreu. Mas o mais provável é que tenha sido crucificado aos oitenta e sete anos, por ordem do imperador Domiciano. As suas relíquias estão guardadas numa igreja de Roma, junto com as de São Tiago Menor, e seria por isso que se festejam no mesmo dia esses dois santos apóstolos.

São Tiago Menor
São Tiago, dito “o menor”, um dos doze apóstolos, era filho de Alfeu e primo de Jesus. É identificado nos Evangelhos como “irmão do Senhor”, termo esse usado pelos povos semitas para designar um grau de parentesco próximo (Mc 6,3 e Mt 13,55). Teve muita influência na comunidade de Jerusalém. Foi testemunha da ressurreição de Jesus (I Cor 15,7) e é o provável autor da “Epístola de Tiago”; foi com ele que Paulo, depois de convertido, se foi encontrar em Jerusalém (Gl 1,18). São Tiago teve um papel importante no Concílio de Jerusalém (At 15,13-29). Morreu mártir por volta do ano 62.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)