segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Ler livros que valham a pena

Há uns meses atrás, um ministro francês chamado Bruno Le Maire defendeu, numa conferência diante de um público juvenil, a necessidade da leitura para enfrentar a ditadura dos ecrãs. «Os ecrãs devoram-vos, a literatura alimenta-vos».


Não é que ele tenha descoberto a pedra filosofal!


De facto, não chama a atenção aquilo que diz, mas quem o diz. Ele é ministro das Finanças, não da Cultura. Mas parece preocupado com a actual cultura juvenil francesa e tem a “intuição” de que ela possui uma estreita relação com o desenvolvimento integral do seu país.


Na sua intervenção, Le Maire disse aos jovens que, «apesar de a leitura ser uma actividade solitária, nunca se está mais perto dos outros do que quando se lê um bom livro».


Porque é que isto é assim?


Porque para ouvir e dialogar de verdade com os outros é necessário ler. É necessário cultivar a própria interioridade.


Mas, atenção: um bom livro não é um livro qualquer!


Quanto mais fácil é a publicação de textos, mais proliferam os livros medíocres e banais. E o tempo é breve, também para ler.


Convém, por isso, desenvolver a sensibilidade literária para deixar de lado a banalidade e não passar ao lado da grandeza de Humanidade que contêm certos livros.


Como?


Pedindo conselho. Há pessoas cultas que nos podem recomendar livros que mudam a nossa vida para melhor.


Falar, habitualmente, daquilo que lemos com os outros é de enorme importância: enriquece a vida familiar e as conversas com os amigos. Recomendar livros que nos ajudaram a crescer em Humanidade e pedir que nos recomendem a nós também.


E ter presente sempre um princípio fundamental: para ler, não é o tempo que nos falta: é a concentração. O consumo destemperado de ecrãs devora a nossa capacidade de nos concentrarmos e, por isso, de lermos livros que valham realmente a pena.

 

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Exame de consciência e Confissão

Não se trata da mesma coisa, nem devemos cair na tentação de pensar que um bom exame de consciência substitui o Sacramento da Reconciliação. É indiscutivelmente um excelente instrumento de preparação para a Confissão, pois através dele aprendemos a conhecermo-nos melhor, a ser mais humildes e a corrigir diariamente aquelas falhas pequenas ou grandes mesmo antes de obter o perdão para as mesmas, mas só seremos realmente humildes se nos entregarmos periodicamente ao Senhor e à Sua misericórdia através do Sacramento da Penitência, após o qual nos sentimos mais leves e sobretudo mais fortes para a nossa luta pela santidade e ambição de sermos acolhidos no Reino dos Céus.

Permitimo-nos deixar a sugestão, que de cada exame que façamos, diariamente ao final do dia será o ideal, não nos alonguemos mais do que alguns minutos, os dedos de uma mão são suficientes, para assim não nos dispersarmos e podermos criar um propósito firme de correção, muitos propósitos e por muito bem intencionados que estejamos, diluem-se facilmente no meio de tantas tarefas profissionais, familiares e outras que temos que forçosamente de acudir.

Benditos sejam todos os Sacramentos que o Senhor e a Sua Santa Igreja nos oferecem!

JPR